O segundo dia de formações do 32º Festival de Cinema de Vitória contou a masterclass Departamento de Arte: Processos e Funções, ministrada pela diretora de arte Joyce Castello, decifrando as atribuições e possibilidades de um dos setores da indústria audiovisual. O 32º Festival de Cinema de Vitória conta com patrocínio da Petrobras e com patrocínio institucional do Instituto Cultural Vale e do Banestes, através da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal.
Joyce Castello colabora com a direção de arte em projetos para cinema, TV, videoclipes e publicidade. Assina o trabalho em longas como Os Primeiros Soldados, de Rodrigo de Oliveira, além da série Admirável Mundo Gordo. Integrou as equipes de arte dos filmes Malu, de Pedro Freire, Clarice Vê Estrelas, de Letícia Pires, e Makunaima XXI, de Felipe Bragança.
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“A Arte pode estar em curtas, longas, séries, documentários, então, tento fazer esse percurso, mostrando diferentes formatos e diferentes estruturas. Você tem que pensar, orçar, entender se é viável, você tem que realizar e depois desproduzir aquilo. Esse encontro faz um percurso um pouco técnico mesmo, de mostrar etapas”, aponta a diretora de arte.
A masterclass, que aconteceu no Hub ES+, apresentou o conceito de direção de arte para o público que compareceu à aula. “O departamento de arte é sempre de informação e afirmação. É muito importante, de maneira geral, que mais pessoas conheçam os processos, e não necessariamente alguém que está trabalhando dentro da arte, mas que as equipes entendam um pouco mais os pormenores”, afirmou Joyce.
Ela também falou sobre a importância da decupagem do roteiro, do processo de pesquisa e de como é feita a gestão da equipe dentro de uma produção audiovisual. “Costumam ser equipes muito grandes, autogestionadas quando um filme começa, por ter processos muito próprios. A equipe de Arte meio que vai se auto-organizando. E às vezes a gente questiona se quem está trabalhando ali, está entendendo nossas demandas, isso ainda rola muito”, detalhou Castello.
Produtora audiovisual, Amanda Lima, que participou da masterclass, corrobora com a fala de Joyce Castello. “A Direção de Arte é muito importante porque traz uma atmosfera para o filme. Tem conceito e todas as áreas precisam conversar para que a Arte dialogue com os setores. É importante para a cenografia, o figurino, os objetos, para que conversem e façam sentido. A Direção de Arte é um grupo dentro do cinema, tem autonomia de direcionar, produzir, criar essa atmosfera com as cores e as intenções”.
A universitária Juliana Indami agradeceu pela chance de presenciar a masterclass. “Foi muito legal aprender sobre o Departamento de Arte, poder conhecer o trabalho dela. É muito legal o Festival dar essa oportunidade pra gente”.
Joyce Castello, inclusive, antes de concluir graduação em Jornalismo e ingressar na direção de arte, foi participante das atividades de formação do Festival de Cinema de Vitória. “A primeira formação que o Festival oferece já é a exibição de filmes, o contato é a centelha para você se interessar e querer fazer, é assistir a produção nacional. Eu trabalho com o cinema nacional, e a janela que vem muito antes do streaming é o Festival de Cinema de Vitória, que atuou precocemente na minha formação. Em paralelo às sessões, sempre aconteceram as oficinas, disputadíssimas para as vagas”, lembra.
32º FCV
O 32° Festival de Cinema de Vitória conta com patrocínio da Petrobras e com patrocínio institucional do Instituto Cultural Vale e do Banestes, através da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal. Conta com o apoio da TV Gazeta, da Rede Gazeta, da Carla Buaiz Joias, do Canal Brasil e do Hotel Senac Ilha do Boi, da TVE e do Fórum dos Festivais. Conta também com parceria do Sesc Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte – IBCA.