A oficina “Distribuição e Promoção para Filmes de Baixo Orçamento (B.O.)”, com a produtora cultural e jornalista Leila Bourdoukan, no HubES+, começou na manhã de terça-feira (23) e foi até quinta-feira (25), último dia da programação do 31º Festival de Cinema de Vitória (FCV). Ela é curadora da 14ª Mostra Competitiva de Longas junto com Daniela Fernandes.

“Fazer filme no Brasil é B.O. mesmo, só que aqui estamos tratando de baixo orçamento. A maior parte dos filmes produzidos no Brasil hoje é de baixo orçamento. A ideia dessa oficina é achar essa luz no fim do túnel na distribuição, que é levar seu filme para alguma janela disponível pelo mundo”, disse Leila Bourdoukan.

Ela elogiou a safra cinematográfica capixaba e usou como exemplo o bom número de filmes produzidos no Espírito Santo. “Durante o 31º Festival de Cinema de Vitória, soube que das 78 produções selecionadas, 15 são capixabas. Para você ver a quantidade de filmes prontos que agora precisam circular”.

A oficina apresentou tópicos que tratam da distribuição e da promoção de filmes de baixo orçamento. O curso teve três aulas, de três horas cada. É uma oficina que apresenta o ciclo de um filme pronto (curta, média ou longa-metragem), desde seu primeiro corte de montagem, até sua exibição nas salas de cinema. 

Leila fez uma explanação teórica sobre a distribuição e o mercado exibidor. “A intenção da oficina é também entender os filmes que eles têm na mão e para onde querem levar. Você tem um curta-metragem, que é mais difícil de se trabalhar porque não leva para cinema pago, então pega o curta e leva para todos os festivais que estão abertos. Só do seu filme estar inscrito, ele já está circulando, porque os curadores se falam. Isso é distribuição. Você pode não ser selecionado na primeira, na segunda, porque hoje em dia você produz muito e não tem espaço para todo mundo”. 

SOBRE LEILA BOURDOUKAN

Leila Bourdoukan atua na indústria criativa desde 1992, quando trabalhou na produção de programas políticos, vídeos institucionais, filmes e eventos. Entre 1999 a 2020, criou, produziu e gerenciou projetos especiais para os cinemas Itaú e distribuidoras Espaço Filmes e Arteplex Filmes, incluindo a instalação da primeira sala IMAX no Brasil. 

Atualmente, Leila trabalha com consultoria para empresas e instituições em busca de promover e distribuir conteúdo brasileiro no Brasil e mundo, inclusive com passagens pelo Cinema do Brasil e Spcine, e também no lançamento de filmes nas salas de cinemas, incluindo planejamento de distribuição e comunicação, de obras como Bixa Travesty, de Claudia Priscila e Kiko Goiffman; Selvagem, de Diego da Costa; e A Estação, de Cristina Maure. Em 2024, atuou como consultora da Rede de Diversidade da Spcine durante o Mercado de Cinema do Festival de Cannes. 

O 31º Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio master do Instituto Cultural Vale e Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Conta também com o patrocínio da ArcelorMittal através da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba, Secretaria da Cultura do Espírito Santo. Tem apoio da Rede Gazeta, do Canal Brasil, do Canal Like, do Sesc Glória, da Carla Buaiz Jóias e da TVE Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

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