As mulheres são maioria na 13ª Mostra Competitiva Nacional de Longas, que acontece de 18 a 22 de setembro, sempre às 19 horas, no Teatro Glória, como parte da programação do 30º Festival de Cinema de Vitória. Dos cinco filmes selecionados para a janela competitiva, quatro são dirigidos por realizadoras. A seleção foi realizada por Leila Bourdoukan, produtora cultural e jornalista, e Gilberto Alexandre Sobrinho, pesquisador em cinema e professor no Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP.
Os filmes que compõem a 13ª Mostra Competitiva Nacional de Longas são Incompatível Com a Vida, de Eliza Capai; Jovem que Desceu do Norte, de Ana Teixeira; Porto Príncipe, de Maria Emília Azevedo; Represa, de Diego Hoefel; e Toda Noite Estarei Lá, de Suellen Vasconcelos e Tati Franklin. “Os cinco filmes têm em comum o Feminino. Atrás das câmeras (e no caso da Eliza, à frente também), cinco diretoras e um diretor mostram que este tempo em que estamos vivendo é outro, em que mulheres emergem de um papel secundário de séculos, e encontram seu espaço em todos os lugares. À frente destes filmes, temos mulheres questionadoras, solidárias, amorosas, preocupadas”, pontuou a dupla de curadores.
Segundo a Comissão de Seleção, a dimensão territorial foi um fator norteador para a seleção dos filmes desta edição. “Fomos construindo uma seleção que costurasse encontros, memórias, resistências e afetos na lide com as relações mais aproximadas das personagens consigo mesmas, até a dimensão do estranhamento maior, quando o estrangeiro/migrante tenta reconstruir sua vida em outro lugar. Os filmes, assim, oferecem-se como narrativas sobre os significados ou as ressignificações do território, seja o próprio corpo ou mesmo uma extensão de terras que dispara noções de poder, controle ou pertencimento”.
Os longas que serão exibidos na mostra concorrem ao Troféu Vitória em sete categorias: Melhor Filme (Júri Técnico), Melhor Filme (Júri Popular), Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Contribuição Artística e Melhor Interpretação.
O 30⁰ Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, da Petrobras e da ArcelorMittal, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Conta com o apoio do Canal Brasil, do Canal Like, da Universidade Federal do Espírito Santo, do Cine Metrópolis, da Rede Gazeta, da Carla Buaiz Jóias e do Sesc Glória. Conta também com o patrocínio institucional do Banestes. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).
30º FESTIVAL DE CINEMA DE VITÓRIA
18 a 23 de setembro de 2023
13ª Mostra Competitiva Nacional de Longas
18 a 22 de setembro, às 19 horas
Teatro Glória, Sesc Glória
Incompatível Com a Vida
Eliza Capai
[DOC, Cor, 93’, RJ, 2023]
Classificação Indicativa: 14 anos
Sinopse: A partir do registro de sua gravidez frustrada, a diretora Eliza Capai conversa com outras mulheres que tiveram vivências parecidas à sua, criando um potente e tocante coral de vozes que refletem sobre temas universais: vida, morte, luto e políticas públicas que nos afetam.
Represa
Diego Hoefel
[FIC, Cor, 77’, CE, 2023]
Classificação Indicativa: 16 anos
Sinopse: Para conseguir vender um terreno que pertencia à sua mãe, um homem precisa encontrar um irmão até então desconhecido.
Toda Noite Estarei Lá
Suellen Vasconcelos e Tati Franklin
[DOC, Cor, 72’, ES, 2023]
Classificação Indicativa: 14 anos
Sinopse: Impedida de frequentar o culto de sua preferência, Mel não desiste de professar a sua fé. Toda noite ela prepara cartazes e os leva para a porta da igreja, à espera do dia em que poderá voltar a entrar. Ao longo de anos marcados pela ascensão de um governo ultraconservador e pelas dificuldades trazidas por uma inesperada pandemia, o documentário acompanha a luta da cabeleireira transexual por fazer valer o seu direito constitucional à liberdade religiosa.
Porto Príncipe
Maria Emília Azevedo
[FIC, Cor, 90’, SC, 2023]
Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: Bertha é viúva e mora sozinha numa chácara isolada na serra catarinense. Começando a enfrentar dificuldades para manter a propriedade funcionando, Bertha vive pressionada pelo filho, que deseja que ela vá morar com ele em um bairro nobre de Florianópolis. Ao saber da chegada de um grupo de haitianos em Santa Catarina, Bertha decide trazer o haitiano Bastide para trabalhar e morar com ela, alimentando a hostilidade de seu filho. O convívio transforma a relação de trabalho entre Bertha e Bastide em uma relação de amizade sincera entre duas pessoas de culturas diferentes que compartilham ideias e sentimentos em comum.
Comentários