“Um filme para ressignificar nossa relação com a natureza e com o futuro”. É assim que o diretor Luã Ériclis define o filme T-Rex e a Pedra Lascada. Aliás, um dos pensamentos do realizador quando teve a ideia, foi: “e se fosse possível despertar esse dinossauro? No cinema tudo é possível”. O curta-metragem será exibido na 13ª Mostra Foco Capixaba, que acontece no dia 20 de julho, às 19 horas, no Teatro Glória, Sesc Glória. A sessão faz parte da programação do 31º Festival Cinema de Vitória, que acontece de 20 a 25 de julho, na cidade de Vitória.
“É um filme que explode em vida, é pulsante! É um filme para ressignificar nossa relação com a natureza e com o futuro. Mas para mim, foi uma oportunidade de enxergar a vida e ver em cores. É uma obra que traz esperança em cada olhar representado ali em tela. O cinema honrou a minha família em vida, e abriu um portal espiritual evidenciando que, de fato, os sonhos nunca morrem”, afirma o diretor.
Como sugere o título do filme, o T-Rex é o protagonista do filme. O dinossauro funciona como metáfora para falar de questões de preservação do meio ambiente. “Certo dia, banhando no rio parei para observar a figura na raiz de uma gameleira e imerso no som da floresta me deixei levar, fechei os olhos e aflorei meus sentidos, escutei o que o T-Rex queria me contar”, explica o diretor que complementa: “É um presente dos encantados da mata atlântica para João Neiva, um guardião do rio, um espírito da floresta”.
Sobre a ideia do curta, Luã explica que pensou na vontade de colocar em tela suas urgências sobre as questões ambientais. “A saúde do rio piraque-açú, a vida na mata ciliar, o afeto da minha família, minhas raízes no congo, a fantasia e os encantados. Veio na perspectiva de plantar sonhos nas crianças, empoderar as mais velhas, colidir os imaginários de passado, presente e futuro”.
O curta-metragem também tem um laço afetivo para o diretor, que divide a cena com sua família. “O elenco do filme é formado por meus familiares, minha mãe, minha irmã mais nova, sobrinhos, tios, tias, primos e afilhados. Perdi minha irmã do meio, bem no início de todo o processo de roteiro, então a produção foi uma oportunidade de nos aglutinar novamente. Nossa família tem esse hábito ruim de se reunir somente quando a morte conta uma história. Por isso, realizar esse filme foi o nosso processo coletivo de cura, de entender o luto em outras facetas e mais ainda, descobrir que o cinema pode nos tornar eternos”.
31º FCV
De 20 a 25 de julho, acontece a 31ª edição do Festival de Cinema de Vitória, que apresentará a safra atual e inédita do cinema brasileiro. Além das exibições nas mostras competitivas, o evento contará com lançamentos de filmes, debates, formações e homenagens que transformarão a cidade de Vitória na capital do cinema brasileiro. Toda programação é gratuita.
O 31º Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio master do Instituto Cultural Vale através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e o patrocínio da ArcelorMittal através da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba, Secretaria da Cultura do Espírito Santo. Conta também com o apoio da Rede Gazeta, do Canal Brasil e da Carla Buaiz Jóias. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).