A programação do 28° Festival de Cinema de Vitória – Reencontro seguiu movimentada durante o segundo dia de programação,  que aconteceu na terça-feira, 22 de junho no Centro Cultural Sesc Glória, no Hotel Senac Ilha do Boi, no Cine Metrópolis (na UFES) e no CRJ Feu Rosa

Na programação, diversas atividades como oficinas, exibições, debates e o retorno do Festivalzinho de Cinema de Vitória, que depois de dois anos retorna a sua 21ª edição. 

Mostra de Longas Premiados

Babu Santana e Tuca Andrada na apresentação da 2ª noite do 28º FCV-Reencontro. Foto: Andie Freitas/ Acaervo Galpão IBCA

A segunda noite do evento foi apresentada pelos atores Babu Santana e Tuca Andrada, que foram recebidos com carinho pelo público. “Esta é uma edição especial do Festival de Cinema de Vitória, porque marca a volta ao formato presencial de um dos mais tradicionais festivais do cinema brasileiro. Estávamos todos com muita saudade desse tipo de encontro: o encontro entre vocês, público, com os filmes projetados aqui na telona”, afirmou Tuca. 

Na noite também aconteceu a primeira exibição da Mostra de Longas Premiados que levou ao Teatro Glória dois longas vencedores do Troféu Vitória na 11ª Mostra Competitiva Nacional de Longas: Mulher Oceano, de Djin Sganzerla, que ganhou o Prêmio de Melhor Direção; e Mirador, de Bruno Costa, eleito Melhor Filme pelo Júri Popular. 

A produtora executiva Fran Camilo apresentando o longa Mirador, de Bruno Costa. Foto: Andie Freitas/ Acervo IBCA

A produtora executiva de Mirador, Fran Camilo, expressou sua emoção com o retorno ao cinema presencial. “Me sinto muito emocionada de ver pessoas em poder compartilhar esse momento. Porque a gente faz filmes exatamente para isso, para compartilhar com o público. E nada mais significativo, inclusive, do que ganhar o prêmio de júri popular, para que a gente tenha todo o significado de ter o reconhecimento do público, para o qual a gente faz o filme”.

Mostra de Curtas Premiados

Seguindo as exibições da Mostra de Curtas Premiados com o Troféu Vitória nas mostras competitivas do 28º Festival de Cinema de Vitória, o segundo dia foi marcado por filmes que traziam relações afetivas e familiares, com reflexões e memórias sensíveis. Fizeram parte desse momento os curtas 5 Fitas, de Heraldo de Deus e Vilma Martins; Meus Santos Saúdam teus Santos, de Rodrigo Antônio; Faz Vinte Anos, de Tati Franklin; Prata, de Lucas Melo; O Barco e o Rio, de Bernardo Ale Abinader; e O Peixe, de Natasha Jascalevich. 

Debate entre os realizadores da Mostra de Curtas Premiados com o crítico Filippo Pitanga. Foto: Thaís Carletti/ Acervo IBCA

A sessão foi seguida de debate com os realizadores, mediada pelo crítico e jornalista Filippo Pitanga. O realizador Heraldo de Deus, do filme 5 Fitas, destacou a emoção de ver seu filme na sala escura e da troca durante o Festival. “Todos os filmes dos colegas que estavam exibindo junto com o meu, falavam muito sobre essa coisa do território, essa coisa da fé, costumo dizer que memória também é território, pra gente que muitas vezes temos nossa história negada. Ver o meu filme junto com aqueles outros filmes trouxe uma emoção muito bacana, fez a energia e emoção ficar mais forte ainda, porque de fato eles dialogavam, dentro das suas realidades. Filmes de lugares distintos, regiões distintas do Brasil, mas que tinham uma unidade. Para falar de família, falar de fé, de ancestralidade, de território, de memória”. 

Coletiva da Homenageada Capixaba – Margarete Taqueti

Às 15 horas, aconteceu a Coletiva da Homenageada Capixaba: Margarete Taqueti, no Hotel Senac Ilha do Boi. O encontro marcou o lançamento da edição impressa do Caderno da Homenageada Capixaba: Margarete Taqueti. A publicação biográfica joga luz sobre sua obra e a vida e cumpre o papel de eternizar a memória do cinema brasileiro através de sua trajetória. Na plateia, jornalistas e amigos da profissional, como o produtor Claudino de Jesus e a produtora audiovisual Glecy Coutinho. O bate-papo foi mediado pelo cineasta e pesquisador Erly Vieira Jr e contou com a participação dos autores do caderno, os jornalistas Leonardo Vais e Paulo Gois. 

Oficinas

A programação seguiu com as formações gratuitas, que tiveram todas as suas vagas preenchidas. Ao longo do dia, foram realizadas no Hotel Senac Ilha do Boi as oficinas Descolonizando o Roteiro, de Clementino Junior; O Personagem como Centro de um Universo no Cinema de Não-Ficção, de Gustavo Vinagre; A Internet como Caminho, de Emy Lobo; A Construção do Roteiro a partir da Desconstrução das Personagens, com Julia Katherine; A Vertigem do Subtexto, de Gilda Nomacce; e Escrita de Curta-Metragem de Horror,  de Carissa Vieira. Além do segundo dia da oficina de Realização em Cinema e Vídeo, de Luiz Carlos Lacerda e Alisson Prodilk, realizado especialmente para jovens atendidos pelo CRJ Feu Rosa, por meio de uma parceria com o Festival de Cinema de Vitória. 

O diretor Gustavo Vinagre durante sua oficina no 28º FCV-Reencontro. Foto: Andie Freitas/ Acervo Galpão IBCA

O oficineiro Gustavo Vinagre, ator e diretor, destacou a satisfação em proporcionar a formação aos participantes. “Está sendo muito uma experiência muito boa, com pessoas muito interessadas, que estão realmente envolvidas na criação de talento, que são curiosas”. 

O 28º Festival de Cinema de Vitória – Reencontro conta com o patrocínio do Ministério do Turismo e da ArcelorMittal Tubarão, através da Lei de Incentivo à Cultura. Conta com o apoio da Rede Gazeta e da Stella Artois, conta também com apoio institucional do Canal Like, da Universidade Federal do Espírito Santo e da TV Educativa do Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

Este projeto está sendo realizado com recursos públicos do Governo do Espírito Santo viabilizados pela Lei de Incentivo à Cultura Capixaba, da Secretaria de Cultura.