O ciclo de formação do 28º Festival de Cinema de Vitória – Reencontro ofereceu oito oficinas gratuitas, reunindo conteúdos teóricos e experiências práticas em diversas áreas do audiovisual. Entre elas, a oficina Narrativa das Redes – Criação de Conteúdo On-line com Ferramentas de Cinema, com Filippo Pitanga. A formação ofereceu reflexões e ferramentas para desenvolver projetos e conteúdos inovadores e autorais, a partir da fusão entre as narrativas das redes sociais e as técnicas de produção audiovisual.

A proposta oferecida por Filippo trouxe a compreensão de como as narrativas das redes sociais podem ser conectadas às técnicas avançadas de produção audiovisual, para gerar novas formas, estéticas e linguagens audiovisuais. O oficineiro salienta que “hoje, o cinema não pode mais contornar a linguagem das redes, as narrativas que você acompanha com um olhar em segundos. Não dá mais pra fugir dessas regras. Não se trata de esvaziar o clássico, nem endeusar o novo, mas sim de renovar as estéticas. É colocar a forma a favor do conteúdo, e o conteúdo precisa ser revolucionário, incentivar a renovação”.

Com a formação, Filippo estimulou que os participantes criassem novas possibilidades narrativas junto as redes.”A oficina, apesar de abordar que devemos seguir uma coerência narrativa, busca alcançar mais do que a narrativa, e fazer com que as pessoas consigam criar novas linguagens a partir da estética que as redes oferecem. Além da responsabilidade de quem produz, olhamos também para a criatividade, para reforçar como as pessoas podem ver o mundo de formas diferentes através do seu dispositivo. As redes poderiam ser limitações, mas na verdade se tornam caminhos para ser mais produtivo”.

Nesse sentido, a formação contou com várias experimentações práticas e criações de conteúdos autorais que concretizaram esses conhecimentos, experimentando conceitos fundamentais como as narrativas transmídia e a construção de personagens nos conteúdos. Com a oportunidade do reencontro presencial, o oficineiro salientou o diferencial dos encontros possibilitados nesse formato: “a troca presencial expande algo que o online as vezes não alcança, que são as nuances, o corpo a corpo, olho no olho, tem nuances e trocas que muitas vezes geram parcerias, ideias, que não podem ser sentidas só numa sala comum do online, precisa do contato direto, da pessoalidade, da emoção da lágrima, da gargalhada”.

O 28º Festival de Cinema de Vitória – Reencontro conta com o patrocínio do Ministério do Turismo e da ArcelorMittal Tubarão, através da Lei de Incentivo à Cultura. Conta com o apoio da Rede Gazeta e da Stella Artois, conta também com apoio institucional do Canal Like e da Universidade Federal do Espírito Santo e da TV Educativa do Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

Este projeto está sendo realizado com recursos públicos do Governo do Espírito Santo viabilizados pela Lei de Incentivo à Cultura Capixaba, da Secretaria de Cultura.