A troca entre os realizadores da 25ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas continuou na manhã desta quinta-feira (25), com o segundo debate sobre os filmes exibidos no programa 2 da janela de exibição. Mediado pelo jornalista e crítico de cinema, Filippo Pitanga; e pela doutoranda em psicologia e cinema pela USP e crítica de cinema para o portal Geledés, Viviane A. Pistache, o encontro teve a participação de Tati W. Franklin, diretora de Faz Vinte Anos; a fotógrafa Luana Beatriz, representando o filme Meus Santos Saúdam Teus Santos, de Rodrigo Antônio; e Victor Quintanilha, diretor de Portugal Pequeno. Na parte final do debate, o realizador Rodrigo Antônio, se juntou ao grupo.
Tati W. Franklin falou sobre o processo criativo para realização do seu documentário. “Falar do Faz Vinte Anos é falar de um sentimento muito forte pela minha irmã e dessa história nossa. Que é uma história de amor e distância, já que a gente mora em cidades diferentes hoje. Esse filme veio disso. Minha irmã fez 20 anos, ela é mais nova do que eu sete anos, ela fez aniversário em maio bem no meio da pandemia. Eu estava triste porque não ia poder vê-la.Eu em casa, aquele momento estranho que ninguém entendia nada do que estava acontecendo. Bateu a saudade, comecei a rever os arquivos, eu filmo muito. Daí eu comecei a revisitar esses arquivos e fazer um filme pra ela movida por essa vontade de estar perto mesmo. E estar na mostra competitiva de curtas é uma honra”.
Luana Beatriz começou o bate-papo falando sobre a ideia inicial do curta. “O filme faz parte da pesquisa de mestrado do Rodrigo em que ele pesquisa memórias de famílias negras. Nessa busca pela memória visual, de imagens, de fotos, de vídeos da própria família dele, ele volta para onde os avós dele moravam, na Ilha de Marajó. E nessa volta ele descobre que tem uma herança espiritual. Ele herda da avó dele que já faleceu. Ele descobre isso com uma pajé e resolve fazer um filme sobre isso”.
Victor Quintanilha falou sobre quando o filme surge quando o diretor recupera uma paisagem que foi cotidiana durante seu período de faculdade, em que ele atravessava a ponte Rio-Niterói, e que serviu de pano de fundo para o filme. “O Edu, montador do filme, me falou sobre o primeiro edital audiovisual de Niterói. Foi quando eu comecei a escrever Portugal Pequeno, que personagem geraria interesse em mim em abordar e trabalhar. E foi quando surgiu a ideia de ser um jovem, que está começando a carreira como MC de Funk, que tem esse viés mais artístico, mas trabalha com o pai. Esse foi o primeiro conflito que surgiu dessa ideia, esse conflito de gerações e de interesses distintos”.
Confira na íntegra o 25ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas – Programa 2
On-line
O Festival de Cinema de Vitória é o maior e mais importante evento de cinema do Espírito Santo. Entre os dias 23 e 28 de novembro, o evento será realizado em formato on-line e gratuito, com as mostras exibidas na plataforma Innsaei.tv. Os filmes estarão disponíveis para o público por 24 horas após a estreia.
O 28º Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio do Ministério do Turismo, através da Lei de Incentivo à Cultura. Conta com o apoio da Rede Gazeta, da Tower Web e do Banestes. Conta também com o apoio institucional do Canal Brasil, da ABD Capixaba, da Carla Buaiz Jóias, da Inssaei.tv, do Centro Cultural Sesc Glória e da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).
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