Depois de promover durante o mês de junho a estreia da mostra  itinerante A Cinemateca é Brasileira, como parte da programação da Mostra Comemorativa 30 Anos do FCV, o 30º Festival de Cinema de Vitória retoma a parceria com a Sociedade Amigos da Cinemateca para dar continuidade a mostra com a exibição de cinco longas-metragens dentro da programação do evento. A mostra acontece de 19 a 23 de setembro, na Sala Marien Calixte, no Sesc Glória, e os ingressos serão distribuídos sempre uma hora antes de cada sessão. 

A janela exibirá alguns títulos de diferentes momentos históricos, propostas estéticas e abordagens temáticas,  demonstrando a riqueza do cinema brasileiro ao longo dos mais de um século de história. São eles: São Paulo: a Sinfonia da Metrópole [1929], de Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny, produção realizada nos primeiros tempos do cinema brasileiro; Deus e o Diabo na Terra do Sol [1964], de Glauber Rocha, o mais conhecido trabalho de Glauber Rocha; O Bandido da Luz Vermelha [1968], de Rogério Sganzerla, clássico do cinema marginal; e  Cabra Marcado Para Morrer [1984], de Eduardo Coutinho,  documentário dos anos 1980, que causou grande impacto no mundo todo; Marte Um, de Gabriel Martins [2022], um dos grandes destaques da produção atual do cinema brasileiro, o filme exibido no Festival de Sundance e premiado em diversos festivais do Brasil.

A MOSTRA 

De agosto a dezembro de 2023, a Cinemateca Brasileira está percorrendo o país com a mostra itinerante A Cinemateca é Brasileira, que tem o objetivo de estreitar laços com instituições afins e apresentar parte da rica produção audiovisual brasileira.  O evento faz parte do Projeto Viva Cinemateca, lançado em junho, que reúne os grandes projetos da Cinemateca voltados à recuperação de importantes acervos, além da modernização de sua sede e infraestrutura técnica. 

O Viva Cinemateca foi lançado em junho como continuidade ao processo de retomada iniciado em 2022. O projeto pretende ampliar e modernizar a Cinemateca Brasileira, fazendo com que ela ocupe definitivamente o seu relevante lugar na história do cinema brasileiro. Está prevista a ampliação dos espaços de laboratórios da instituição, garantindo que mais filmes e documentos possam ser preservados. 

Assegura-se, dessa maneira, a sobrevivência de mais de 120 anos de história do cinema e do Brasil. Outra importante frente do projeto contempla o restauro das edificações históricas, melhorando as instalações disponíveis para o público. Desde 1997, a Cinemateca Brasileira está instalada em seu prédio atual: uma valiosa edificação em tijolos aparentes, remanescente da arquitetura industrial de São Paulo do século 19. O Projeto Viva Cinemateca conta com o patrocínio estratégico do Instituto Cultural Vale, com o patrocínio master da Shell, e Itaú Unibanco, como copatrocinador, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. 

O 30⁰ Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, da Petrobras e da ArcelorMittal, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Conta com o apoio do Canal Brasil, do Canal Like, da Universidade Federal do Espírito Santo, do Cine Metrópolis, da Rede Gazeta, da Carla Buaiz Jóias e do Sesc Glória. Conta também com o patrocínio institucional do Banestes. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

FESTIVAL DE CINEMA DE VITÓRIA
18 a 23 de setembro 
MOSTRA A CINEMATECA É NOSSA 
19 a 22 de setembro, às 14 horas
23 de setembro, às 13 horas 
Sala  Marien Calixte, Sesc Glória 

19 de setembro, às 14 horas
São Paulo: a Sinfonia da Metrópole

de Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny
[DOC, 90′, SP, 1929]
Sinopse: A cidade de São Paulo no final da década de 20. Urbanismo, moda, esportes, monumentos públicos, industrialização, fatos históricos, expansão do café, educação, o burburinho do cotidiano.

20 de setembro, às 14 horas 
Marte Um
Gabriel Martins 
[FIC, 115’, MG, 2022]
Sinopse: Os Martins, família negra de classe média baixa, seguem a vida entre seus compromissos do dia-a-dia e seus desejos e expectativas, mesmo com a tensão de um governo conservador que acaba de assumir o poder no país. Em meio a esse cotidiano, Tércia cuida da casa enquanto passa por crises de angústia, Wellington quer ver o filho virar jogador de futebol profissional, Eunice tem um novo amor e o pequeno Deivinho sonha em colonizar Marte.

21 de setembro, às 14 horas 
Deus e o Diabo na Terra do Sol
de Glauber Rocha 
[FIC, 118′, RJ/ BA, 1964]
Sinopse: O vaqueiro Manuel mata seu chefe em uma disputa por partilha de gado. Enquanto fogem dos jagunços, ele e sua esposa, Rosa, encontram o beato Sebastião, que prega um catolicismo místico, Corisco, o diabo loiro, e Antônio das Mortes, um matador de aluguel a serviço da Igreja Católica e dos latifundiários da região.

22 de setembro, às 14 horas 
O Bandido da Luz Vermelha
de Rogério Sganzerla
[FIC, 92′, SP, 1968]
Sinopse: Um marginal paulista coloca a população em polvorosa e desafia a polícia ao cometer crimes requintados, ao mesmo tempo em que se apaixona pela provocante Janete Jane, famosa em toda a Boca do Lixo.

23 de setembro, sábado, às 13 horas
Cabra Marcado para Morrer
de Eduardo Coutinho 
[DOC, 119′, RJ, 1984]
Sinopse: As filmagens sobre a vida do líder da Liga Camponesa de Sapé (PB), João Pedro Teixeira, assassinado em 1962, são interrompidas pelo golpe militar em 1964. Dezessete anos depois, o diretor Eduardo Coutinho retoma o projeto, e as personagens do filme interrompido se tornam protagonistas.
Entrada Gratuita
*Retirada de ingresso uma hora antes do início de cada sessão