O universo do terror ditou a conversa no Debate da 2ª Mostra Do Outro Lado – Cinema Fantástico e de Horror, que aconteceu na tarde de sábado (28). O bate-papo foi mediado pelo curador e pesquisador Waldir Segundo e contou com a participação dos realizadores Thomas Webber, diretor do filme Náusea; Maíra Campos e Michel Ramos, dupla responsável por Eu Estou Vivo; Demerson Souza, diretor de Mamãe Tem um Demônio; e Davi Mello, de As Viajantes.
Thomas Webber começou a conversa e falou das influências pra escrever o roteiro do curta. “Náusea foi meu primeiro filme. E as coisas que eu mais curto são de terror: contos, mangás. Eu gosto muito do jeito do Junji Ito de escrever, da ideia de levar até às últimas consequências as histórias. E eu segui esse vibe e escrevi um roteiro que eu gostaria muito de fazer sem pensar muito em produção, se era viável. No final algumas coisas saíram, mas basicamente tudo que escrevi a gente conseguiu produzir”.
Michel Ramos, de Estou Vivo, contou que a inspiração do curta veio direto da realidade. “O filme surge em 2018, perto das eleições presidenciais, e a gente ficou pensando sobre o futuro das coisas. Aí a gente começou a pensar que uma das coisas que podem fazer para tentar controlar o afeto entre duas pessoas seja limitar a comunicação entre elas. Então, a partir disso, a gente começou a pensar como seria uma sociedade onde as pessoas não podem se tocar, se comunicar”.
Demerson Souza, diretor de Mamãe Tem um Demônio, falou das influências pops do seu filme. “Comecei a ter a ideia em 2017, quando eu estava lendo a biografia da Gretchen. A Ideia começou a surgir a partir daí porque a vida dela é uma coisa realmente fascinante. E na época também eu estava consumindo muito John Waters. E uma coisa foi juntando na outra e eu fui desenvolvendo o roteiro até que eu consegui realizar ele em 2019”
Davi Mello contou que As Viajantes foi seu retorno a direção e a chance de trabalhar novamente com a mesma equipe do curta anterior. “Eu queria muito trabalhar com a Gilda [Nomacce], que eu conheço há muitos anos, a Majeca [Angelucci] já tinha trabalhado no meu curta anterior e eu tinha muita vontade de juntar as duas, elas são amigas e eu achava que seria incrível colocar as duas no mesmo set. Eu consegui juntar a mesma equipe do primeiro curta e a gente gravou em uma única diária de 14 horas”.
O 27º Festival de Cinema de Vitória conta com o Patrocínio do Ministério do Turismo, através da Lei de Incentivo à Cultura, e do Banestes. Conta com o apoio da Unimed Vitória, da Rede Gazeta, do Canal Brasil, da Stella Artois e da Suzano. Conta também com o apoio institucional do Centro Técnico do Audiovisual (CTAv), da Tower Web, da Dot, da Link Digital, da Mistika, da ABD Capixaba, da Carla Buaiz Jóias, do Findes, do Sesi Cultural e da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).