Depois da homenagem no palco do Teatro Glória, na noite do dia 21 de setembro, Elisa Lucinda Elisa Lucinda participou da Coletiva de Imprensa de Homenagem, que marcou o Lançamento do Caderno da Homenageada que aconteceu na sexta-feira (22), às 14 horas, no Salão Penedo, do Hotel Senac Ilha do Boi. Além da presença da artista, o bate-papo contou com a participação dos jornalistas Lais de Mello Rocio e Paulo Gois Bastos que, ao lado de Leonardo Vais, escreveram a publicação biográfica sobre a vida e carreira da profissional. 

O público e um grupo de jornalistas ouviu o artista falar sobre sua carreira e histórias familiares e de seus trabalhos. Elisa também respondeu algumas perguntas da plateia. Elisa Lucinda falou sobre como a educação foi um caminho importante na sua vida e como a percepção da família para isso foi importante. “Meu pai tinha essa sagacidade. Ele sabia do racismo brasileiro e, o tempo inteiro, ele sabia que a educação ia nos livrar do alvo da segregação, dura segregação”. 

CONFIRA A COBERTURA FOTOGRÁFICA DA COLETIVA DE IMPRENSA DE ELISA LUCINDA

Entre os inúmeros assuntos que a artista abordou, ela destacou a importância da poesia. “Acho que a poesia me deu – junto com a casa do meu pai e da minha mãe – um marco de como seguir. É o maior testemunho da emoção humana, o maior tratado da emoção humana é a poesia. É uma variedade! Quando você não tem nenhuma palavra para traduzir alguma coisa você usa a poesia”. 

Elisa também falou sobre a importância da cultura no dia a dia das pessoas e como isso é determinante na sua formação do cidadão. “Eu fiquei pensando sobre a importância desse festival. Os jovens siderados sobre essa oportunidade. Esse alimento que é a cultura. Eu só sou quem eu sou porque eu fui alimentada. Talvez eu seja uma das poucas pessoas que eu conheça que foram alimentadas diariamente por poesia. Isso dá um tipo de gente. Eu estou falando isso com muita certeza. Existir esse festival influencia gerações e gera diretores, autores, atores. É preciso que a vida cultural em Vitória pulse. Que o Espírito Santo pulse”. 

Antes da sessão de autógrafos, Elisa encerrou a coletiva e surpreendeu a todos ao cantar a música Rota do Indivíduo (Ferrugem), de Djavan, que entre outros versos diz: “O frio é o agasalho/ Que esquenta/ O coração gelado/ Quando venta”, emocionando a todos. 

CADERNO DA HOMENAGEADA

Uma das tradições do Festival de Cinema de Vitória, as homenagens são um importante veículo para que personalidades do cinema e das artes tenham o reconhecimento para a contribuição à cultura brasileira reconhecidas por meio de suas trajetórias. Ao longo de três décadas, cerca de 50 artistas receberam o Troféu Vitória por sua atuação cultural no âmbito  nacional e local. 

Essas homenagens são uma importante contribuição para a difusão da memória do cinema brasileiro ao dar visibilidade para a carreira artística e para o contexto histórico do qual esses homenageados fazem parte. Além do Troféu Vitória, símbolo do Festival de Cinema de Vitória, o homenageado recebe o Caderno do Homenageado, publicação biográfica e inédita sobre sua vida e carreira, que é importante registro para a construção da memória do cinema e das artes brasileiras. 

O 30⁰ Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, da Petrobras e da ArcelorMittal, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Conta com o apoio do Canal Brasil, do Canal Like, da Universidade Federal do Espírito Santo, do Cine Metrópolis, da Rede Gazeta, da Carla Buaiz Jóias e do Sesc Glória. Conta também com o patrocínio institucional do Banestes. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

Fotos: Andie Freitas/ Acervo Galpão IBCA