A busca pela criação de um campo de experiência com interação entre natureza, cinema e educação é objetivo da oficina Crianças do Lado de Fora, da cineasta Ana Bárbara Ramos. Ela ministrou a formação entre terça-feira (20) e quinta-feira (22), no Hub ES+, em Vitória. A proposta é apresentar e vivenciar um percurso pedagógico e criativo, proporcionando aos educadores ferramentas e experiências que eles poderão aplicar com os estudantes.

Ana Bárbara Ramos  é cineasta, educadora e gestora de projetos especializados na área de cinema, audiovisual, educação e infâncias. “É uma experiência muito gratificante, estou muito feliz de estar aqui e ter a possibilidade de compartilhar com o grupo um pouco das minhas práticas, um pouco do que eu sei, e ao longo desses dias eu percebi o quão significativo isso tem sido para elas”, afirmou a oficineira.

Durante os encontros, Ana Bárbara Ramos identificou o que a turma inscrita na oficina esperava receber. “Percebo que tem a ver com o que elas já trabalham, e a formação ajuda a potencializar o que elas já fazem. Isso é maravilhoso, porque são ações e práticas muito simples do audiovisual, na relação do cinema, educação e natureza, apresentando possibilidades para que elas possam, nos espaços onde elas atuam, levar um pouco dessas práticas, seja para crianças, seja para adultos”.

A vivência da oficina é baseada na metodologia do “ver e fazer”: visionamento de filmes, criação de narrativa audiovisual, brincadeiras e roda de conversa. A intenção foi conectar os participantes com a natureza presente em seus territórios, integrando essa relação ao seu cotidiano de forma prática e significativa. 

“É enriquecedora, muito diferente do que pensei inicialmente, porque achei que íamos ficar mais na teoria, mas temos lidado com a prática. Agora é saber levar o que aprendi agora para fora, estender para o meu trabalho na educação”, disse a artista plástica Daysa Vaz Falqueto.

A estudante de Direito, Maria Antônia Oliveira, decidiu se inscrever para entender outra área e absorver lições diferentes da área que está se formando. “Está despertando em mim os desejos e vontades de compartilhar esse conhecimento não só com as crianças, mas para todo mundo. O dinamismo do saber é mais simples do que eu imaginava, vindo de um mundo onde tudo era só a teoria, mas na prática é mais tranquilo”, destaca.

Sobre a oficineira

Ana Bárbara Ramos é cineasta, educadora e gestora de projetos especializados na área de cinema, audiovisual, educação e infâncias. É co-criadora da Semente-Escola de Educação Audiovisual. No cinema, as histórias de vidas de pessoas comuns inspiram seus filmes. Ao todo, já realizou oito curtas-metragens, entre eles, Cósmica (2023), Sociedade do Cloro (2015), Oferenda (2011), Sweet Karolynne (2009). 

Natural de Olinda (PE) e radicada na Paraíba, possui mestrado em Letras e graduação em Comunicação Social pela UFPB. É membra da Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN), do Núcleo de Educação Transformadora da Paraíba, da Redekino – Rede Latino-americana de Educação, Cinema e Audiovisual e do MIA Movimento da Infância e Audiovisual.

O 31º Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio master do Instituto Cultural Vale e Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Conta também com o patrocínio da ArcelorMittal através da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba, Secretaria da Cultura do Espírito Santo. Tem apoio da Rede Gazeta, do Canal Brasil, do Canal Like, do Sesc Glória, da Carla Buaiz Jóias e da TVE Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

Fotos: William Caldeira/ Acervo Galpão IBCA

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