A produção audiovisual capixaba tomou conta do primeiro dia do 32º Festival de Cinema de Vitória, que começou às 14h com o filme Margeado (Diego Zon, FIC, ES, 150’), na Sessão Especial Longas Capixabas, na Sala Cariê Lindenberg, do Sesc Glória. À noite, após a abertura no Teatro Glória, foi exibida a 14ª Mostra Foco Capixaba e, em seguida, a 15ª Mostra Competitiva Nacional de Longas.
O Festival, que transforma a cidade de Vitória na capital do cinema brasileiro, conta com patrocínio da Petrobras e patrocínio institucional do Instituto Cultural Vale e do Banestes, através da Lei de Incentivo à Cultura. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte – IBCA.
A 14ª Mostra Foco Capixaba teve a exibição dos seguintes filmes: Nosso Tempo a Sós (Júlio Costa, FIC, ES, 12’), Castelos de Areia (Giuliana Zamprogno, EXP, ES, 14’), A Última Sala (Gabriela Busato e Júlio Cesar, DOC, ES, 20’) e Os Cravos (Renan Amaral, FIC, ES, 15’). Já a 15ª Mostra Competitiva de Longas exibiu O Deserto de Akin (Bernard Lessa, FIC, ES, 78’).
14ª Mostra Foco Capixaba

Diretor do curta Nosso Tempo a Sós, Júlio Costa subiu ao palco acompanhado da produtora executiva Djanira Bravo e da diretora de som Dafny Bastet, e falou sobre a produção. “É uma honra estar aqui, a gente vem lá do interior. O filme foi rodado em Guaçuí e Alegre (municípios do Espírito Santo). Quero agradecer nossa equipe, por nos dar essa oportunidade para realizar esse filme. Espero que vocês gostem.”

Em seguida, a diretora Giuliana Zamprogno subiu ao palco do Teatro Glória para falar sobre Castelos de Areia. “Muito feliz de estar aqui, estrear esse filme em casa, na abertura do Festival. Agradeço demais ao FCV, o texto da curadoria está lindo. Esse filme foi feito a partir de Fitas VHS da minha família, que ficaram esquecidas e foram encontradas. Nelas eu descobri uma pessoa a quem eu sou muito ligada, que não conheci, que é meu pai. O filme tenta trazer sensações e imagens, lidar com esse processo de conhecer meu pai e ainda bem que os filmes existem. Filme é arte e a gente tem que experimentar. Tem que inovar e ousar na linguagem, trabalhar junto. Não conseguiria fazer isso sozinha. Muitas pessoas participaram desse processo. Cinema capixaba está sendo feito!”

O filme A Última Sala fala sobre as salas de cinema de rua. A dupla de diretores, Gabriela Busato e Júlio Cesar, apresentaram o curta ao público do evento. “É a primeira vez que o filme roda aqui. Já estive muito no Festival de Cinema de Vitória, como público, e estou muito feliz de verdade. Obrigada a todo mundo.” Júlio Cesar falou sobre a origem da produção. “Esse filme nasceu dentro de uma sala de aula. Agradeço a Universidade Federal do Espírito Santo, toda a equipe que passou pela Ufes.”

Por fim, Renan Amaral, subiu ao palco acompanhado por sua equipe para apresentar o filme Os Cravos. Emocionado, o realizador lembrou da experiência trabalhando no evento e explicou como desenvolveu o curta. “É uma honra estar nesse palco. As pessoas cresceram assistindo O Festival e eu trabalhei como receptivo. Mais do que assistir, eu participei um pouco desse crescimento. Estou muito feliz de estar aqui, exibindo nosso filme. Os Cravos é uma adaptação de um conto meu. Aqui, ao meu lado, está parte da minha equipe talentosa, incrível.”
15ª Mostra Competitiva Nacional de Longas

Terceiro longa-metragem de Bernard Lessa, O Deserto de Akin abriu a 15ª Mostra Competitiva Nacional de Longas. A produção foi filmada nos municípios de Serra, Aracruz, Vitória e Itaúnas ao longo de 18 dias em meados de 2023. Acompanhado por parte da equipe, o diretor falou sobre a produção. “É uma honra muito grande estar aqui nesse palco, de um Festival que participa da formação de muita gente. O Deserto de Akin foi feito por uma galerona, que deu a vida por essa história. Estou muito feliz de estar aqui, apresentando o filme na minha cidade. Uma das coisas que eu estava pensando, vindo pra cá, é que essa galera aqui e muita gente que está por trás, se dedicou pra caramba. Significa que é sangue, suor, é tudo. Existem muitas formas de cinema, inclusive a serem descobertas ainda. O que importa é a criatividade.”
O 32° Festival de Cinema de Vitória conta com patrocínio da Petrobras e com patrocínio institucional do Instituto Cultural Vale e do Banestes, através da Lei de Incentivo à Cultura. Conta com o apoio da TV Gazeta, da Rede Gazeta, da Carla Buaiz Jóias, do Canal Brasil e do Hotel Senac Ilha do Boi. Conta também com parceria do Sesc Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte – IBCA.