O terceiro dia da Mostra Comemorativa 30 Anos do Festival de Cinema de Vitória foi marcado pelas exibições audiovisuais. O público conferiu curtas e longas-metragens que compõem a programação especial desta edição que reúne filmes que apresentam um recorte do audiovisual brasileiro a partir dos filmes que foram exibidos no festival nas últimas três décadas. A apresentação da sessão foi da gestora Thaís Souto Amorim. 

A programação começou à tarde, às 14 horas, na Sala Marien Calixte, no Sesc Glória, com o segundo dia da Sessão Retrospectiva de Curtas-Metragens, que exibiu cinco filmes de  diferentes linguagens, vindos de várias regiões do Brasil. São eles: Eclipse Solar, de Rodrigo Oliveira (2016, ES); Ângelo Anda Sumido, de Jorge Furtado (1997, RS); Sweet Karolynne, de Ana Bárbara Ramos (2009, PB); Chupa-Cabras, primeiro filme de Rodrigo Aragão (2005, ES); e O Duplo, de Juliana Rojas (2012, SP).

Ana Bárbara Ramos, diretora de Sweet Karolynne, estava presente na sessão e falou um pouco sobre a personagem do seu documentário. “O curta conta a história de Karolynne, que na época tinha sete e hoje ela tem 27 anos. Era uma menina muito curiosa, que eu conheci casualmente, que morava em um bar e que tinha um pai que fazia cover de Elvis Presley. Era uma menina muito inventiva. Eu tenho muita alegria de compartilhar esse trabalho aqui com vocês. Espero que vocês gostem do filme”. 

A atriz Rejane Arruda, protagonista de Eclipse Oculto na Retrospectiva de Curtas. Foto: Sérgio Cardoso/ Acervo Galpão IBCA

Rejane Arruda, atriz de Eclipse Oculto, falou sobre o diretor do curta, Rodrigo de Oliveira. “Vou falar do meu olhar de atriz sobre a carreira do diretor. Rodrigo tem uma carreira em ascensão, que está em um momento de destaque, com vários prêmios pelo mundo inteiro”. O filme é uma ficção que conta a história de três trabalhadores que se reúnem em torno da preparação de uma festa num museu”. 

Mayra Alarcón, produtora da Fábula Negras, representou a produção Chupa -Cabras. “Somos uma produtora capixaba, da cidade de Guarapari. A gente faz filmes de terror e fantasia, desde 2005, e Chupa Cabras é o primeiro curta-metragem da nossa empresa e o carro chefe da nossa produtora. Fazer cinema no ES não é tarefa fácil, é uma tarefa hercúlea, mas a gente faz com muita garra, muita dedicação, e muito amor mesmo”. 

SESSÕES NOTURNAS 

Simone Zuccolotto apresentando a 3ª noite da Mostra 30 Anos, no Teatro Glória. Foto: Sérgio Cardoso/ Acervo Galpão IBCA

A noite, a partir das 19 horas, no Teatro Glória, aconteceram as exibições da Sessão Espírito Santo em Retrospectiva e da Sessão Retrospectiva de Longas-Metragens. Na primeira sessão, o público assistiu há dois filmes de realizadoras capixabas, a animação O Projeto do Meu Pai, de Rosaria (2016, ES), sobre a relação entre pais e filhos; e Para Todas as Moças, de Castiel Vitorino (2019, ES), que trata de ancestralidade. Na sequência, o longa foi a vez do premiado longa-metragem O Som ao Redor, do pernambucano Kleber Mendonça Filho (2012, PE). O filme apresenta a vida numa rua de classe média na zona sul do Recife e que toma um rumo inesperado após a chegada de uma milícia que oferece a paz de espírito da segurança particular. A apresentação da noite foi da jornalista Simone Zuccolotto.

MOSTRA COMEMORATIVA FESTIVALZINHO DE CINEMA DE VITÓRIA

No quarto e último dia da Mostra Comemorativa Festivalzinho de Cinema de Vitória o público infantojuvenil assistiu aos seis curtas-metragens premiados com o Troféu Vitória de Melhor Filme pelo Júri Popular formado pelos próprios estudantes que participaram das sessões ao longo dos 22 anos de existência da janela de exibição. As sessões gratuitas, foram divididas em duas exibições diárias, sempre às 09 e 14 horas, no Cine Metrópolis, na UFES. Os curtas exibidos são Zen ou Não Zen? Eis a Questão, direção coletiva; Mãos de Vento e Olhos de Dentro, de Susanna Lira; As Férias de Lord Lucas, de Tatiana Nequete; A Ilha, de Alê Camargo; A Culpa é do Neymar, de João Ademir; e Apaixonadinho, de Alexandre Estevanato. Os quatro dias da mostra foram exclusivos para os estudantes das escolas de ensino público da Grande Vitória previamente selecionadas. 

A Mostra Comemorativa 30 Anos do Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, da Petrobras e da ArcelorMittal, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Conta também com o apoio do Canal Brasil, da Universidade Federal do Espírito Santo, do Cine Metrópolis, da Rede Gazeta, da Carla Buaiz Jóias, do Sesc Glória e da Prefeitura Municipal de Vitória. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).