Com tema recorrente nas discussões sobre o futuro da humanidade, a 7ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental aconteceu na tarde de segunda-feira (22), no Sesc Glória. Com apresentação do ator Alexandre Barillari, a sessão faz parte do 31º Festival de Cinema de Vitória, com quatro curtas-metragens: A Fumaça e o Diamante, de Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida; Elizabeth, de Alceu Luís Castilho, Luís Indriunas e Vanessa Nicolav; Bauxita, de Thamara Pereira; e Antes que o Porto Venha, de Isabela Narde.

O documentário A Fumaça e o Diamante foi produzido no Distrito Federal, em 2023. O curta conta sobre um acontecimento no dia da VIII Assembleia da Associação Hutukara, em outubro de 2016, na aldeia Catrimani. O local é uma Terra Indígena Yanomami, que ocupa a área entre Amazonas e Roraima. A produção coloca em debate o que cerca os povos indígenas e toda a dificuldade que têm no dia a dia. 

Já o documentário paraibano Elizabeth conta a história de Elizabeth Teixeira, de 98 anos. Ela foi Líder das Ligas Camponesas, na Paraíba, foi a clandestina Marta (perseguida pela ditadura de 1964), protagonizou o clássico “Cabra Marcado pra Morrer”, de Eduardo Coutinho, e gravou seu nome na história da luta pela reforma agrária no Brasil. 

Bauxita foi produzido em Minas Gerais, e mostra a comunidade rural de Belisário, que abriga a segunda maior reserva de bauxita brasileira, em uma das áreas de maior biodiversidade do mundo: a Mata Atlântica. O desenvolvimento do filme se passa pela ameaça de morte a um frei do local, que é um vilarejo, mas fica evidente o perigo para quem se manifestar de alguma forma sobre a mineração.

Representando o Espírito Santo, o documentário Antes Que O Porto Venha coloca em evidência a discussão socioambiental por conta do projeto do Porto Central, em Presidente Kennedy e São Francisco do Itabapoana (RJ). A preocupação destacada pela realizadora é a ameaça de devastação da restinga nativa em Praia das Neves, na cidade capixaba, além da pesca e construções históricas.

O 31º Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio master do Instituto Cultural Vale e Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Conta também com o patrocínio da ArcelorMittal através da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba, Secretaria da Cultura do Espírito Santo. Tem apoio da Rede Gazeta, do Canal Brasil, do Canal Like, do Sesc Glória, da Carla Buaiz Jóias e da TVE Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

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