Para começar a semana com os destaques do cinema nacional, a programação do 31º Festival de Cinema de Vitória nesta segunda-feira (22) tem debate entre realizadores, 7ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental, Masterclass com Sabrina Fidalgo, segunda sessão da 28ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas e a terceira sessão da 14ª Mostra Competitiva Nacional de Longas. 

DEBATE

Os diretores que tiveram seus filmes exibidos na 28ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas e na 14ª Mostra Competitiva Nacional de Longas na noite de domingo (21), vão conversar entre si e com o público, em um debate sobre as produções. O bate-papo começa às 10h, no Hotel Senac Ilha do Boi. 

Arthur Felipe Fiel (Saudades em Cor), Thais Fujinaga (Quinze Quase Dezesseis), Janderson Felipe e Lucas Litrento (Samuel Foi Trabalhar), e Clari Ribeiro (Se Eu Tô Aqui É Por Mistério) representam a competição nacional de curtas-metragens. Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel vão falar sobre o longa Não Existe Almoço Grátis.

7ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL

A sétima edição da Mostra Nacional de Cinema Ambiental, acontece às 14h, na sala Marien Calixte, terceiro andar do Sesc Glória. A janela irá exibir quatro curtas-metragens que apontam questionamentos importantes dentro da temática abordada na janela de exibição. A sessão vai exibir os filmes A Fumaça e o Diamante, de Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida; Elizabeth, de Alceu Luís Castilho, Luís Indriunas e Vanessa Nicolav; Bauxita, de Thamara Pereira; e Antes que o Porto Venha, de Isabela Narde. 

 

O documentário A Fumaça e o Diamante (foto) foi produzido no Distrito Federal, em 2023. O curta conta sobre um acontecimento no dia da VIII Assembleia da Associação Hutukara, em outubro de 2016, na aldeia Catrimani. O local é uma Terra Indígena Yanomami, que ocupa a área entre Amazonas e Roraima. 

Já o documentário paraibano Elizabeth conta a história de Elizabeth Teixeira, de 98 anos. Ela foi Líder das Ligas Camponesas, na Paraíba, foi a clandestina Marta (perseguida pela ditadura de 1964), protagonizou o clássico “Cabra Marcado pra Morrer”, de Eduardo Coutinho, e gravou seu nome na história da luta pela reforma agrária no Brasil. 

Bauxita foi produzido em Minas Gerais, e mostra a comunidade rural de Belisário, que abriga a segunda maior reserva de bauxita brasileira, em uma das áreas de maior biodiversidade do mundo: a Mata Atlântica. O desenvolvimento do filme se passa pela ameaça de morte a um frei do local, que é um vilarejo, mas fica evidente o perigo para quem se manifestar de alguma forma sobre a mineração.

Representando o Espírito Santo, o documentário Antes Que O Porto Venha coloca em evidência a discussão socioambiental por conta do projeto do Porto Central, em Presidente Kennedy e São Francisco do Itabapoana (RJ). A preocupação destacada pela realizadora é a ameaça de devastação da restinga nativa em Praia das Neves, na cidade capixaba, além da pesca e construções históricas.

MASTERCLASS COM SABRINA FIDALGO

As formações oferecidas durante o 31º Festival de Cinema de Vitória começam nesta segunda-feira (22), com a multipremiada diretora e roteirista Sabrina Fidalgo. Ela vai ministrar a Masterclass “Storytelling”, ensinando técnicas de criação, estrutura e análise de roteiros para o cinema, além de técnicas e habilidades para a produção de roteiros de ficção. 

Com conteúdos teóricos e práticos sobre linguagem e estética cinematográfica, o objetivo dela foi proporcionar a criação de novas formas narrativas. As vagas para a Masterclass estão esgotadas.

28ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS

A segunda sessão da 28ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, às 19h, no Teatro Glória (Sesc Glória), terá os seguintes filmes: Eu Fui Assistente Do Eduardo Coutinho, de Allan Ribeiro, Viventes, de Fabrício Basílio, Zagêro, de Victor Di Marco e Márcio Picoli, e Travessia, de Karol Felicio.

O saudoso Eduardo Coutinho (1933-2014), considerado um dos maiores documentaristas da história do cinema, inspirou uma geração de realizadores. Obras como Cabra Marcado Para Morrer (1984), Edifício Master (2002) e Jogo de Cena (2007), são exemplos de filmes que estão na galeria da genialidade audiovisual que o paulistano deixou em vida. Apresentando um recorte do trabalho feito pelo documentarista, Eu Fui Assistente de Eduardo Coutinho, é um filme do carioca Allan Ribeiro

Viventes é um curta-metragem de ficção que o diretor garante que parte do realismo maravilhoso para historicizar relações de trabalho precarizadas. O filme carioca mistura metáforas com cenas do cotidiano dessa interlocução entre empregado e funcionário. 

O curta Zagêro aponta novos olhares ao espectador sobre o tratamento que o audiovisual pode entregar sobre as vivências de pessoas com deficiência. O objetivo dos realizadores é repensar, no imaginário social, os lugares que corpos com deficiência ocupam e desordenar a lógica sobre isso. 

De acordo com o dicionário, a palavra travessia significa, entre outras definições, o “ato ou efeito de atravessar uma região, um continente, um mar”. Nessa perspectiva, o documentário Travessia, de Karol Felício, fala sobre a tradição ligada ao nascimento em uma aldeia indigena na cidade de Aracruz. Com a experiência em registros de partos humanizados, a diretora apresenta um olhar sensível sobre a ancestralidade e o mundo contemporâneo.

14ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS

Com temática sobre moradores em situação de rua, o filme Café, Pepi e Limão, de Adler Kibe Paz e Pedro Léo, será exibido no Teatro Glória (Sesc Glória, na terceira noite da 14ª Mostra Competitiva Nacional de Longas. O filme propõe um olhar que amplia a vivência dos personagens. A ideia dos diretores é que haja um ponto chave para tirar o estigma de ladrão e criminoso de quem vive nas ruas, buscando um olhar humano da realidade em que vivem essas pessoas, principalmente as crianças. 

O 31º Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio master do Instituto Cultural Vale e Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Conta também com o patrocínio da ArcelorMittal através da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba, Secretaria da Cultura do Espírito Santo. Conta com a parceria do Sesc Glória. Tem apoio da Rede Gazeta, do Canal Brasil, do Canal Like, da TVE Espírito Santo e da Carla Buaiz Jóias. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

SERVIÇO
30º FESTIVAL DE CINEMA DE VITÓRIA – DIA TRÊS
Segunda – 22 de Julho

10h – Debate com os realizadores da 28ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas e 14ª Mostra Competitiva Nacional de Longas – Hotel Senac Ilha do Boi

14h – 7ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental – Sala Marien Calixte – 3º andar (Sesc Glória)
A fumaça e o diamante (Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida, DOC, DF, 2023, 5′)
Elizabeth (Alceu Luís Castilho, Luís Indriunas e Vanessa Nicolav, DOC, PB, 2023, 18′)
Bauxita (Thamara Pereira, DOC, MG, 2023, 15′)
Antes que o porto venha (Isabela Narde, DOC, ES, 2023, 23′)

14h – Masterclass “Storytelling” com Sabrina Fidalgo – Auditório, Hub ES+

19h – 28ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas – Teatro Glória (Sesc Glória)
Eu fui assistente do Eduardo Coutinho (Allan Ribeiro, DOC, RJ, 17’)
Viventes, (Fabrício Basílio, FIC, RJ, 20’)
Zagêro (Victor Di Marco e Márcio Picoli, FIC, RS, 15’)
Travessia (Karol Felicio, DOC, ES, 15’)

– 14ª Mostra Competitiva Nacional de Longas – Teatro Glória (Sesc Glória)
Café, Pepi e Limão (Adler Kibe Paz e Pedro Léo, FIC, BA, 71′)

Aberto ao público (retirada de ingressos uma hora antes da sessão)
*sujeito à lotação
Compartilhe: