No curso dos debates e considerações acerca dos filmes concorrentes, os jurados deliberaram o seguinte resultado:

FILME PREMIADO

O prêmio vai para “25 anos sem asfalto”, de Fabí Andrade, por construir uma história universal da existência de mulheres negras e periféricas, do Brasil, por meio da narrativa da rotina laboral, educação dos filhos e ausências na maternação na tentativa de uma vida melhor. O curta-metragem provoca o estímulo das memórias afetivas atemporais, de nossas próprias vivências a partir de cenas do cotidiano da maior parte da população preta, do país. É um filme sobre a construção de futuros possíveis àqueles que sempre estiveram à margem. 

MENÇÃO HONROSA

De maneira semelhante, “Olhos de Cachoeira”, de Adler Paz, por meio da narração oral e poética explícita os anos de resistência dos negros e negras que nos antecedem, mostrando os laços da ancestralidade seja para quem olha para o passado, como para quem constrói o futuro. Assim, o curta recebe nossa menção honrosa, por completar os sentimentos da vivência negra e mostrar o valor do afeto compartilhado. 

Marina Rodrigues
Rogério Sagui
Yasmine Evaristo