3ª Mostra Nacional de Videoclipes foi um dos destaques do dia ao lado de intensa programação no Centro Cultural Sesc Glória
A música deu o clima da noite de sexta-feira no 26º Festival de Cinema de Vitória. A programação apresentou a 3ª Mostra Nacional de Videoclipes, além da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas; da 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas; 6ª Mostra Outros Olhares – Programa Narrativas 1. O 20º Festivalzinho de Cinema de Vitória – Sessão ArcelorMittal realizou sua última sessão, no Cine Metrópolis, e as as oficinas e debates, seguiram no Hotel Senac Ilha do Boi.
Sesc Glória
O quarto dia de programação no Centro Cultural Sesc Glória começou com a Sessão Especial do documentário Espero tua (re)volta, de Eliza Capai. A 6ª Mostra Outros Olhares – Programa Narrativas 1 exibe os filmes O Quadro, de Melina Leal Galante; Aulas que Matei, de Amanda Devulsky e Pedro B. Garcia; Tomar o Tempo – Poesia Inútil, de Amanda Brommonschenkel, Carol Covre, Juane Vaillant, Marcéu Rosário Nogueira, Thaís Rodrigues; Kris Bronze, de Larry Machado; e Conte Isso Àqueles que Dizem que Fomos Derrotados, de Aiano Bemfica, Camila Bastos, Cris Araújo, Pedro Maia de Brito.
“Eu acho massa ser selecionada para o festival ainda mais quando você está no meio de um monte de curtas bacanas e, especialmente, para essa mostra mais experimental. E a oportunidade de trocar ideia depois da exibição, porque às vezes você aprova um curta no festival e não consegue ir. E quando é na nossa cidade, a gente já está convivendo com a galera”, disse Juane Vaillant, uma das realizadoras de Tomar o Tempo – Poesia Inútil.
Na sequência, a 3ª Mostra Nacional de Videoclipes trouxe a música para as exibições. Os trabalhos escolhidos misturam diversos gêneros e artistas da música brasileira. São eles: Alguém na Janela (Gustavo Rosseb), de Aksa Lima; Toasted (Danos), de Cintia Nakashima; Fausto de Gueto (Pelos), de Arthur B. Senra e Robert Frank; 19 (LaBaq), co-direção LaBaq e Laís Catalano Aranha; Ninguém Perguntou por Você (Letrux), de Pedro Henrique França, OK OK OK (Gilberto Gil) – Victor Hugo Fiuza; Brisa (Silva), de MAGU (Marina Abranches e Gustavo Martins; Meu Carnaval (Gabriela Brown), de Gabriela Brown e Tati Rabelo; Tempos Loucos (The Outs), de Fabrício Koltermann; Pedrinho (Tulipa Ruiz) – Pedro Henrique França, Fabio Lamounier e Rodrigo Ladeira; Space Woods (My Magical Glowing Lens), de Gustavo Senna Martins De Almeida; e Vazio (Pxrtela), de Maurício Coutinho.
A sessão contou com a participação de vários realizadores. Tati Rabelo, diretora de Meu Carnaval ao lado de Gabriela Brown, falou sobre a importância do pioneirismo do Festival de Cinema de Vitória com relação a seleção de videoclipes nas mostras.
“É um prazer estar aqui e dividir essa mostra com um monte de gente incrível, com clipes que eu acho fantásticos. Entre eles, vários clipes capixabas. É tão raro ter espaço para videoclipes em festivais de cinema, e o Festival de Cinema de Vitória sempre fez isso. Um dos primeiros clipes que eu fiz – Vermelho, da banda Zé Maria – passou aqui. Muita gente não era nem nascida, mas a gente já estava aí (risos)”.
A terceira noite da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas apresentou os curtas Refúgio, de Shay Peled e Gabriela Alves; A Praga do Cinema Brasileiro, de William Alves e Zefel Coff, NEGRUM3, de Diego Paulino; O Órfão, de Carolina Markowicz.
William Loyola, produtor executivo de Refúgio, disse que a ideia do filme jogar um novo olhar sobre os refugiados que vivem no Espírito Santo. “Nosso grande objetivo, lá atrás, na primeira reunião que a gente teve, era tratar essa pauta dos refugiados, tirar ela do estereótipo e tornar ela mais próxima de nós. Essa foi a nossa grande lição com esse filme”, disse ele, que também lembrou que o filme é uma produção que surgiu da universidade.
A 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas exibiu Mirante, documentário de Rodrigo John. “O filme foi feito com uma equipe muito pequena, de forma meio punk. O Mirante não foi pensado para ser um filme. Então Mirante, a princípio, é sobre a cidade e o tempo. Sobre como a cidade dorme e acorda. Chove e seca. Ama e odeia. E como ela envelhece. É também sobre minha relação de amor e ódio, com a cidade de Porto Alegre, mas eu acho que outras cidades brasileiras vão se ver muito ali”.
Tenda Musical
Quem abriu a programação da Tenda Musical foi o cantor Johnny Hooker. O artista incendiou o espaço, localizado Praça Costa Pereira, com um um pocket show vibrante que misturou o repertório dos seus dois álbuns, além de covers como Beija-Flor, da Timbalada, e seu novo single Escolheu a Pessoa Errada para Humilhar. O público cantou todas as músicas em coro todos os sucessos do artista, como Flutua e Volta, o que levou Johnny Hooker a agradecer e dizer “Vitória, eu nunca vou esquecer esta noite!”.
Na sequência, Rita Cadillac e a Drag Queen Úrsula Pussynail não deixaram a energia cair. Rita apresentou um delicioso repertório pop com músicas da rainha do rock, Rita Lee, além da clássica É Bom para o Moral. Já Úrsula, fez um set eclético que foi de Lady Gaga a MC Carol. Ninguém ficou parado.
20º Festivalzinho de Cinema de Vitória – Sessão ArcelorMittal
O último dia do 20º Festivalzinho de Cinema de Vitória – Sessão ArcelorMittal, teve duas sessões, no Cine Metrópolis. A exibição, voltada para o público infantil e para a formação de plateia, atendeu crianças de 11 escolas da Grande Vitória. Os pequenos conferiram os filmes Lily´s Hair, de Raphael Gustavo da Silva; O Malabarista, de Iuri Moreno; Na Casa da Bisa, feito em Realização coletiva; Metamorfose, de Jane Carmen Oliveira; Arani Tempo Furioso, de Roobertchay Domingues Rocha; Vida Real, de Camila Mezzeti e Ramon Faria; Guri, de Adriano Monteiro, além de 8 Patas, de Fabrício Rabachim, exibido fora de Competição.
Hotel Senac Ilha do Boi
O cronograma de oficinas seguiu com o encerramento da Oficina de Elaboração de Projetos Culturais, com Daniel Morelo e Simone Marçal; De Oficina de Roteiro, com José Roberto Torero; Oficina “Interpretação: Estado e Criação de Cena”, com Silvero Pereira. Seguem neste sábado, a Oficina de Produção Executiva, Gestão e Elaboração de Projetos para o Audiovisual, com Paulo Boccato; e a Oficina de Realização em Cinema e Vídeo, com Luiz Carlos Lacerda. As inscrições estão encerradas.
Caderno
Às 15 horas, aconteceu o lançamento do caderno da escritora Bernadette Lyra, no Hotel Senac Ilha do Boi. A publicação exclusiva sobre a carreira e vida da escritora e pesquisadora é assinada pelo jornalista e escritor Jace Theodoro que estava presente no lançamento.
Com bate-papo mediado por Lobo Pasolini, Bernadette estava muito emocionada com a homenagem e a oportunidade de ver parte da sua história retratada no caderno. “Me sinto muito honrada e muito feliz com esse reconhecimento. Não é sempre que alguém é homenageada aos 80 anos”.
Debate
O debate sobre as produções junto dos realizadores e equipe dos filmes aconteceu na manhã deste sábado. O bate-papo abordou as questões relacionadas sobre os filmes exibidos na noite anterior dentro da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas e da 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas, e será mediado pelo jornalista Filippo Pitanga.
O 26º Festival de Cinema de Vitória tem o patrocínio do Ministério da Cidadania, através da Lei de Incentivo à Cultura, da ArcelorMittal, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE, do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA e da Ancine, conta com o copatrocínio da EDP e do Banestes, com o apoio da Rede Gazeta, da AdoroCinema, da Ceturb ES, da Prefeitura Municipal de Vitória e da Secretaria de Estado de Turismo (Setur-ES). O Festival conta também com o apoio institucional do Centro Técnico do Audiovisual – CTAv, da Mistika, da CiaRio, da Link Digital, do Centro Cultural Sesc Glória, da Jangada VOD, do Canal Brasil e da Carla Buaiz Jóias. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte.