Um recorte sobre a produção audiovisual feminina. Essa é a proposta da 8ª Mostra Mulheres no Cinema, que acontece dentro da programação do 30º Festival de Cinema de Vitória, e apresenta filmes dirigidos exclusivamente por mulheres. As exibições desta janela acontecerão no dia 23 de setembro, sábado, às 13 horas, na Sala Cariê Lindenberg, no Sesc Glória.
A Comissão de Seleção desta edição é formada por Saskia Sá, escritora, roteirista e diretora audiovisual; Bárbara Maia Cerqueira, doutora em educação e cineclubista; e Hegli Lotério, realizadora audiovisual e cineclubista. “A curadoria se viu frente ao desafio de sintetizar o espírito das mulheres no cinema entre 301 filmes de curta e média metragem de mulheres em uma explosão de olhares diversos que gritam suas histórias para o mundo”.
A seleção contemplou oito curtas-metragens. São eles: Alexandrina – Um Relâmpago, de Keila Sankofa; Fala Sincera, de Yacewara Pataxó; Manchas de Sol, de Martha Mariot; Azul da Cor do Mar, de Natália Dornelas; Vozes-Mulheres, de Laynara Rafaela; Nicinha Não Vem, de Muriel Alves; Lei da Mordaça, de Isabella Vilela, e Todavia Sinto, de Evelyn Santos. “Inspiradas nas palavras de Bell Hooks sobre o amor como ação que implica responsabilidade e comprometimento, os filmes selecionados trazem diferentes modos do amor em múltiplas densidades ao afirmá-lo como ação cotidiana na luta pela emancipação de mulheres” pontuou o trio de curadoras.
As produções exibidas na 8ª Mulheres no Cinema concorrem ao Troféu Vitória nas categorias de Melhor Filme (Júri Técnico) e Melhor Filme (Júri Popular).
O 30⁰ Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, da Petrobras e da ArcelorMittal, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Conta com o apoio do Canal Brasil, do Canal Like, da Universidade Federal do Espírito Santo, do Cine Metrópolis, da Rede Gazeta, da Carla Buaiz Jóias e do Sesc Glória. Conta também com o patrocínio institucional do Banestes. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).
FESTIVAL DE CINEMA DE VITÓRIA
18 A 22 DE SETEMBRO
8ª MOSTRA MULHERES NO CINEMA
23 de setembro, sábado, às 13 horas
Sala Cariê Lindenberg, Sesc Glória
Alexandrina – Um Relâmpago
Keila Sankofa
[DOC, 11’, AM, 2022]
Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: Um relâmpago faz do cinema de invenção um campo fértil de contestação, que ousa rasgar os registros do perverso e mentiroso passado, em que Alexandrina, mulher preta da Amazônia, que antes fora reduzida a objeto de estudo, esvaziada do seu vasto repertório de conhecimento e logo jogada ao limbo do suposto esquecimento; agora é o presente!
Fala Sincera
Yacewara Pataxó
[DOC, 9’, SP, 2023]
Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: Reflexões de uma filha vivendo sua primeira experiência audiovisual dirigida a sua mãe.
Manchas de Sol
Martha Mariot
[FIC, 18’, RS, 2023]
Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: Adriana leva uma vida tranquila depois da aposentadoria com a esposa Paola. A chegada da filha distante, que não sabe sobre seu relacionamento, a faz confrontar sentimentos complicados.
Azul da Cor do Mar
Natália Dornelas
[EXP, 4’, ES, 2022]
Classificação Indicativa: 10 anos
Sinopse: Como comunicar a violência sofrida por uma mulher e seu renascimento após ela? O mar é uma metáfora importante da dinâmica da vida: tudo sai do mar e tudo a ele regressa. Por isso, ele é lugar de nascimentos, de transformações e de renascimentos.
Vozes-Mulheres
Laynara Rafaela
[EXP, 2’, SP, 2023]
Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: Uma ode aos encontros de mulheres negras e, desse encontro, as trocas que nos reconectam às nossas origens.
Nicinha Não Vem
Muriel Alves
[DOC, 5’, RJ, 2022]
Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: Acompanhamos um dia de espera para a visita de Nicinha enquanto somos levadas à realidade de um presídio feminino. Baseado no conto “Por que Nicinha não veio?”, de Lia Vieira.
Lei da Mordaça
Isabella Vilela
[DOC, 25’, SP/RJ, 2023]
Classificação Indicativa: 14 anos
Sinopse: Através de relatos de uma mãe vítima da Lei de Alienação Parental e de imagens de arquivo, o documentário revela a existência de uma pseudociência que faz parte da legislação e atua nos processos de varas de família do Brasil, prejudicando mulheres e crianças vítimas de violência intrafamiliar.
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