Tieta, Salomé, Lili Carabina. Muitos são os personagens de Betty Faria em novelas e filmes. No curta-metragem Como Chorar Sem Derreter, de Giulia Butler, ela protagoniza a história de uma mulher que não consegue derramar lágrimas de seus olhos. O curta será exibido na 28ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, que acontece de 21 a 24 de julho, às 19 horas, no Teatro Glória. A mostra faz parte da programação do 31º Festival Cinema de Vitória, que acontece de 20 a 25 de julho, na cidade de Vitória.

“A ideia surgiu quando Betty Faria, atriz do filme e avó da diretora, teve uma obstrução nos canais lacrimais e foi à médica. Ao invés de lágrimas, pequenas pedrinhas surgiram nos canais, quase como se o choro tivesse ficado preso. Betty sempre diz que só consegue chorar atuando, foi dessa crônica mágica que o filme surgiu”, contam a diretora Giulia Butler (neta da Betty Faria) e a produtora Fernanda Conde. 

Como Chorar Sem Derreter foi desenvolvido em sala de aula, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). “Foi feito com uma equipe quase totalmente universitária. Durante todo o processo ficou claro que o espírito criativo e a persistência de várias pessoas fazem um filme como esse existir”, conta a dupla.

O curta de Giulia Butler foi gravado em seis dias, e em quatro locações diferentes. “Um parque, um consultório oftalmológico, um estúdio de dança e um apartamento. Por se tratar de um filme universitário, a verba foi levantada por meio de um financiamento coletivo, além de bazares e festas beneficentes”, revelam Giulia e Fernanda. A trilha sonora do filme é original e foi produzida em dois meses, assim como alguns figurinos, que foram confeccionados exclusivamente para Como Chorar Sem Derreter. “Além disso, alguns objetos de cena foram projetos originais de impressão 3D”.

Durante as produções de filmes, os locais de gravação são planejados de acordo com a estruturação do projeto. Quando se tem liberdade para lidar com isso, melhor ainda. “Gravamos em um apartamento que entrou em obra no dia seguinte à gravação. Isso nos deu liberdade total para pintar armários, furar paredes, usar equipamentos mais pesados. E exatamente um dia depois de gravarmos tudo lá, nosso cenário foi completamente destruído”.

Parte da equipe de produção, terá o 31º Festival de Cinema de Vitória como primeiro festival. “Fazer cinema independente envolve enfrentar muitos obstáculos, então ter esse reconhecimento do Festival de Cinema de Vitória nos motivou muito a seguir em frente! A exibição do filme no Espírito Santo será nossa primeira exibição pública. Estamos muito curiosas para ver a reação das pessoas, conversar sobre o filme depois da sessão e prestigiar os outros filmes selecionados”, destacam Giulia Butler e Fernanda Conde.

31º FCV

De 20 a 25 de julho, acontece a 31ª edição do Festival de Cinema de Vitória, que apresentará a safra atual e inédita do cinema brasileiro. Além das exibições nas mostras competitivas, o evento contará com lançamentos de filmes, debates, formações e homenagens que transformarão a cidade de Vitória na capital do cinema brasileiro. Toda programação é gratuita.

31º Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio master do Instituto Cultural Vale e Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Conta também com o patrocínio da ArcelorMittal através da Lei de Incentivo à Cultura CapixabaSecretaria da Cultura do Espírito Santo. Conta com a parceria do Sesc Glória. Tem apoio da Rede Gazeta, do Canal Brasil, do Canal Like, da TVE Espírito Santo e da Carla Buaiz Jóias. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

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