Em Mulher Oceano, diversos elementos simbólicos são acionados para guiar as narrativas de duas mulheres, uma escritora no Japão e uma nadadora no Rio de Janeiro. O mergulho nessa história será proporcionado em uma exibição presencial e gratuita, no dia 22 de junho, às 19h30, na Mostra de Longas Premiados, que faz parte da programação do 28º Festival de Cinema de Vitória – Reencontro, que acontece de 21 a 25 de junho de 2022, no Centro Cultural Sesc Glória. No sábado, 25 de junho, às 9 horas, acontece o Debate com Realizadores da Mostra de Longas Premiados, no Hotel Senac Ilha do Boi. 

A ficção, de Djin Sganzerla, trata “das sutilezas da alma, da essência do ser” simbolizadas nas experiências de duas mulheres em lugares opostos e vidas diferentes, que de repente começam a ter suas vidas conectadas e ligadas pelo mar. “Sempre tive vontade de trabalhar alguns elementos que são chave neste filme, como a simbologia do mar, o duplo (será que são duas personagens ou uma é projeção da outra?). Um filme em que a natureza tivesse um papel central. O mar do Japão é uma grande metáfora de superação, de luta, de embate, de fúria, perigo e calmaria. O tsunami representa parte deste embate. Um povo que tem o xintoísmo como eixo, amor profundo e respeito pela natureza. E outra ideia também presente no filme é a do sonho que invade a realidade”, conta a realizadora. 

Filha de duas figuras centrais na história do cinema brasileiro, Djin acredita que seu longa é uma obra totalmente autoral e diferente do trabalho da sua família. “Sou filha de dois grandes artistas, os cineastas Rogério Sganzerla e da diretora e atriz Helena Ignez. Em Mulher Oceano faço um filme diferente do estilo que ambos têm. Aprendi muito com eles, mas busquei seguir meus próprios instintos e desejos, um caminho pessoal. Apesar da minha mãe ser atriz e diretora, acho que fazemos um cinema que dialoga, porém distintos. Em Mulher Oceano eu dirijo, protagonizo, co-roterizo e produzo o filme. Uma obra absolutamente autoral com grande parte da sua equipe composta por mulheres”.

Com a premiação do Troféu Vitória de Melhor Direção em sua categoria, Djin expressa a alegria desse reconhecimento “pela importância do festival, por ser um dos mais importantes festivais brasileiros”.

O 28º Festival de Cinema de Vitória – Reencontro conta com o patrocínio do Ministério do Turismo e da ArcelorMittal Tubarão, através da Lei de Incentivo à Cultura. Conta com o apoio da Rede Gazeta e da Stella Artois, conta também com apoio institucional do Canal Like e da Universidade Federal do Espírito Santo e da TV Educativa do Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

Este projeto está sendo realizado com recursos públicos do Governo do Espírito Santo viabilizados pela Lei de Incentivo à Cultura Capixaba, da Secretaria de Cultura.

MULHER OCEANO
Djin Sganzerla
FIC, Cor, 2K, 99`, SP, 2020
Classificação Indicativa: 14 anos
Sinopse: Ao se mudar para Tóquio, uma escritora brasileira se dedica a escrever seu novo romance, instigada por suas experiências no Japão e por uma das últimas cenas que presenciou no Rio de Janeiro: uma nadadora de travessia oceânica rasgando o horizonte com vigorosas braçadas em mar aberto. Essas duas mulheres aparentemente não compartilham nenhuma conexão, até que suas vidas começam a interferir uma na outra, estranhamente ligadas pelo mar. Hannah, a escritora, mergulha em uma jornada de autodescoberta no Japão, enquanto Ana, a nadadora no Rio, estranhamente tem seu corpo transformado em uma espécie de Oceano interior.

28º FESTIVAL DE CINEMA DE VITÓRIA – REENCONTRO 
21 A 25 DE JUNHO DE 2022

Centro Cultural Sesc Glória: Teatro Glória, Sala Cariê Lindenberg e Marien Calixte
Exibições + Debates de Curtas + Cerimônias de Homenagem

Hotel Senac Ilha do Boi
Debates de Longas + Coletivas de Homenagem + Oficinas
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Festivalzinho de Cinema de Vitória 
Centro de Referência das Juventudes (CRJ) Feu Rosa 
Oficina de Realização em Cinema e Vídeo