O terceiro encontro de realizadores, jornalistas e público para debater as Mostras exibidas na 31ª edição do Festival de Cinema de Vitória, reuniu pessoas do audiovisual que representam diferentes regiões do País. Nomes do Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul e Espírito Santo estiveram na roda de conversa para tratar do modus operandi cinematográfico que estamos desenvolvendo no Brasil atualmente.
O debate foi mediado por Viviane Pistache, na manhã desta terça-feira (23), no Hotel Senac Ilha do Boi. Os realizadores participantes são de filmes exibidos na 28ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas e da 14ª Mostra Competitiva Nacional de Longas, na noite desta segunda-feira (22), no Teatro Sesc Glória. Formaram a mesa: Allan Ribeiro, Fabrício Basílio, Victor di Marco e Karol Felício.
Na noite desta segunda-feira (22), foram exibidos no Teatro Sesc Glória, as seguintes produções da 28ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas: Eu Fui Assistente de Eduardo Coutinho (Allan Ribeiro, DOC, RJ, 17’), Viventes, (Fabrício Basílio, FIC, RJ, 20’), Zagêro (Victor di Marco e Márcio Picoli, RS, 15’) e Travessia (Karol Felício, DOC, ES, 15’).
“A mulher indígena sofre muito a violência do abandono, fica muito sozinha. Quando a gente escreveu o filme, eu não imaginava que a filha do cacique estaria grávida. Quando chegou a época da gravação, foi o momento do parto. Os indígenas foram muito generosos por me chamarem para participar das atividades deles. Nosso compromisso era com a verdade e não invadir o espaço deles”, contou Karol Felício sobre sua experiência em Travessia.
“O Coutinho é um dos poucos cineastas da geração dele, que filmou tanto no fim da vida. Primeiro porque era inquieto, segundo porque ele teve muito suporte, terceiro porque era um modo de produção mais barato e quarto porque ele encontrou essa maneira de fazer filmes, frente a frente com personagens, e acho que estaria filmando até hoje se não tivesse falecido”, opina o realizador Allan Ribeiro sobre o que reflete com seu filme Eu Fui Assistente de Eduardo Coutinho.
31º FCV
De 20 a 25 de julho, acontece a 31ª edição do Festival de Cinema de Vitória, que apresenta a safra atual e inédita do cinema brasileiro. Além das exibições nas mostras competitivas, o evento conta com lançamentos de filmes, debates, formações e homenagens que transformarão a cidade de Vitória na capital do cinema brasileiro. Toda programação é gratuita.
O 31º Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio master do Instituto Cultural Vale e Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Conta também com o patrocínio da ArcelorMittal através da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba, Secretaria da Cultura do Espírito Santo. Tem apoio da Rede Gazeta, do Canal Brasil, do Canal Like, do Sesc Glória, da Carla Buaiz Jóias e da TVE Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).