O quinto dia do 31º Festival de Cinema de Vitória segue com uma série de atividades para o povo do audiovisual. A programação desta quarta-feira, 24 de julho, tem início com a segunda aula da oficina Distribuição e Promoção para Filmes de Baixo Orçamento (B.O.), com a produtora cultural e jornalista Leila Bourdoukan, no Hub ES+. Ao lado de Daniela Fernandes, ela é curadora da 14ª Mostra Competitiva Nacional de Longas, que chega à sua última sessão, junto com a 28ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas. Na parte da tarde, acontece a 11ª Mostra Outros Olhares – Programa Outros Brasis e 8ª Mostra Nacional de Videoclipes.
OFICINA
A oficina de Leila Bourdoukan, que trata da distribuição e da promoção de filmes de baixo orçamento, tem sua segunda parte às 9 horas no Lab Maker do Hub ES+. É uma oficina que apresenta o ciclo de um filme pronto (curta, média ou longa-metragem), desde seu primeiro corte de montagem, até sua exibição nas salas de cinema.
DEBATE
O público do 31º Festival de Cinema de Vitória terá mais uma oportunidade para conhecer e dialogar com os realizadores das mostras competitivas de curtas e longas-metragens. Giulia Butler (Como Chorar Sem Derreter), Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr. (Vollúpya), Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (Vão das Almas) e Saskia Sá (Dias de Pouco Pão e Zero Sonho) vão representar a 28ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas.
Amanda Pontes e atriz Di Ferreira também estarão presentes no debate para falar do filme Quando Eu Me Encontrar, exibido na noite anterior na 14ª Mostra Competitiva Nacional de Longas.
11ª MOSTRA OUTROS OLHARES
O segundo dia da 11ª Mostras Outros Olhares apresenta o programa Outros Brasis, com três filmes documentais que dialogam pela potência de encontros promovidos na colisão de tempos e mundo. Um dos curtas é capixaba: Canto das Areias, de Maíra Tristão, que investiga os rastros da antiga vila soterrada de Itaúnas, ao norte do Espírito Santo, a partir de memórias que emergem das dunas e são reimaginadas pelos moradores da região, dialogando com a devoção a São Benedito.
Outro filme que faz parte da janela é o mais recente trabalho do veterano Luiz Carlos Lacerda, Celebrazione. O diretor homenageia o cineasta e intelectual Pier Paolo Pasolini reencenando ficcionalmente a visita deste ao Rio de Janeiro, em 1970, e seu encontro com a favela, numa conjugação de desejo, ativismo político e inconformismo, com base nos relatos de seu poema Hierarquia.
Por fim, Rejane Zilles traz a produção carioca Macaléia, que fala da relação entre dois ícones da produção cultural brasileira. A abordagem é da amizade entre dois grandes artistas, Hélio Oiticica e Jards Macalé, a partir de múltiplos dispositivos – registros em super 8, cartas, poesias, músicas e as memórias do próprio Jards.
8ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES
As produções da 8ª Mostra Nacional de Videoclipes, do 31º Festival de Cinema de Vitória, vêm de São Paulo, Pernambuco, Paraná, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Distrito Federal. O público vai assistir 14 filmes com músicas de bandas de diferentes regiões brasileiras.
28ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS
A última sessão da 28ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas terá os seguintes filmes: Pássaro Memória, Leonardo Martinelli, Quebrante, de Janaina Wagner, Axé Meu Amor, de Thiago Costa, e Deusa Menina, de Juane Vaillant.
Escrito e dirigido por Leonardo Martinelli, Pássaro Memória é um curta-metragem onde a poesia e a música andam juntas na tela. Uma mulher à procura por uma ave chamada Memória é o enredo do filme. Selecionado, o filme do Rio de Janeiro foi uma coprodução com o Reino Unido.
Rodovia Transamazônica, fantasmagoria, Lua e muitas outras histórias reunidas no filme Quebrante, da realizadora Janaína Wagner, que além de dirigir, fez roteiro, produção, montagem e direção de arte.
Axé Meu Amor, de Thiago Costa, é baseado na história de Mãe Renilda, que é paraibana. A ficção contou histórias da vida dela, onde a personagem do curta é Mãe Bené, interpretada pela própria Mãe Renilda. A produção também fala sobre o candomblé.
Fechando a 28ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, o curta-metragem da capixaba Juane Vaillant, chamado Deusa Menina. Uma parte do universo ficcional da obra da diretora é apresentado no filme, onde ela conta a história de Catharina, uma menina encantadora entre deuses e criaturas. As falas da personagem entregam reflexões em meio a esse mundo de contos da realizadora capixaba.
14ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS
Baseado na história de povos indígenas do sertão pernambucano, o documentário Sekhdese, de Graciela Guarani e Alice Gouveia, fecha a programação da 14ª Mostra Competitiva Nacional de Longas. A sinopse do documentário explica o nome: “Sekhdese significa sabedoria, em yathê, língua do povo fulni-ô, do Nordeste do Brasil. Sabedoria das mulheres indígenas que expõe a luta pela terra, cultura, meio ambiente e o etnocídio do qual são vítimas, pelas investidas das igrejas neopentecostais”.
O 31º Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio master do Instituto Cultural Vale e Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Conta também com o patrocínio da ArcelorMittal através da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba, Secretaria da Cultura do Espírito Santo. Tem apoio da Rede Gazeta, do Canal Brasil, do Canal Like, do Sesc Glória, da Carla Buaiz Jóias e da TVE Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).