Entre os dias 27 e 28 de setembro, os vencedores do Concurso de Fotografia do 27º FCV – Cultura Solidária estiveram na sede da Galpão Produções para retirar os Smartphones que premiaram os seis participantes da Oficina de Fotografia: Retratos Cotidianos. Foram eles: Estêvão Garcia e Tadeu Vieira, de Cariacica; Clésio Júnior e K3lly Martins, de Serra; e Arádia e Belabela, de Vitória.
As fotos do concurso são resultado dos Passeios Fotográficos realizados pelas turmas ao final de cada oficina. Os alunos visitaram alguns pontos representativos de cada região. Em Cariacica, as fotos foram realizadas na Avenida Expedito Garcia; no município de Serra, no Sítio Histórico de Queimado; e na cidade de Vitória, na Ilha das Caieiras, Paneleiras de Vitória e no Centro Histórico da capital.
Cada participante criou uma estratégia de votos para ser campeão. Estevão Garcia mobilizou toda sua rede de contatos para a votação. “Espalhei pra todo mundo: grupo de trabalho, de faculdade. Pedi para a família inteira. Eu não esperava que ia ter tanto voto. Quando eu vi o número eu pensei ‘eu não tô acreditando nisso!’. Foi incrível. Incrível mesmo”.
Tadeu Vieira também contou com o apoio de amigos e familiares para ser o recordista de votos do concurso. “Eu mobilizei todos os meus amigos, toda a minha família, que já está me acompanhando nesse processo artístico há muito tempo. Eu tive todo apoio deles, de pessoas que eu nem imaginava que eu teria. E isso foi o mais legal pra mim”.
Clésio Júnior afirmou que não é um usuário assíduo das redes sociais, mas resolveu embarcar no universo on-line para o concurso. “Eu confesso que eu não tenho muita relação com redes sociais, eu não sou muito engajado, mas foi uma oportunidade de também de estar testando e vendo como isso funciona, como poderia funcionar para esse concurso”, pontuou ele que também contou com o apoio de muita gente. “Eu saí pedindo ajuda de amigos, de familiares, postando em grupos. Os cinco dias de votação foram cinco dias de campanha”.
Já Kelly Martins contou com o apoio do seu namorado e divulgação nas redes sociais. “Eu sai atirando para todos os lados!” contou bem-humorada. “Fiquei bem surpresa com o tanto de votos que eu recebi porque eu não estava esperando algo tão grande. E a galera levou muito a sério essa questão de votar para eu poder ganhar. Foi muito legal esse processo. E essa é a primeira vez que eu ganho algo assim de participação, de competir. Foi bem legal!”.
Arádia também nunca tinha ganhado um concurso. “Eu fiz campanha! Botei minha vó pra votar em mim, minha vó mandou pra todo mundo. Postei no meu Instagram…e consegui! Eu nunca ganhei um concurso. Fiquei muito feliz!”. Bebela também contou com apoio de muitas pessoas, mas teve um apoio especial. “Para o sorteio eu falei pro meu irmão ‘se eu ganhar o celular, o que eu tenho é seu’. Aí ele ficou votando sem parar. fez mutirão. Ele conseguiu muitos votos”, contou a vencedora bem-humorada.
Aprendizado
Para os alunos participar das oficinas foi um processo de troca e aprendizado. “O legal que a gente teve, foi principalmente a preocupação dela [oficineira] de ouvir as demandas dos alunos, de questionar quais os interesses que a gente tinha para fotografia. Ela conseguiu ir direcionando o curso para além da parte técnica, que ela também passou super bem pra gente” pontuou Clésio, que foi aluno da fotógrafa Thaís Gobbo.
Kelly Martins, que já tem trabalhos como fotógrafa, afirmou que a oficina ampliou seu olhar para o universo das imagens. “A Luara veio com ensinamentos que eu não conhecia, sobre fotos, o sentimento e a história da fotografia, além de trazer essa questão da gente conhecer outros lugares. Como foi o passeio de Queimado, um lugar que eu não conhecia. Foi uma experiência que eu vou levar pra vida toda”.
Já Bebela acredita que a experiência foi intensa para toda turma. “Acho que foi uma oportunidade bacana para as dez pessoas que estavam na minha sala. Eu pude ver todo mundo se engajando bastante, querendo obter conhecimento, querendo se destacar. Todo mundo sempre perguntava pra Luara, tirando suas dúvidas. A professora foi super solícita, ela foi super bacana. Todas as aulas foram ministradas muito bem, eu aprendi muito”.
Para Arádia, que integrou a turma da Thaís Gobbo em Vitória, as narrativas foram tão importantes quanto a parte técnica da formação. “Foi uma experiência muito gratificante. Agregou a vivência que eu tive, as experiências das outras meninas também e das outras pessoas que participaram da oficina de fotografia. E foi uma oficina sobre narrativas, sobre fotografia, sobre técnica. É uma coisa que eu vou levar pra vida toda”.
Tadeu Vieira, que já participou de outras formações do FCV, disse que essa foi mais uma oportunidade de troca e conhecimento. “Desde 2015 eu participo das oficinas de cinema, entre outras coisas, e com essa não foi diferente: eu aprendi muita coisa. Gostei muito da oportunidade de trabalhar com a Luara. O festival aproxima a gente desse nosso lado mais sensível. Eu acho que a experiência foi muito boa. Muito gratificante como sempre é”.
Estevão gostou do projeto desde o início do projeto e ficou muito satisfeito com todo o processo. “Minha experiência no Cultura Solidária foi incrível desde o começo da oficina. Meu primeiro contato, pelas redes sociais, no perfil do IBCA que faz parte da realização do evento foi incrível. Eu tive uma experiência maravilhosa. Acessar os conteúdos, as informações. Quando eu comecei na oficina, a participar de fato das aulas, eu esperava algo muito menor do que realmente foi por ser algo rápido. Mas incrivelmente me surpreendeu muito. Foi uma experiência muito boa proporcionada por todo esse projeto”.
Exposição e Video Mapping
As imagens também renderam a exposição Virtuais. Dividida em seis galerias on-line, uma para cada cidade, é possível fazer um passeio pelas imagens capturadas no Sítio Histórico de Queimado, na Serra; pela Avenida Expedito Garcia, em Cariacica; e pelo Mercado da Vila Rubim, em Vitória.
A exposição Virtuais também ganhou uma edição especial entre os dias 22 e 24 de setembro, sempre às 18h30, nas paredes de prédios das cidades de Cariacica, Vitória e Serra, com projeções em vídeo mapping desenvolvidas pelo PixxFluxx.
O 27º Festival de Cinema de Vitória – Cultura Solidária conta com o patrocínio do Ministério do Turismo, através da Lei de Incentivo à Cultura, e do Instituto Cultural Vale. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).