Ao longo das últimas décadas, o videoclipe se transformou em uma linguagem potente e criativa dentro do universo audiovisual.  Tendo a música como protagonista, a 4ª Mostra Nacional de Videoclipes apresenta um recorte desse universo na programação do 27º Festival de Cinema de Vitória, que acontece entre os dias 24 e 29 de novembro, em formato online e gratuito. 

A Comissão de Seleção da mostra é formada pelo jornalista, publicitário e produtor cultural, Luiz Eduardo Neves e a mestre em educação pela UERJ e professora dos cursos técnicos em Rádio e TV, Suellen Vasconcelos

Clipes

A mostra reúne videoclipes de vários Estados brasileiros comprovando a pluralidade de narrativas em 16 obras de temáticas diversas. “São clipes que narram suas histórias com criatividade e sensibilidade a partir das técnicas, recursos e experimentações da linguagem audiovisual ancoradas por roteiro, fotografia e direção de arte primorosos” afirma a dupla de curadores.

Segundo a Comissão, a seleção da 4ª Mostra Nacional de Videoclipes “reúne narrativas singulares que gritam um coro de liberdade, esperança, luta e afeto. Elas revelam a pluralidade e a potencialidade criativa desse gênero que conquistou de vez o público, com suas músicas que, mais do que ouvir, foram criadas para ver e para sentir”.

Premiação e Júri

Os filmes exibidos na 4ª Mostra Nacional de Videoclipes concorrem ao Troféu Vitória em duas categorias: Melhor Filme, pelo Júri Técnico, e Melhor Filme, pelo Júri Popular.

O Júri Técnico da 4ª Mostra Nacional de Videoclipes é composto pela a produtora cultural Simone Marçal, pelo compositor, produtor musical e diretor artístico Barral Lima, e pela realizadora Paula Rocha. O anúncio das produções premiadas será feito durante a Cerimônia de Encerramento do 27º Festival de Cinema de Vitória.

Online

O Festival de Cinema de Vitória é o maior e mais importante evento de cinema do Espírito Santo. Sua 27ª edição se materializa de forma diferente em 2020. Entre os dias 24 e 29 de novembro, o evento será realizado em formato online, com as mostras exibidas na plataforma InnSaei.TV, no Canal de YouTube e nas redes sociais do evento. Os filmes estarão disponíveis para o público por 24 horas, de acordo com a programação, que será divulgada em breve.

O 27º Festival de Cinema de Vitória conta com o Patrocínio do Ministério do Turismo, através da Lei de Incentivo à Cultura, e do Banestes. Conta com o apoio da Unimed Vitória, da Rede Gazeta, do Canal Brasil, da Stella Artois e da Suzano. Conta também com o apoio institucional do Centro Técnico do Audiovisual (CTAv), da Tower Web, da Dot, da Link Digital, da Mistika, da ABD Capixaba, da Carla Buaiz Jóias, do Findes, do Sesi Cultural e da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

27º Festival de Cinema de Vitória
5ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES

BLÁ BLÁ BLÁ (VID, 3’, ES), Junior Batista


Liberdade de expressão, ancestralidade e coletivismo são as palavras de ordem. Classificação indicativa: Livre.

KILLA (VID, 3’, MA), Jessica Lauane

Killa é uma homenagem ao reggae do Maranhão e ao Point Magno Roots. Classificação indicativa: 10 anos.

PRIMEIRO REMIX (VID, 3’, SP), Raphael Correa 

O artista e produtor Antonio apresenta a versão remix da faixa Primeiro, de Gustavo Rosseb. Antonio traz uma roupagem dançante e vintage para a Primeiro Remix, propondo um universo completamente imersivo e com referências de Future Bass e uma pitada de balanço, que não pode faltar. Classificação indicativa: Livre.

LIVRE PRA VIVER (VID, 4’, ES), Danilo Laslo Gonçalves Terra 

Livre pra Viver é o videoclipe de canção homônima do cantor e compositor Douglas Lopes. O artista mostra sua visão otimista e, ao mesmo tempo, reflexiva sobre a preservação do ambiente marinho, principalmente relacionada às espécies de tartarugas. Classificação indicativa: Livre. 

GIGANTESCA (VID, 4’, RJ), Letícia Pires 

Gigantesca foi lançado no primeiro trimestre de 2019. O clipe/single da cantora Mariana Volker é uma ode à liberdade feminina, um estímulo à coragem de tantas mulheres. Classificação indicativa: Livre.

PILA PILÃO (VID, 1’, MG), Giuliana Danza

A música Pila Pilão, de domínio público, é interpretada neste videoclipe pelo grupo de canções infantis Serelepe. Enquanto o café é feito, as personagens brincam, flutuam e saltam, na tentativa de encontrarem-se umas com as outras. Classificação indicativa: Livre. 

DARK CLOUD (VID, 4’, ES), MAGU (Marina Abranches e Gustavo Martins) 

Dark Cloud nos conduz a um ensaio imersivo na apneia das relações simbióticas. Faltando ar, fabricando tontura. O caminho traçado pelo artista Dan Abranches em cada verso aponta para a vivência crua de diluição com o outro e a busca por borda, uma maneira de fazer fronteira. O clipe tem como cenário uma praia, com falésias ao fundo e a imensidão do mar sustentando o arco de um quadrado que se ramifica em suas metáforas, adotando posições diversas em relação ao Dan. Classificação indicativa: Livre. 

FANTASMAS TALVEZ (VID, 4’, ES), Diego Locatelli e Felipe Amarelo

No videoclipe Fantasmas Talvez, do artista André Prando, há o encontro e desencontro entre as questões que envolvem os “fantasmas” que são resultados das experiências que cada um possui na jornada da vida. A condução do clipe é dada através de fantasmas presentes em núcleos familiares, nos artísticos, através da retratação de O Retratista, trabalho do fotógrafo Nicolas Soares, e da performance representada pelo grupo Orai Centro Flutuante. Classificação indicativa: 14 anos.

AVE DE NÓS (VID, 4’, SP), Roberto Mamfrim

Inspirado no mito de “Jian”, da mitologia chinesa, sobre termos apenas um olho e uma asa; pra alçar voo, é preciso achar a outra parte. Classificação indicativa: Livre. 

ROMA (VID, 4’, ES), Francisco Xavier

Pecado ou não, “Amor” ou “Roma”, sem máscaras, livre, ácido e doce. O palíndromo da palavra Amor desperta vários sentimentos antagônicos que se complementam na dualidade da psique humana. Classificação indicativa: Livre. 

DIFERENCIADO (VID, 2’, ES), Amon e Jeffão

Mais um jovem trapper aparece na cena musical, mas parece que com ele é diferente. PTK lança o seu primeiro videoclipe com o personagem AfroNerd, onde ele mostra em imagens e nas rimas um rapaz engraçado, atrapalhado e cheio de atitude. Classificação indicativa: Livre.

NÁUFRAGO (VID, 3’, RJ), Consuelo Cruz e Pedro Henrique França 

Uma criança que não consegue se enxergar no espelho rompe as barreiras de gênero, aceita seu corpo como ele é e se abre para o afeto que os diversos amores podem lhe dar. Classificação indicativa: Livre. 

O CLÃ (VID, 3’, SE), Raymundo Calumby

De umas terras bem distantes, uma estrela se ergueu no céu trazendo consigo a cantoria e o Cangaço. Ela é uma bruxa pagã, mas nunca apaga o beck, tem repente no sangue e cansanção na pele. O nome dela é Isis Broken, filha do Nordeste. Classificação indicativa: Livre. 

TEXAS (VID, 6’, PE), Felipe Soares

Joelma é a mãe de Mário Andrade, menino negro, de apenas 14 anos, assassinado por um policial militar. Enquanto Joelma luta por justiça em meio a uma sociedade que banaliza a vida das pessoas, em especial a população negra e da periferia, uma mulher mítica, guiada pela Mãe Natureza, busca na essência humana uma salvação. Classificação indicativa: 12 anos. 

CIDADÃO DE BEM (VID, 3’, ES), Cainã Morellato

Um breve e intenso olhar através da janela entre dois universos: o ideal e a realidade. Cidadão de Bem é o videoclipe do single homônimo de Cainã e a Vizinhança do Espelho, lançado em novembro de 2019 pela banda. Classificação indicativa: 14 anos. 

SINAL FECHADO (VID, 6’, MA), Lucas Sá

Videoclipe para a música de Sinal Fechado, de Getúlio Abelha. Dirigido por Lucas Sá, com referência a clássicos filmes de horror dos anos 70/80. Classificação indicativa: 12 anos.

27º Festival de Cinema de Vitória
Quando: 24 a 29 de novembro
Local: InnSaei.TV, Youtube e Redes Sociais do FCV
Online e Gratuito