Homenagem a Vera Fischer foi destaque na programação da quinta-feira

A terceira noite do 26º Festival de Cinema de Vitória foi empolgante. A quinta-feira foi dia de homenagem para a atriz Vera Fischer; a exibição da 4ª Mostra de Cinema e Negritude, além da continuação da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas; da 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas; 6ª Mostra Outros Olhares – Programa Afetos LGBT; 8ª Mostra Corsária. O 20º Festivalzinho de Cinema de Vitória – Sessão ArcelorMittal, teve mais duas sessões no Cine Metrópolis, e as oficinas e debates aconteceram no Hotel Senac Ilha do Boi. 

Centro Cultural Sesc Glória

O terceiro dia de programação no Sesc Glória teve início com a 4ª Mostra Cinema e Negritude, que foi apresentada pela atriz Danny Barbosa, e seguida de debate. O público conferiu os curtas-metragens Santos Imigrantes, de Thiago Amepreta; Kairo, de Fabio Rodrigo; Sem Asas, de Renata Martins; e Motriz, de Tais Amordivino; e Do Dia em Que Mudamos a Rota, de Diego Nunes que estava presente na sessão.

“O meu filme é o meu documentário de estreia como cineasta e fala do meu cotidiano e do de algumas pessoas, e da relação de memórias e afetos com o bairro de Jardim da Penha, mostrando a ligação com os aviões e o aeroporto e como a mudança de rota mudou as nossas vidas. Espero que todo mundo goste”, disse o diretor.

A 6ª Mostra Outros Olhares apresentou a sessão Programa Afetos LGBT, e exibiu os filmes Deusa Olímpica, de Emília Schramm, Jéssika Barbosa, Pedro Luis Viana, Rafael Brasileiro; Em Reforma, de Diana Coelho; Riscados pela Memória, de Alex Vidigal; Do Outro Lado, de Bob Yang & Frederico Evaristo; e Marie, de Leo Tabosa.

Já a 8ª Mostra Corsária apresentou os filmes Seiva, de Ramon Batista; Sem Título #5: A Rotina terá seu Enquanto, de Carlos Adriano; Espavento, de Ana Francelino; Estranho Animal, de Arthur B. Senra; Plano Controle, de Juliana Antunes; Chiclete, de Philippe Noguchi, e A Profundidade da Areia, de Hugo Reis, que estava presente acompanhado de parte da equipe.  

“É um grande prazer estar participando do festival. Acompanhei durante muitos anos, fez parte da minha formação. Sempre estive no festival, mas sempre na equipe de outras pessoas e essa é a primeira vez que apresento um filme meu. Achei muito bacana ele estar dentro da Mostra Corsária, uma mostra que valoriza linguagens um pouco mais experimentais, e da qual eu já fui júri. É um orgulho enorme estar fazendo parte do festival mais uma vez”, afirmou o diretor.

A atriz Catarina Abdalla e o músico George Israel apresentaram a programação noturna que teve inicio com a 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas com os filmes Guaxuma, de Nara Normande; Riscadas, de Karol Mendes; Fartura, de Yasmin Thayná; e Tempestade, de Fellipe Fernandes, com a presença dos realizadores.

A diretora Karol Mendes, de Riscadas, estava muito feliz de poder exibir o filme no bairro Centro, região em que o curta foi gravado e onde está localizado o Centro Cultural Sesc Glória, espaço em que acontecem as exibições dos curtas.

“Gostaria muito de agradecer esse espaço, a gente está muito feliz de estar aqui. O Riscadas nasce dessa inquietação de viver nesse espaço que mais mata mulheres no Brasil, é um dos Estados que mais mata mulheres no Brasil. O documentário é a nossa chance de falar como enfrentar isso através da nossa profissão, através da arte e com uma equipe majoritariamente feminina. Gravamos aqui no Centro e a gente agora está voltando pra casa para mostrar esse filme pra vocês”.

Na 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas foi exibido Selvagem, ficção de Diego da Costa. O diretor destacou que foi o Festival de Cinema de Vitória o embrião para o seu filme. “Esse festival é muito importante para o Selvagem, porque sem o Festival de Vitória o filme não existiria. Em 2015, eu fui selecionado para participar de um laboratório de webseries ministrado pelo Vinicius Cabral, que é de Belo Horizonte. Nos conhecemos e ficamos amigos. Depois fui para um festival em BH e tivemos a ideia do Selvagem juntos”, relembrou Diego.

E complementou: “Agora, depois de quatro anos o filme está sendo exibido. Isso só pra contar a história de dois realizadores, que se encontraram em um festival, entre tantos realizadores, entre tantos realizadores e tantos festivais de cinema, para vocês verem como é importante um festival desse porte e tantos outros pelo Brasil”.

Homenagem

Vera Fischer irradiou beleza, bom humor e simpatia na Cerimônia de Homenagem do 26 º Festival de Cinema de Vitória. Uma das atrizes mais versáteis e populares do Brasil, recebeu o troféu Vitória e os aplausos do público por sua contribuição ao audiovisual, no Centro Cultural Sesc Glória. Na parte da tarde, no Hotel Senac Ilha do Boi, aconteceu a coletiva de imprensa, com mediação de Lobo Pasolini, com mediação de lançamento do Caderno da Homenageada com a participação de Jace Theodoro, autor da publicação.

Tenda Musical

André Prando fez a alegria do público que lotou a Tenda Musical, localizada na Praça Costa Pereira. Com shows agendados para o Rock in Rio, o artista tocou as músicas do seu mais recente trabalho, Voador,  lançado em 2018, e contou com a participação do cantor Dan Abranches.

“Eu me sinto muito honrado e feliz de estar participando de um evento tão importante para a cultura e para o audiovisual, no momento tão crítico que a gente esta vivendo e fazendo arte. Incentivando o espírito crítico e entretendo as pessoas ao mesmo tempo”, disse o artista.

20º Festivalzinho de Cinema de Vitória – Sessão ArcelorMittal

O terceiro dia do 20º Festivalzinho de Cinema de Vitória – Sessão ArcelorMittal, lotou o Cine Metrópolis, com sessões que aconteceram às 9 e às 14 horas. A exibição, voltada para o público infantil e para a formação de plateia,  apresentou os filmes Lily´s Hair, de Raphael Gustavo da Silva; O Malabarista, de Iuri Moreno; Na Casa da Bisa, feito em Realização coletiva; Metamorfose, de Jane Carmen Oliveira; Arani Tempo Furioso, de Roobertchay Domingues Rocha; Vida Real, de Camila Mezzeti e Ramon Faria; Guri, de Adriano Monteiro, além de 8 Patas, de Fabrício Rabachim, exibido fora de Competição.

Hotel Senac Ilha do Boi

A programação do Hotel Senac Ilha do Boi segue a todo vapor. Teve início a Oficina de Elaboração de Projetos Culturais, com Daniel Morelo e Simone Marçal; e a Oficina Interativa – “Dramaterapia” | Experiência (workshop) com refugiadas, com a multi-instrumentista Katerina Polemi. As inscrições estão encerradas. Também aconteceu o lançamento de 18 livros, dos mais diversos gêneros, desde textos críticos e compilações analíticas sobre cinema, até biografias, romances e poemas.

Além disso, o cronograma de oficinas continuou com o encerramento da Oficina de Direção de Arte, ministrada por Joyce Castello; a Oficina de Produção Executiva, Gestão e Elaboração de Projetos para o Audiovisual, com Paulo Boccato; e Oficina de Realização em Cinema e Vídeo, com Luiz Carlos Lacerda; a Oficina de Roteiro, com José Roberto Torero; a Oficina “Interpretação: Estado e Criação de Cena”, com Silvero Pereira; Oficina de Realização em Cinema e Vídeo, com Luiz Carlos Lacerda. As inscrições estão encerradas.

Debate

Na quinta-feira (26), a partir das 10 horas, aconteceu mais um debate sobre as produções junto dos realizadores. O bate-papo será sobre os filmes exibidos na noite anterior dentro da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas e da 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas, e será mediado pelo jornalista Filippo Pitanga.

O 26º Festival de Cinema de Vitória tem o patrocínio do Ministério da Cidadania, através da Lei de Incentivo à Cultura, da ArcelorMittal, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE, do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA e da Ancine, conta com o copatrocínio da EDP e do Banestes, com o apoio da Rede Gazeta, da AdoroCinema, da Ceturb ES, da Prefeitura Municipal de Vitória e da Secretaria de Estado de Turismo (Setur-ES). O Festival conta também com o apoio institucional do Centro Técnico do Audiovisual – CTAv, da Mistika, da CiaRio, da Link Digital, do Centro Cultural Sesc Glória, da Jangada VOD, do Canal Brasil e da Carla Buaiz Jóias. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte.