Com produções da Bahia, do Espírito Santo, do Pernambuco, do Ceará e do Distrito Federal, a 14ª Mostra Competitiva Nacional de Longas apresenta abordagens socioculturais vividas no Brasil durante a pandemia da Covid-19. Os filmes vão ser exibidos no Teatro Glória (Sesc Glória), durante a programação do 31º Festival de Cinema de Vitória, que acontece de 20 a 25 de julho.
Com curadoria de Leila Bourdoukan e Daniela Fernandes, os longas-metragens que vão ser exibidos são Presença, de Erly Vieira Jr, Não Existe Almoço Grátis, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel, Café, Pepi e Limão, de Adler Kibe Paz e Pedro Léo; Sekhdese, de Graciela Guarani e Alice Gouveia, e Quando eu me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena.
“Café, Pepi e Limão, de Adler Kibe Paz e Pedro Léo, é uma obra ficcional banhada de tanta realidade que poderia ser mais uma reportagem de mais uma edição diária de um jornal qualquer. Três jovens driblam o abandono e o desprezo do Estado e da sociedade, celebrando sua amizade nas ruas de Salvador”, contam as curadoras Leila Bourdoukan e Daniela Fernandes.
A produção capixaba na 14ª Mostra Competitiva Nacional de Longas é do professor do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Erly Vieira Jr. “Presença (foto), de Erly Vieira Jr., nos coloca em contato com Marcus Vinícius, Rubiane e Castiel, em performances individuais pelo mundo. Estes artistas revelam a potência, a sinuosidade, a reinvenção de seus corpos e revelam que eles podem se transformar em importantes formas de protesto”.
Do Distrito Federal, um documentário retrata três lideranças femininas. “Não Existe Almoço Grátis (foto), de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel, revela Socorro, Jurailde e Bizza, três mulheres das Cozinhas Solidárias, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) de Brasília, preparando as refeições que serão distribuídas na posse do novo governo Lula”.
De Amanda Pontes e Michelline Helena, Quando Eu Me Encontrar (foto) é um filme que faz crossover de outra produção da dupla, quando a personagem Dayane vai embora, sendo que no filme da Mostra ela nem aparece. “Traz a ausência como premissa e como ela se reflete em quem a sente na pele. Dayane foi embora do Ceará, sem dar explicações e nem adeus, e quem ficou para trás tem que trabalhar esta sua inesperada ausência de maneiras diferentes”.
O último filme que fecha a seleção é Sekhdese (foto), de Graciela Guarani e Alice Gouveia. “Nos remete diretamente a um problema secular brasileiro: a violência contra os povos originários. Este filme nasceu de oficinas para mulheres fulni-ôs, do sertão pernambucano, e conta como a religião e o preconceito oprime este povo desde 1500”.
31º FCV
De 20 a 25 de julho, acontece a 31ª edição do Festival de Cinema de Vitória, que apresentará a safra atual e inédita do cinema brasileiro. Além das exibições nas mostras competitivas, o evento contará com lançamentos de filmes, debates, formações e homenagens que transformarão a cidade de Vitória na capital do cinema brasileiro. Toda programação é gratuita.
O 31º Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio master do Instituto Cultural Vale e Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Conta também com o patrocínio da ArcelorMittal através da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba, Secretaria da Cultura do Espírito Santo. Conta com a parceria do Sesc Glória. Tem apoio da Rede Gazeta, do Canal Brasil, do Canal Like e da Carla Buaiz Jóias, da TVE Espírito Santo e do Canal Like. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).