O debate da 5ª Mostra Cinema e Negritude aconteceu na tarde de domingo (29) dentro da programação do 27º Festival de Cinema de Vitória. O bate-papo foi mediado pela pela doutoranda em psicologia e cinema pela USP e crítica de cinema para o portal Geledés, Viviane A. Pistache e pelo jornalista Leonardo Vais e contou com a participação do realizador Filipe Alves, do curta Cão Maior; Deuilton B. Júnior, diretor do filme Terceiro Andar; e a diretora Sabrina Fidalgo, do filme Alfazema.

O diretor de Cão Maior, de Filipe Alves, pontuou a vontade de fazer um filme que falasse sobre a sua geração. “A gente percebeu que as produções que a gente tinha feito até ali nem sempre falavam sobre o que a gente queria ver. Quando nós nos formamos enquanto equipe majoritariamente preta, LGBTQ e periférica a gente queria fazer um filme para uma audiência que fosse como a gente. Nosso principal objetivo era trazer essa história sobre amadurecimento, sobre afeto, sobre o encontro dos dois mundos de cada personagem de uma forma que fosse sensível”.

Deuilton B.Júnior, de Terceiro Andar, falou sobre como suas influências contribuíram para o processo de criação do seu curta-metragem. “Eu tentei buscar algumas referências, alguns gostos. Com eles fui descobrindo coisas que eu nem imaginava que traria para a produção que eu nem imaginava que eu ia fazer. Esse gosto por ficção, fantasia e começando a adentrar o mundo em que vivemos. Foi junto dessas escolhas que eu comecei a escrever e junto com a equipe – que era a turma da faculdade – a realizar esse filme”. 

Com uma carreira de mais de uma década no audiovisual, Sabrina Fidalgo, falou sobre o segundo filme da sua trilogia do Carnaval. “O Alfazema nasceu dentro dessa ideia, dentro da premissa de fazer um trilogia sobre Carnaval. Foi esse o start para desenvolver o filme. O Carnaval é a nossa maior expressão cultural brasileira e uma expressão afro brasileira, que define o Brasil em todos os lugares do mundo e, na minha opinião, foi pouco explorada dentro da nossa cinematografia. É um filme ácido que tira um sarro de tudo: do Carnaval, do cinema, dessa ideia de cinema patriarcal, branco e eurocentrado. O Alfazema é uma grande brincadeira com tudo isso e tendo mulheres como protagonistas”. 

O 27º Festival de Cinema de Vitória conta com o Patrocínio do Ministério do Turismo, através da Lei de Incentivo à Cultura, e do Banestes. Conta com o apoio da Unimed Vitória, da Rede Gazeta, do Canal Brasil, da Stella Artois e da Suzano. Conta também com o apoio institucional do Centro Técnico do Audiovisual (CTAv), da Tower Web, da Dot, da Link Digital, da Mistika, da ABD Capixaba, da Carla Buaiz Jóias, do Findes, do Sesi Cultural e da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

Confira na íntegra o Debate da 5ª Mostra Cinema e Negritude