Os debates sobre sustentabilidade e questões ambientais ganham cada dia mais destaque entre as pautas fundamentais para pensar o mundo na atualidade. A 4ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental, usa do audiovisual para abordar temas socioambientais e ampliar o debate.
A janela de exibição acontece dentro da programação do 28º Festival de Cinema de Vitória, que será realizado entre os dias 23 e 28 de novembro, em formato on-line e gratuito, na plataforma Innsaei.tv, e será exibida no dia 24 de novembro, quarta-feira, a partir das 19 horas. Os filmes estarão disponíveis para o público por 24 horas.
Com curadoria da cineclubista e realizadora Margarete Taqueti e do ambientalista, cineasta e produtor Jefferson de Albuquerque Júnior, a seleção apresenta cinco curtas-metragens que lançam luz sobre a relação da humanidade com o meio ambiente. “A janela de oportunidades para manter o aquecimento global em níveis minimamente seguros para a humanidade está se fechando”, afirma a dupla.
Filmes
Neste ano, serão exibidos cinco filmes de curta-metragem nos gêneros animação e documentário. Nonna, de Maria Augusta V. Nunes, é uma animação que mostra avó e neta e os efeitos do uso de agrotóxicos na região em que elas moram. Yaõkwa, Imagem e Memória, de Rita Carelli e Vincent Carelli, apresenta o reencontro – quinze anos depois – de imagens da nova geração dos índios Enawenê Nawê. O documentário Dois Riachões: Cacau e Liberdade, de Fellipe Abreu e Patrícia Moll, narra a transição dos moradores da comunidade de Dois Rachões, que viviam escravizados até a liberdade como produtores de chocolates.
Tapajós Ameaçado, de Thomaz Pedro, acompanha mais de vinte lideranças indígenas para escutar de perto o que elas têm a nos dizer sobre as ameaças que os povos originários que habitam a região sofrem. Fechando a mostra What About our Future?, de Cláudio Cruz e Jaime Leigh Gianopoulos, acompanha o dia a dia de um grupo de adolescentes que se dividem entre escola, amigos e família e o ativismo climático.
Premiação e Júri
Os filmes exibidos na 4ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental concorrem ao Troféu Vitória em duas categorias: Melhor Filme, pelo Júri Técnico, e Melhor Filme, pelo Júri Popular.
O Júri Técnico da 4ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental é composto pela jornalista Fernanda Couzemenco, pela professora Martha Tristão, e pelo produtor e cineclubista Claudino de Jesus. O anúncio das produções premiadas será feito durante a Cerimônia de Encerramento do 28º Festival de Cinema de Vitória.
On-line
O Festival de Cinema de Vitória é o maior e mais importante evento de cinema do Espírito Santo. Sua 28ª edição se materializa de forma diferente em 2021. Entre os dias 23 e 28 de novembro, o evento será realizado em formato on-line, com as mostras exibidas na plataforma Innsaei.tv, e nas redes sociais do evento. Os filmes estarão disponíveis para o público por 24 horas.
O 28º Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio do Ministério do Turismo, através da Lei de Incentivo à Cultura. Conta com o apoio da Rede Gazeta, da Tower Web e do Banestes. Conta também com o apoio institucional do Canal Brasil, da ABD Capixaba, da Carla Buaiz Jóias, da Inssaei.tv, do Centro Cultural Sesc Glória e da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).
28º Festival de Cinema de Vitória
4ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL
24 de novembro
quinta-feira, às 19 horas
NONNA
Maria Augusta V. Nunes
ANI, Cor, 2K, 10’, SC, 2021
Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: A pequena Ana e sua avó vivem no campo e sofrem com os efeitos provocados pelo uso de agrotóxicos na região. Já adulta, ao reencontrar a velha casa onde viveu sua infância, Ana entende que a presença de sua avó ali é transcendental.
YAÕKWA, IMAGEM E MEMÓRIA
Rita Carelli e Vincent Carelli
DOC, Cor, DCP, 21’, PE, 2020
Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: O Vídeo nas Aldeias realizou com os índios Enawenê Nawê, durante quinze anos, extensos registros do Yaõkwa, seu mais longo ritual, em que os mestres de cerimônia puxam, durante sete meses, uma miríade de cantos, a fim de manter o equilíbrio do mundo terreno com o mundo espiritual. Neste filme, outros quinze anos mais tarde, os Enawenê Nawê reencontram essas imagens e, com elas, parentes falecidos, costumes que caíram em desuso e preciosos cantos rituais.
DOIS RIACHÕES: CACAU E LIBERDADE
Fellipe Abreu e Patrícia Moll
DOC, Cor, HD, 10’, SP, 2021
Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: Os moradores do assentamento Dois Riachões, no sul da Bahia, viviam em situação análoga à escravidão, mas hoje conseguiram conquistar terra e liberdade através da produção de cacau. Em 2021 a comunidade lançou sua própria marca de chocolate.
TAPAJÓS AMEAÇADO
Thomaz Pedro
DOC, Cor, HD, 25’, SP, 2021
Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: Os povos indígenas que habitam as margens do Rio Tapajós, na Amazônia Brasileira, estão sendo ameaçados. Grandes projetos de infraestrutura, como ferrovias, hidrovias, agronegócio e mineração, estão em desenvolvimento na região como parte do processo de expansão do capital internacional sobre a floresta. O documentário acompanha mais de vinte lideranças indígenas para escutar de perto o que elas têm a nos dizer. A luta desses povos para manter seus modos de vida é essencial para conservar a floresta em pé e o rio vivo.
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