Três curtas e um longa-metragem foram exibidos na quarta noite do 32º Festival de Cinema de Vitória, que aconteceu na terça (22), no Teatro Glória. O público conferiu mais a terceira noite da 29ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas e a quarta noite da 15ª Mostra Competitiva Nacional de Longas. O Festival, que transforma a cidade de Vitória na capital do cinema brasileiro, conta com patrocínio da Petrobras e patrocínio institucional do Instituto Cultural Vale e do Banestes, através da Lei de Incentivo à Cultura. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte – IBCA.

Com curadoria de Flavia Candida, Viviane Pistache e Waldir Segundo, a 29ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas exibiu os curtas-metragens Carne Fresca (Giovani Barros, FIC, RJ, 24’), Fenda (Lis Paim, FIC, CE, 23’) e Sola (Natália Dornelas, FIC, ES, 15’). Na 15ª Mostra Competitiva Nacional de Longas, que tem curadoria de Leila Bourdoukan e Gilberto Alexandre Sobrinho, o longa-metragem exibido foi Mambembe (Fábio Meira, DOC, GO, 98’). A sessão foi apresentada pelo ator Silvero Pereira e pela jornalista Renata Rasseli.

29ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS

O diretor Giovani Barros apresentando Carne Fresca. Foto: Melina Furlan – Vikki Dessaune/ Acervo Galpão IBCA

O filme que abriu a sessão da 29ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas foi Carne Fresca, de Giovani Barros, que conta a história do lobisomem gay chamado Saulo, no meio da Marquês de Sapucaí, durante o Carnaval cheio de euforia. “Carne Fresca é um filme que fala muito sobre a solidão do homem gay, Carnaval, vida e morte”, pontuou o diretor, que dedicou a exibição a Zita Carvalhosa, grande referência do cinema brasiliero, que faleceu na segunda-feira (23). “Queria agradecer muito a Zita, ela foi a primeira pessoa que trabalhei na vida, em festival. Então, quero dedicar o curta para ela, que foi muito importante para mim.”

Lis Paim apresentando seu filme Fenda. Foto: Melina Furlan – Sérgio Cardoso – Vikki Dessaune/ Acervo Galpão IBCA

Na sequência, foi a vez de Fenda, de Lis Paim. Em meio a pandemia da Covid-19, a cineasta decidiu iniciar o desejo de ter seu primeiro filme protagonizado por mulheres negras, entre a maturidade e a velhice. “Quero primeiro agradecer a seleção do filme nesse festival, é a primeira vez que apresento um filme aqui, que venho a Vitória. O curta foi filmado em Fortaleza e faz ponte com Salvador, cidade onde nasci. Estamos circulando por vários festivais desde o ano passado. Fala de amor, suas contradições, protagonizado por mulheres negras, um elenco primoroso, minha primeira direção. Espero que vocês gostem. Foi feito por uma equipe de quase 50 pessoas, a maioria mulheres.”

A cineasta Natália Dornelas e equipe de Sola. Foto: Melina Furlan – Vikki Dessaune/ Acervo Galpão IBCA

Fechando a sessão, o curta capixaba Sola, de Natália Dornelas, que subiu ao palco do Teatro Glória acompanhada da equipe do projeto. Como as mulheres negras percebem e moldam o mundo ao seu redor, especialmente quando ocupam espaços de poder? Foi essa a pergunta que inspirou a cineasta a realizar o filme. “Agradeço à minha equipe, muito obrigada! . Foi um processo muito lindo de construção do Sola. Quero agradecer Ana Claudia, que se entregou muito neste personagem. Sola é um filme sobre cura, cuidado e amor entre mulheres negras”, disse a realizadora, que finalizou: “Hoje é uma noite muito especial, obrigada.”

15ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS

Fábio Meira, diretor de Mambembe, no palco do Teatro Glória. Foto: Melina-Furlan-Vikki-Dessaune/ Acervo Galpão IBCA

O filme Mambembe, de Fábio Meira, encerrou a noite. “Mambembe é um pedaço longo da minha vida. Era para ter sido meu primeiro filme. Em 2010 fiz essa filmagem, numa viagem longa. Filmei parte desse filme, não consegui terminar. 10 anos depois de ter começado, fiz um documentário. É um filme sobre fazer um filme.”

O 32° Festival de Cinema de Vitória conta com patrocínio da Petrobras e com patrocínio institucional do Instituto Cultural Vale e do Banestes, através da Lei de Incentivo à Cultura. Conta com o apoio da TV Gazeta, da Rede Gazeta, da Carla Buaiz Jóias, do Canal Brasil e do Hotel Senac Ilha do Boi. Conta também com parceria do Sesc Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte – IBCA.

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