Um filme que trata “das sutilezas da alma, da essência do ser”. Assim a diretora Djin Sganzerla define seu longa de estreia, Mulher Oceano, que será exibido no dia 23 de novembro, terça-feira, às 19 horas, dentro da 11ª Mostra Competitiva Nacional de Longas. A janela de exibição faz parte da programação do 28º Festival de Cinema de Vitória, que acontece entre os dias 23 e 28 de novembro, em formato on-line e gratuito, na plataforma Innsaei.tv.
De acordo com Djin, o filme surgiu da sua vontade de atuar também por trás das câmeras. “[A ideia do filme] veio de uma necessidade muito autoral, muito verdadeira de dirigir. Comecei a pensar o roteiro e o co-roteirizei com a Vana Medeiros”, explica a diretora. “Mulher Oceano é um filme feminino. Ele trata das sutilezas da alma, da essência do ser. Trata do que está oculto, não revelado em nós, de forças da natureza que não explicamos, dos mistérios, dos sonhos que estão no plano inconsciente”.
O filme apresenta uma série de simbologias relacionadas ao ar e que atravessa a história das suas protagonistas: uma moradora do Rio de Janeiro; a outra vive no Japão. “Sempre tive vontade de trabalhar alguns elementos que são chave neste filme, como a simbologia do mar, o duplo (será que são duas personagens ou uma é projeção da outra)? Um filme em que a natureza tivesse um papel central. O mar do Japão é uma grande metáfora de superação, de luta, de embate, de fúria, perigo e calmaria. O tsunami representa parte deste embate. Um povo que tem o xintoísmo como eixo, amor profundo e respeito pela natureza. E outra ideia também presente no filme é a do sonho que invade a realidade”.
Filha de duas figuras centrais na história do cinema brasileira, Djin acredita que seu longa é uma obra totalmente autoral e diferente do trabalho da sua família. “Sou filha de dois grandes artistas, os cineastas Rogério Sganzerla e da diretora e atriz Helena Ignez. Em Mulher Oceano faço um filme diferente do estilo que ambos têm. Aprendi muito com eles, mas busquei seguir meus próprios instintos e desejos, um caminho pessoal. Apesar da minha mãe ser atriz e diretora, acho que fazemos um cinema que dialoga, porém distintos. Em Mulher Oceano eu dirijo, protagonizo, co-roterizo e produzo o filme. Uma obra absolutamente autoral com grande parte da sua equipe composta por mulheres”.
Sobre a seleção para a 11ª Mostra Competitiva Nacional de Longas, a diretora afirma que “foi uma grande alegria receber a notícia que Mulher Oceano foi selecionado para o 28º Festival de Cinema de Vitória, pela importância do festival, por ser um dos mais importantes festivais brasileiros”.
On-line
O Festival de Cinema de Vitória é o maior e mais importante evento de cinema do Espírito Santo. Entre os dias 23 e 28 de novembro, o evento será realizado em formato on-line e gratuito, com as mostras exibidas na plataforma Innsaei.tv. Os filmes estarão disponíveis para o público por 24 horas após a estreia.
O 28º Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio do Ministério do Turismo, através da Lei de Incentivo à Cultura. Conta com o apoio da Rede Gazeta, da Tower Web e do Banestes. Conta também com o apoio institucional do Canal Brasil, da ABD Capixaba, da Carla Buaiz Jóias, da Inssaei.tv, do Centro Cultural Sesc Glória e da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).
28º Festival de Cinema de Vitória
11ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS
23 a 27 de novembro
terça a sábado, às 19 horas

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