A segunda aula do  Laboratório Criativo – Tecnologias Sociais nos Festivais de Cinema, aconteceu na noite de terça-feira (09), em formato online. A atividade faz parte da programação do Festival de Cinema de Vitória: Panorama Diversidade 27 Anos, projeto que conta com cursos da Lei Aldir Blanc. Para participar foram disponibilizadas 20 vagas, além de 100 inscrições para ouvintes. 

O encontro foi ministrado pelo produtor e realizador, Fran de Oliveira, que jogou luz sobre o trabalho da produção dentro de um festival e tratou de assuntos como a captação de recursos e o planejamento do evento. Ele começou sua fala destacando o processo de adaptação da mais recente edição do Festival de Cinema de Vitória que, em 2020, precisou se adaptar para o formato online em função da pandemia do Covid-19. 

“Quando você formata o projeto, você tem uma ideia. Você tem ações ‘x’ ou ‘z’. Por exemplo, você tem dez mostras. Você precisa de curadores, de um edital para a convocação dos filmes, etc. É toda uma estrutura pensada e aprovada para um contexto e você tem que reformá-la por uma situação” explicou ele. 

A partir desta reestruturação, o projeto ganha novas prioridades. “O Festival no formato virtual saiu da planilha de um modo muito grande. Ele dispensa alguns serviços e enxerta outros. Então, a gente precisa ter essa maleabilidade para administrar essa diversidade toda na estrutura do projeto”. 

Fran também destacou a importância de executar um projeto paralelo à produção do próximo ano. “O Festival é um evento que conclui uma edição e já inicia a outra. Porque é um trabalho contínuo: a manutenção da cadeia produtiva, dos contatos, porque tudo é contínuo. A gente tem uma previsão de pré-evento. O festival antes de ser concluído já precisa ter previsão de novos recursos. É um trabalho que tem que ser feito continuamente”. 

Panorama Diversidade 27 Anos 

O Festival de Cinema de Vitória: Panorama Diversidade 27 Anos é um projeto retrospectivo que apresenta 21 curtas-metragens exibidos no Festival de Cinema de Vitória ao longo de quase três décadas de existência. 

A programação foi dividida em três programas: Mostra Panorama Brasil, que trata da diversidade de temas associados ao Brasil; Mostra Panorama Espírito Santo, que joga luz sobre o cinema produzido no Estado que sedia o evento; e Mostra Panorama Diversidade, que trata da diversidade sexual e de gênero, além de atividade de formação, com o Laboratório Criativo – Tecnologias Sociais nos Festivais de Cinema,  e do lançamento da revista Panorama

Com realização do Instituto Brasil de Cultura e Arte, o projeto conta com recursos da Lei Aldir Blanc, via Edital de Seleção de Projetos e Concessão de Prêmio Artes Integradas 2020, por intermédio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult ES), direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.