Um dos grandes nomes da atuação no Brasil, Marcélia Cartaxo é uma das melhores e maiores atrizes do cinema brasileiro. Intérprete versátil, além de diretora talentosa, ela é a Homenageada Nacional do 28º Festival de Cinema de Vitória – Reencontro, que acontece de 21 a 25 de junho, no Centro Cultural Sesc Glória e no Hotel Senac Ilha do Boi, e apresenta os filmes premiados com o Troféu Vitória, na edição on-line do evento, além de pré-estreias e uma série de atividades de formação.
No dia 23 de junho, quinta-feira, Marcélia Cartaxo recebe o carinho do público em dois momentos: às 15 horas, no Hotel Senac Ilha do Boi, ela participa da Coletiva de Imprensa, que marca o lançamento da edição física do Caderno da Homenageada, publicação biográfica dedicada a sua vida e carreira; e, às 19 horas, participa da Cerimônia de Homenagem, no Teatro Sesc Glória.
Para Lucia Caus, diretora do Festival de Cinema de Vitória, homenagear uma artista da importância de Cartaxo – que é um referencial para a cultura brasileira – é um dos momentos que entra para a história do festival . “Marcélia Cartaxo é uma artista que usa o seu trabalho para jogar luz sobre as inúmeras possibilidades de existência. Uma profissional versátil, extremamente talentosa e uma pessoa doce e divertida. Um ser humano especial. É uma honra para o festival poder homenageá-la”.
HISTÓRIA
Nascida em Cajazeiras, na Paraíba, Marcélia Cartaxo é um dos grandes nomes da atuação no Brasil. Com mais de 40 anos de carreira, a atriz já interpretou os mais diversos tipos: de freira a prostituta, de mãe a avó, ela imprime o sonho, a força, a luta e a realidade da mulher brasileira em suas atuações. Com participações no teatro e na televisão, foi no cinema que ela construiu uma carreira sólida e com personagens que entraram para a história do audiovisual brasileiro.
Sua estreia no cinema aconteceu em 1985, em A Hora da Estrela, quando interpretou uma das personagens mais emblemáticas da literatura brasileira: Macabéa, do livro homônimo de Clarice Lispector. Ao dar vida a ingênua datilógrafa, que se muda do Nordeste para São Paulo, no filme de Suzana Amaral, Marcélia ganhou o mundo e recebeu, entre outros prêmios, o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival Internacional de Cinema de Berlim.
Entre os destaques desta carreira intensa também estão a prostituta Laurita, de Madame Satã (2002), de Karim Aïnouz; a sonhadora Pacarrete (2019), do filme homônimo de Allan Deberton; que lhe rendeu o Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Gramado e no Festival de Cinema de Vitória; a mãe do protagonista Francisco, no longa-metragem Big Jato (2016), de Cláudio Assis, em que recebeu o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Cinema de Brasília.
Nos últimos anos, além da interpretação, Cartaxo também vem atuando atrás das câmeras e exercendo a função de diretora. São dela os curtas-metragens Tempo de Ira (2003), De Lua (2013), Redemunho (2016) e Casa de Louvor (2020) que ampliam o seu universo de grande contadora de histórias e reafirmam a sua importância para a cultura brasileira.
Para Marcélia, atuar é a oportunidade de dar voz e ampliar a luta e os anseios femininos. “Me sinto extremamente especial pelo fato de eu ser atriz, por ter conquistado esse espaço. Conheci muitos lugares que se não fosse o trabalho eu jamais conheceria. Pude estudar, ter acesso. Eu tenho uma voz e por isso eu vou até o fim da minha vida lutando pelas questões sociais e representando essas mulheres ”.
O 28º Festival de Cinema de Vitória – Reencontro conta com o patrocínio do Ministério do Turismo e da ArcelorMittal, através da Lei de Incentivo à Cultura. Conta com apoio do Canal Like e da Universidade Federal do Espírito Santo e apoio institucional da Rede Gazeta. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).
Este projeto está sendo realizado com recursos públicos do Governo do Espírito Santo viabilizados pela Lei de Incentivo à Cultura Capixaba, da Secretaria de Cultura.
Comentários