Lô Borges tem vida documentada no filme “Toda Essa Água” que encerra o 30º Festival de Cinema de Vitória

Um encontro entre o artista de ontem e o profissional de hoje. É este olhar sobre a beleza e o encontro do passar dos anos que vemos no filme Lô Borges: Toda Essa Água, documentário dirigido por Rodrigo de Oliveira, com codireção de Vania Catani, que será exibido fora de competição na Sessão Especial de Encerramento, no dia 23 de setembro, às 19 horas, no Teatro Glória. A exibição faz parte da programação do 30º Festival de Cinema de Vitória, evento que conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, da Petrobras e da ArcelorMittal, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura

Segundo Rodrigo, a ideia do filme surgiu em 2017 quando Vania Catani, após assistir ao show em que Lô Borges cantava as músicas do histórico álbum lançado pelo artista em 1972, entrou em contato com o diretor afirmando que existia um filme ali. “Nós estávamos fechando o processo de Todos os Paulos do Mundo, um filme-retrato que fizemos sobre o grande Paulo José, e a ideia de um novo documentário sobre outra figura das artes que nos inspirava foi muito tentadora. Logo eu fui conhecer o Lô pessoalmente em um show em São Paulo, meses depois eu estava em Belo Horizonte passando uns dias com ele, e a ideia do filme se solidificou”.

O longa-metragem apresenta um panorama sobre a vida e obra do cantor e compositor mineiro, que é um dos músicos mais importantes da música brasileira, a partir da turnê do Disco do Tênis e do período de composição para um novo trabalho. “O Lô Borges estava viajando o Brasil tocando as músicas que gravou em 1972, quando tinha 20 anos, ao mesmo tempo em que compunha canções para um álbum de inéditas, que veio a ser “Rio da Lua”, de 2019. O filme então se tornou a chance de registrar o trabalho de um artista tão associado à ideia da juventude, aos clássicos que compôs no fim de sua adolescência, enquanto o artista maduro, perto dos 70 anos, seguia ali trabalhando no seu ofício e sendo mais produtivo que nunca”, explica o diretor.

Os amigos e parceiros Lô Borges e Beto Guedes em cena do documentário Toda Essa Água. Foto: Divulgação

A proposta do documentário é aproximar o espectador do universo de Lô Borges para além das canções. “Tento reproduzir no filme a sensação que tinha nas conversas íntimas que tive com Lô na preparação do filme. Existem coisas incríveis sobre ele, especialmente o seu humor e sua maneira descomplicada de encarar a vida, que o documentário mostra de maneira um pouco inédita, quase revelatória”, afirma Rodrigo. 

Para o documentarista, o artista mineiro mantém uma aura de mistério sobre sua vida privada, mas se conecta com seu público através da sua produção artística. “Com suas canções, Lô parece saber exatamente o que seu público sente, ele canta coisas muito profundas sobre as nossas vidas, mas a vida do próprio artista sempre foi meio misteriosa”, explica Oliveira, que complementa: “O Lô Borges compôs a trilha de uma geração inteira dos anos 70, mas ele mantém a mesma curiosidade na relação com o mundo que ele tinha lá na adolescência, e escreve música para poder conversar com o mundo de hoje. A longevidade está na inquietação eterna”.

O 30⁰ Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, da Petrobras e da ArcelorMittal, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Conta com o apoio do Canal Brasil, do Canal Like, da Universidade Federal do Espírito Santo, do Cine Metrópolis, da Rede Gazeta, da Carla Buaiz Jóias e do Sesc Glória. Conta também com o patrocínio institucional do Banestes. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

30º FESTIVAL DE CINEMA DE VITÓRIA
18 a 23 de setembro

SESSÃO ESPECIAL DE ENCERRAMENTO
23 de setembro, às 19 horas
Teatro Glória, Sesc Glória
Lô Borges: Toda Essa Água
de Rodrigo de Oliveira
co-direção Vania Catani  
Sinopse:  Lô Borges trabalha em um novo disco de músicas inéditas enquanto circula pelo Brasil com a turnê que resgata o repertório que compôs em 1972 para os míticos “Clube da Esquina”, com Milton Nascimento, e o “Disco do Tênis”, seu primeiro disco solo. Entre o garoto de 20 anos e o experiente músico que acaba de ultrapassar os 70, uma trajetória de brilhos, medos, sonhos e o eterno desejo pela estrada e pela aventura da composição. Este é um filme sobre toda a água na cabeça de Lô Borges.