Discutir as questões ambientais a partir do audiovisual. Essa é a proposta da 8ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental, que será realizada na segunda-feira (21), às 16 horas, na Sala Marien Calixte (Sesc Glória). A janela de exibição faz parte da programação do 32º Festival de Cinema de Vitória, que conta com patrocínio da Petrobras e patrocínio institucional do Instituto Cultural Vale e do Banestes, através da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte – IBCA.

O público vai poder conferir gratuitamente os curtas-metragens Correnteza (Diego Müller e Pablo Müller, DOC, RS, 8’), Sobre Ruínas (Carol Benjamin, DOC, RJ, 17’), Amazônia Azul, Tanto Mar (Sérgio Gag, DOC, SP, 10’), Insustentável: a Realidade do Petróleo na Amazônia (André Borges e Fer Ligabue, DOC, DF, 17’) e Por que Morrem os Rios? (Dandara Rust Raposo, Luiza Piroli, Maíra Fortuna, Maria Cecília Oliveira e Vanessa Baptista Simões, DOC, ES, 8’).

“Nesses oito anos de curadoria da Mostra Ambiental do Festival de Cinema de Vitória, temos adotado por método, a seleção de ‘filmes de autor’, em gêneros diversos – ficção, documentário, animação ou experimentações – que trazem no Corpo, como objeto de representação, como sujeito de sentido, ou, como artefato cultural, uma contribuição para a construção de sentido de identidade, subjetividade e significado no Corpo do espectador. E, principalmente, que as obras selecionadas dialoguem entre si e com o nosso tempo “, pontuam os curadores Margarete Taqueti e Jefferson de Albuquerque Junior. 

Filmes 

A dupla de curadores denominou a seleção da 8ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental como “águas, mágoas e pontes.” A mostra abre com Correnteza. Um dos diretores da obra, Diego Müller, conta que a ideia do curta “surgiu a partir das movimentações dos profissionais do audiovisual de Porto Alegre, que se mobilizaram para ajudar nas enchentes” (que assolaram o estado em 2024).

Produtor e roteirista de Amazônia Azul, Tanto Mar, Well Darwin revela que a ideia principal do projeto “foi valorizar o mecanismo das Licenças Ambientais emitidas pelo Ibama”.  

A produção Sobre Ruínas, de Carol Benjamin, parte da memória de um trauma coletivo, para abordar a tragédia pessoal do líder comunitário Tião Guerra, uma década depois de uma devastadora tragédia climática.

Já o documentário Insustentável: a Realidade do Petróleo na Amazônia, de André Borges e Fer Ligabue, parte da exploração de petróleo na Amazônia brasileira, para falar sobre as riquezas prometidas a partir da exploração fóssil que nunca foram uma realidade no cotidiano dos municípios afetados. 

Fechando a programação Por Que Morrem Os Rios?, que tem direção coletiva, e foi produzido para a conclusão da Oficina Polivalente de Realização Cinematográfica Aprender Fazendo, realizada pelo instrutor Othon Ribeiro, no município de  Anchieta (ES), entre os meses de junho e novembro de 2024. “Durante o curso, as alunas optaram por tratar da questão ambiental, com enfoque na água — tema urgente, porém muitas vezes negligenciado. A atenção voltou-se para o Rio Una, cuja nascente e foz estão localizadas no próprio município. Ao lançar luz sobre esse pequeno curso d’água de cerca de 3 km, percebemos que ele tem sido relegado e negligenciado. Esse abandono pode levá-lo à morte, e daí surgiu o título da produção: Por Que Morrem os Rios?, inspirado no livro Os Rios Morrem de Sede, do escritor mineiro Wander Piroli”, explicou Ribeiro.

32° Festival de Cinema de Vitória conta com patrocínio da Petrobras e com patrocínio institucional do Instituto Cultural Vale e do Banestes, através da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal. Conta com o apoio da TV Gazeta, da Rede Gazeta, da Carla Buaiz Joias, do Canal Brasil e do Hotel Senac Ilha do Boi, da TVE e do Fórum dos Festivais. Conta também com parceria do Sesc Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte – IBCA.

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