Um olhar sobre a exploração das usinas eólicas no sertão da Paraíba, com a percepção do cinema como potência e ferramenta histórica para falar sobre o tema. É essa a abordagem de A Nave Que Nunca Pousa, filme paraibano de Ellen de Morais, que será exibido na 29ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, que acontece de 20 a 23 de julho, às 19 horas, no Teatro Glória.
A mostra faz parte da programação do 32º Festival Cinema de Vitória, que acontece de 19 a 24 de julho, que conta com patrocínio da Petrobras e com patrocínio institucional do Instituto Cultural Vale e do Banestes, através da Lei de Incentivo à Cultura.
“É um documentário com elementos de ficção científica. Inicialmente a ideia seguia os moldes mais tradicionais de documentário, até que resolvemos investir em uma narrativa híbrida”, explica a diretora Ellen de Morais.
Embora o roteiro de A Nave Que Nunca Pousa não tenha sido pensado para ser uma sequência ao curta-metragem Aruanda, de Linduarte Noronha, lançado em 1960, a locação era a mesma. “Acontece que na nossa visita de locação conhecemos Dona Joana, uma senhora de 91 anos que nos recebeu em sua casa. Ao saber que estávamos querendo gravar um filme, ela nos relatou que Linduarte Noronha, Rucker Viera e equipe ficaram hospedados naquela mesma casa em que estávamos, há quase 66 anos”, conta Ellen.
Dona Joana recebeu da equipe de A Nave Que Nunca Pousa, o filme Aruanda para que assistisse, e a cena foi registrada. “Mais tarde, na montagem, a ideia foi incorporada ao filme e acabou dando muito certo, pois o curta de Linduarte de certa forma conversa com o nosso filme e nossa narrativa”.
Com tema importante no debate ambiental e a referência de Aruanda na produção e execução, A Nave Que Nunca Pousa está selecionado para o 32º Festival de Cinema de Vitória. “Foi motivo de comemoração para nós, pela oportunidade de mostrar nosso filme em um dos festivais que mais almejamos, por sua história e seu perfil curatorial. Certamente uma janela valiosíssima para que possamos levar nossa nave para essa telona de cinema. A expectativa é que nosso filme seja bem recebido e que possamos debater sobre sua feitura e sua trajetória até então. Não vemos a hora do festival começar”.
32º FCV
O 32° Festival de Cinema de Vitória conta com patrocínio da Petrobras e com patrocínio institucional do Instituto Cultural Vale e do Banestes, através da Lei de Incentivo à Cultura. Conta com o apoio da TV Gazeta, da Rede Gazeta, da Carla Buaiz Jóias, do Canal Brasil e do Hotel Senac Ilha do Boi. Conta também com parceria do Sesc Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte – IBCA.