No curso dos debates e considerações acerca dos filmes concorrentes, os jurados deliberaram o seguinte resultado:
Melhor Filme:
Pela habilidade ao encenar a juventude periférica, estabelecendo tempo e espaço próprios, entre o cinema fantástico e uma estimulante poética do cotidiano, o júri oficial elege “Prata”, Lucas Melo, como o melhor filme da 25ª Mostra Competitiva de Curtas do Festival de Cinema de Vitória.
Prêmio Especial do Júri:
Por estabelecer uma visão ácida e provocativa em torno da cultura digital e da sobrevivência no Brasil pandêmico; por explorar novas possibilidades de criação no formato curta-metragem, o Prêmio especial do júri vai para “USINA – Desejo contra a indústria do medo”, de Amanda Seraphico, Clarissa Ribeiro e Lorran Dias.
Melhor Direção:
Por criar uma atmosfera envolvente em torno do cotidiano de seus personagens, construindo uma narrativa onde o controle da direção não limita a espontaneidade do filme. Por ter unidade estética ainda que transitando por diferentes lugares narrativos, sabendo olhar para as grandiosidade de um cotidiano, o júri oficial da Mostra Nacional de Curtas concede o Prêmio de Melhor direção a Victor Quintanilha, diretor do filme Portugal Pequeno.
Melhor Roteiro:
Por sintetizar temas de profundo valor simbólico em uma narrativa simples e acessível em torno da arte de contar uma história, o júri oficial concede a “Cinco Fitas”, de Heraldo de Deus e Vilma Martins, o prêmio de melhor roteiro da 25ª Mostra Competitiva de Curtas do Festival de Cinema de Vitória.
Melhor Contribuição Artística:
Pelo elogio ao retorno à natureza e à ancestralidade como ato de cura espiritual e afetiva e pela capacidade de restaurar a origem enquanto experiência sensível, o júri oficial concede a “Meus santos saúdam os teus santos”, de Rodrigo Antônio, o prêmio de melhor contribuição artística da 25ª Mostra Competitiva de Curtas do Festival de Cinema de Vitória.
Melhor Interpretação:
Por uma atuação complexa, onde a palavra e o silêncio costuram a presença da personagem; por construir uma forma de atuação que se comunica diretamente com o próprio rio, por nos apresentar o mundo pelos olhos, concedemos à Isabela Catão, personagem Vera em O Barco e o Rio (Bernardo Ale Abinader, FIC, AM, 17’), o prêmio de Melhor Interpretação.
André Dib
Glenda Nicácio
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