OFICINAS

As oficinas do 28º Festival de Cinema de Vitória – Reencontro tem como objetivo aprimorar as habilidades de quem trabalha com a arte cinematográfica, de forma amadora ou profissional. Serão oito oficinas, sete para o público em geral e uma exclusiva para os jovens atendidos pelo Centro de Referência das Juventudes (CRJ) Feu Rosa, localizado no município de Serra.

Descolonizando o Roteiro

com Clementino Junior

de 21 a 24 de junho, das 09 às 12 horas
Hotel Senac Ilha do Boi
20 vagas

Contar histórias no audiovisual a partir de um texto técnico, por vezes, assusta aqueles que gostam de contar histórias mas acreditam ser difícil escrever um roteiro. A oficina mostrará que sabendo qual história será contada tudo fica mais simples e possível. Ao longo dos encontros serão trabalhadas dinâmicas para estimular a criatividade, entender a função do roteiro enquanto texto técnico e literário, exercícios de estrutura narrativa e a construção cooperativa entre os participantes de roteiros para curtas de até 5 minutos de duração.

Sobre Clementino Junior: cineasta, educador audiovisual e ambiental, e fundador do CAN – Cineclube Atlântico Negro e CineGEASur, atividades de exibições cinematográficas com temáticas étnico raciais, ambientais e de defesa dos direitos humanos.

O Personagem como Centro de um Universo no Cinema de Não-Ficção

com Gustavo Vinagre
de 21 a 24 de junho, das 09 às 12 horas

Hotel Senac Ilha do Boi
20 vagas

A proposta da formação é falar sobre filmes que são retratos que se aprofundam em um único personagem, e as diferentes maneiras de representar a vida, o trabalho artístico ou a personalidade de uma única pessoa através da imagem e do som. Outro tema que será proposto é como negociar com o personagem um filme que não é necessariamente um elogio para ele, mas que também o agrade, e atenda às suas expectativas e desejos. Ou seja, falar sobre o personagem como interlocutor da criação de um filme, no qual ele é o pilar central. Outro aspecto que será abordado é o uso de sonhos, desejos, expectativas e fetiches dos personagens como material de arquivo para o documentário. Será discutido como filmar personagens que admiramos e pelos quais temos empatia, sem deixar de fora da matéria fílmica suas vulnerabilidades e anseios. Também serão discutidos limites éticos: a que ponto o discurso do personagem/pessoa real deve estar pareado com a visão de mundo do diretor? E caso não esteja, possíveis discordâncias devem cair na montagem para construir o discurso do diretor ou devem ser assumidas como conflito interno do filme?

Sobre Gustavo Vinagre: formado em Letras na USP e em cinema, especializado em roteiro, na EICTV (Cuba). Escreveu e dirigiu 14 curtas-metragens e seis longas, que acumulam mais de 100 prêmios nacionais e internacionais. Vencedor do Teddy Awards no Festival de Berlim de 2022.

 

A Internet como Caminho

com Emy Lobo

de 21 a 24 de junho, das 09 às 12 horas

Hotel Senac Ilha do Boi
20 vagas

Refletir sobre a potencialidade da internet como forma de divulgação, interação com o público e democratização do acesso ao cinema brasileiro. Produzir, a partir dos conteúdos técnicos e teóricos apresentados, um planejamento estratégico viável de conteúdo para redes sociais. Construir coletivamente a partir das experiências dos participantes e atividades da oficina um repertório de referências, caminhos e possibilidades do audiovisual na internet. Ao final, cada projeto será apresentado em uma simulação de Pitching.

 Sobre Emy Lobo: diretora, fotógrafa, jornalista e mestranda em Crítica Feminista e Estudos de Gênero na UFSC. Coordena e é professora do curso de Produção de Conteúdo para Redes Sociais da Academia Internacional de Cinema Rio/SP. Na Janela Filmes, produz conteúdos audiovisuais para a internet. Em 2016 filmou e dirigiu o curta Nem Tão Amigos Assim, em Cuba. Faz parte do Coletivo de Mulheres e Pessoas Transgênero do Departamento de Fotografia do Cinema Brasileiro (DAFB), colabora com a Mídia Ninja, e atua principalmente nos temas: cinema, feminismo, audiovisual, internet, mulheres, América Latina e documentário.

Narrativa das Redes – Criação de Conteúdo On-line com Ferramentas de Cinema

com Filippo Pitanga
de 22 a 24 de junho, das 09 às 13 horas

Hotel Senac Ilha do Boi
20 vagas

Todo mundo ama cinema. E hoje em dia todo mundo quer ser criador de conteúdo nas redes. O que estas duas coisas possuem em comum? Vamos debater a prática da linguagem audiovisual com aplicação para conteúdo nas redes sociais: como videoclipes e filmes curtos ganharam novos formatos na internet, e de que forma plataformas como Youtube, Instagram, Tik Tok e etc podem também se exprimir com auxílio da linguagem cinematográfica.

Sobre Filippo Pitanga: jornalista e advogado, atuando como crítico, curador e professor de cinema. Membro da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro – ACCRJ. Professor na Academia Internacional de Cinema – AIC. Curador do Festival Internacional Colaborativo Audiovisual – FICA.VC. Curador de Cineclubes no Estação Net de Cinema. Editor-chefe do Almanaque Virtual. Colaborador da Justificando da Carta Capital. Membro do Podcast Cinema em Série. Colaborador do Cinema Para Sempre, Vertentes do Cinema, Tabula Rasa e Cine Eterno.

A Construção do Roteiro a partir da Desconstrução das Personagens

com Julia Katherine

de 21 a 23 de junho, das 13h30 às 17h30

Hotel Senac Ilha do Boi

20 vagas

A oficina consiste em uma conversa sobre a importância da representatividade e a desconstrução de estereótipos, abrindo espaço para pensarmos em inserção de corpos e identidades, criando um universo narrativo plural.

Sobre Julia Katharine: atriz, roteirista e cineasta. Venceu o Prêmio Helena Ignez, dedicado ao trabalho de mulheres no cinema, da 21º Mostra de Cinema de Tiradentes, pela atuação em Mais dos Corvos, de 2018. Também atuou em Catástrofe, de 2017, e em Os Cuidados Que se Tem com o Cuidado que os Outros têm Consigo Mesmo, de 2016, que no Festival Guarnicê de Cinema lhe rendeu o Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante.

 

A Vertigem do Subtexto

com Gilda Nomacce

de 21 a 23 de junho, das 13h30 às 17h30

Hotel Senac Ilha do Boi
20 vagas

Serão três dias intensos de imersão no papel criativo do ator. Será uma experiência focada na atuação. Para entender o método utilizado pela atriz, os alunos deverão trazer uma caixa com itens que tenham carga significativa para eles, assim como possam ser usados na construção de personagens. Eles serão divididos em grupos, sendo que cada grupo deverá elaborar uma cena a partir de uma premissa dada por Gilda. O intuito da oficina é, também, ser bastante intimista. Gilda estará sempre aberta a responder quaisquer tipos de dúvidas e compartilhar experiências.

Sobre Gilda Nomacce: se formou com Antunes Filho. Recebeu duas indicações ao Prêmio Shell. Ingressou no cinema com os diretores Juliana Rojas e Marco Dutra, em “Um Ramo”, premiado no Festival de Cannes. Entre os diversos prêmios e indicações, recebeu o Candango de melhor atriz coadjuvante no Festival de Brasília por “Trabalhar Cansa”, melhor intérprete no Festival Mix Brasil por “Minha Única Terra é na Lua”, e concorreu ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro por “As Boas Maneiras”. Seus trabalhos mais recentes são o longa “Casa de Antiguidades” e o curta “Céu de Agosto” (menção honrosa em Cannes) – ambos exibidos no Festival de Cannes.

 

Oficina Escrita de Curta-Metragem de Horror

com Carissa Vieira

de 21 a 23 de junho, das 13h30 às 17h30

Hotel Senac Ilha do Boi
20 vagas

A oficina de escrita de curta-metragem de horror pretende apresentar conceitos fundamentais do roteiro, voltado para a escrita de curta-metragem, formato que traz várias especificidades. Tudo isso usando elementos específicos do gênero do horror, como criação de ambientação, tensão e uso do medo. Através da reflexão e da criação coletiva, os participantes trabalharão elementos essenciais da narrativa audiovisual: personagem, enredo, estrutura e tom.

Sobre Carissa Vieira: cineasta e roteirista formada pela UFPE. Pesquisa gênero e raça dentro do audiovisual e acredita que o horror é uma das formas mais interessantes de fazer paralelos sociais de forma criativa. Produz conteúdo no seu canal Carissa Vieira e no seu perfil do Instagram @carissinhavieira. É ⅓ do podcast Biscoiteiras onde fala sobre premiações de cinema e também é roteirista do podcast Alimente Seu Sol.

Luiz Carlos Lacerda

Luiz Carlos Lacerda

Luiz Carlos Lacerda

Alisson Prodlik

Realização em Cinema e Vídeo

com Luiz Carlos Lacerda e Alisson Prodilk

de 20 a 25 de junho, das 9 às 12 horas e das 15 às 18 horas

Exclusiva para atendidos pelo Centro de Referência das Juventudes (CRJ) Feu Rosa
20 vagas

O objetivo é instrumentalizar os alunos para realizarem seus projetos audiovisuais em diversas áreas técnicas (Câmera, Produção, Som, Edição) e artísticas (Roteiro, Direção, Direção de Fotografia, Arte) com as suas participações em diversas funções.

Sobre Luiz Carlos Lacerda (Coordenador): diretor e roteirista de cerca de 30 documentários sobre personagens da Cultura brasileira; 10 longas ( de ficção e docs,) entre eles os premiados Leila Diniz, For All, Viva Sapato! A Mulher de Longe, Introdução à Música do Sangue e O Que Seria Deste Mundo sem Paixão?. E de séries para a TV. Professor de Cinema na Universidade Estácio de Sá; Polo do Pensamento Contemporâneo; Grupo Nós do Morro; Escola Internacional de Cine de Cuba; Escola Darcy Ribeiro e Faculdade de Arte do Paraná. Realiza Oficinas no Festival de Vitória e em diversas mostras.

Sobre Alisson Prodlik ( Instrutor de Fotografia, Câmera e Edição): diretor de fotografia de diversos longas, entre eles Casa 9, A Mulher de Longe, A Música do Sangue, O Que Seria Deste Mundo sem Paixão?, de Luiz Carlos Lacerda; Os Príncipes, de Luiz Rosemberg (Prêmio de Melhor Fotografia no CinePe); O Trem da Morte, de Salete Sirino; os curtas Humberto Mauro e Depois da Chuva, de Cavi Borges; e Passagem, de André Grossi (Prêmio de Fotografia no Festival da Lapa), e de diversas séries documentais e de ficção para a TV. Foi codiretor das séries Enciclopédia do Samba, Notícias de Lá e Interior/ Dia. Dirigiu o longa documental O Grande Reinado.