Homenagens

NACIONAL

ELISA LUCINDA

Uma artista plural, que transita com excelência por diversos gêneros e expressões artísticas. Esta é Elisa Lucinda. Poeta, atriz, intérprete, jornalista e professora, Elisa Lucinda é natural do município de Cariacica, cidade que integra a região Metropolitana da Grande Vitória, no Espírito Santo. Na infância, aos 11 anos, as mãos da mãe, Divalda Campos Gomes, Elisa chega às mãos de Dona Maria Filina Salles Sá de Miranda, chamada pela autora de “mãe de minha poesia”, e começa seus estudos de declamação de poemas, arte que a poetriz exerce até hoje. Artista múltipla e intensa, ela emprestou seu talento a inúmeros trabalhos em 35 anos de carreira. Formou-se em jornalismo em 1982, e começou a exercer a profissão como repórter e apresentadora na TV Capixaba, mas seus desejos a conduziram para outros caminhos quando mesmo na Ufes a artista foi convidada para integrar um grupo de teatro e participou de várias criações coletivas em mostras universitárias. Na segunda metade da década de 1980 mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro, com planos de seguir a carreira artística e iniciou os estudos no Curso de Interpretação Teatral da Casa de Artes de Laranjeiras (CAL).

No cinema, seus primeiros trabalhos foram A Fábula da Bella Palomeira (1987), de Ruy Guerra; Referência (1988), curta-metragem de Ricardo Bravo onde Elisa foi premiada como Atriz Revelação no Festival de Cinema de Brasília de 1989; Barrela (1990), premiado longa-metragem de Marco Antonio Cury, inspirado na obra do Plínio Marcos; e A Causa Secreta (1994), de Sérgio Bianchi. Também esteve presente em Seja o Que Deus Quiser (2002) e O Fim e os Meios (2015), de Murilo Salles; As Alegres Comadres (2003), de Leila Hipólito; Maré, Nossa História de Amor (2008), de Lucia Murat. Em 2019, ela interpretou Deus no elogiado curta-metragem Alfazema (2019), de Sabrina Fidalgo. Seus trabalhos mais recentes na telona são O Pai da Rita (2022), de Joel Zito Araújo e Papai é Pop (2022), de Caíto Ortiz. Em 2020, foi a vencedora do Prêmio Especial do Júri do Festival de Cinema de Gramado, com o filme Por que Você Não Chora? (2021), de Cibele Amaral.

Na televisão, Elisa Lucinda brilha em Vai na Fé (2023), de Rosane Svartman. Na trama, ela interpreta Marlene, a matriarca da família de Sol, que ao longo da trama precisou superar os obstáculos e mudar a forma como encarava a vida. Com dezenas de atuações, ela participou das tramas de Kananga do Japão (1989), dirigida por Tizuka Yamazaki (sua estreia na TV) na extinta TV Manchete;  Sangue do Meu Sangue (1995), remake da trama de Vicente Sesso, de 1969, no SBT; além de Araponga (1990), de Dias Gomes, Lauro César Muniz e Ferreira Gullar, Mulheres Apaixonadas (2003) e Páginas da Vida (2006) de Manoel Carlos, Insensato Coração (2011), de Gilberto Braga, Aquele Beijo (2012), de Miguel Falabella, Lado a Lado (2013), de João Ximenes Braga e Claudia Lage e Tempo de Amar (2017), de Alcides Nogueira, todas na TV Globo. Recentemente vive a voz da cantora Vanusa e Aparecida, mãe de Cassandra, protagonizada por Liniker, na série Manhãs de Setembro (2021-), do Prime Video.

Com 19 livros publicados, Lucinda se tornou uma das mais importantes poetas e autoras do Brasil. Entre os destaques da sua obra estão O Semelhante, Eu te Amo e Suas Estreias, A Fúria da Beleza e Vozes Guardadas, além dos romances Fernando Pessoa: O Cavaleiro de Nada, finalista do prêmio São Paulo de Literatura em 2015; e Quem me Leva Para Passear, finalista ao Prêmio Jabuti 2022 na categoria Romance de Entretenimento. Também é autora da coleção infantil Amigo Oculto, pela qual ganhou o prêmio Altamente Recomendável da FNLIJ – Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

Também no universo da literatura a artista fundou, em parceria com a atriz Geovana Pires, a Casa Poema. A instituição cultural desenvolve projetos voltados para o fomento e a popularização da poesia. Com ações para todas as idades, um dos destaques é o Versos de Liberdade, projeto que ensina a palavra poética aos jovens que cumprem medidas socioeducativas, além de cursos de poesia falada para professores e profissionais de áreas diversas. Em 2021, Elisa Lucinda tomou posse na Academia Brasileira de Cultura, ocupando a cadeira de Olavo Bilac, ao lado de nomes como Zeca Pagodinho, Elza Soares, Christiane Torloni, Ana Botafogo e Carlinhos de Jesus.

Com uma carreira ativa nos palcos, Elisa está na estrada há 21 anos com o solo Parem de Falar Mal da Rotina. O espetáculo de sua autoria, que deu origem a uma publicação homônima, já percorreu todos os estados brasileiros, além de ter realizado temporadas na Holanda, Espanha, Portugal, Moçambique e Cabo Verde.  Ao falar sobre os encantos da rotina, a artista segue inspirando fãs e seguidores.

Elisa Lucinda é a Homenageada Nacional do 30º Festival de Cinema de Vitória

Caderno da homenageada

HOMENAGEM AOS 25 ANOS DO CANAL BRASIL

Em 2023, o Canal Brasil celebra 25 anos da união entre o canal e a sétima arte. Além de ser o maior espaço de fomento, exibição e celebração da produção nacional, o Canal Brasil é o principal coprodutor do cinema brasileiro, estando presente na produção de 400 longas-metragens e, considerando o mercado internacional, figurando como um dos produtores mais atuantes do mundo. Entre as produções que contam com o selo do canal estão Cine Holliúdy, de Halder Gomes; Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles; e Marte Um, de Gabriel Martins.

Para entregar ao público uma programação diversa, o canal reuniu – ao longo de duas décadas e meia de existência – um time de apresentadores com profissionais de diversas áreas, celebrando a diversidade presente na grade do canal. São nomes como Fernanda Montenegro, Gilberto Gil, Andreia Horta, Charles Gavin, Lázaro Ramos, Linn da Quebrada, Laerte, Zé do Caixão, Rogéria, Selton Mello, Marisa Orth e até Pedro Bial, que foi o primeiro de todos.

Entre os programas originais desenvolvidos especialmente para o canal estão Espelho, Larica Total, Zoombido, O País do Cinema e Curta na Tela, produções que trazem o povo brasileiro para dentro do Canal Brasil. As séries também ganham cada vez mais espaço na grade do Canal Brasil. Entre os destaques recentes está Os Últimos Dias de Gilda, protagonizada por Karine Teles e criada e dirigida por Gustavo Pizzi. Essa produção é a primeira série brasileira selecionada para participar da Berlinale Series, mostra do Festival de Berlim.

O cinema ocupa cerca de 80% da grade de exibição do Canal Brasil, com filmes de ficção e documentários das mais variadas décadas, que contam a história da produção nacional. Mas o Canal Brasil também virou referência do melhor da música brasileira, gravando mais de 200 shows de grandes artistas do país. Assim, o Canal Brasil segue celebrando a cultura produzida no Brasil e, principalmente, respirando e existindo através do cinema brasileiro!