7ª Mostra Nacional de Videoclipes traz pautas identitárias e a experimentação do audiovisual musical para o 30º FCV

Com a proposta de promover a fusão entre áreas culturais, atraindo o público da música para o cinema, a 7ª Mostra Nacional de Videoclipes traz a inovação e o experimentalismo dos videoclipes, além de inúmeras pautas temáticas, para a programação do 30º Festival de Cinema de Vitória. A janela acontece no dia 20 de setembro, quarta-feira, às 16 horas, na Sala Cariê Lindenberg, no Sesc Glória. 

A Comissão de Seleção desta edição é formada por Luiz Eduardo Neves, jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação e Territorialidades pela UFES; e Suellen Vasconcelos, realizadora audiovisual, mestre em Educação pela UERJ e professora dos cursos técnicos em Rádio e TV e Multimídia do CEET Vasco Coutinho. “A 7ª edição da Mostra Nacional de Videoclipes da edição de 30 anos do Festival de Cinema de Vitória apresenta narrativas com um recorte de dilemas cotidianos, lutas raciais e de gênero, culto à ancestralidade, crítica ao sistema político, celebração à vida e às paixões. São expressões diversas do mundo pós pandêmico, que se traduzem nos gêneros musicais que envolvem as obras selecionadas”, pontua a dupla de curadores.

Os filmes que participam desta edição da mostra são Memórias de um Carnaval Perdido, de Gui Campos; Do Outro Lado da Rua, de Thiago Barba; Horizonte, de Mooluscos; A Dança do Caos, de Vito Quintans; Cornélios, de Hecthor Murilo e Patrick Gomes; Copo de Silêncio, de Farofa Sintética; La Biquera, de Garibaldi e Antonio Miano; Santa Fera, de Rodrigo Urbano e Isadora Maia; Ofélia, de Leila Monségur e Cris Rangel; Mandaram Me Buscar, de Perseu Azul Safi; Miqueísmo, de Miquéias Gonçalves (MiQ); Destino, de Marvin Pereira e Sued Nunes; Manifesto , de W.I. e V.G.; Timon, Papel e Letra, de Renata Fortes; Quem é Teu Baby?, de Lucas Paz; e Milico, de Gabriel Albuquerque.

As produções exibidas na 7ª Mostra Nacional de Videoclipes concorrem ao Troféu Vitória nas  categorias de Melhor Filme (Júri Técnico) e Melhor Filme (Júri Popular).

O 30⁰ Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, da Petrobras e da ArcelorMittal, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura. Conta com o apoio do Canal Brasil, do Canal Like, da Universidade Federal do Espírito Santo, do Cine Metrópolis, da Rede Gazeta, da Carla Buaiz Jóias e do Sesc Glória. Conta também com o patrocínio institucional do Banestes. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

FESTIVAL DE CINEMA DE VITÓRIA 
18 A 22 DE SETEMBRO 
7ª Mostra Nacional de Videoclipes
20 de setembro, quarta-feira, às 16 horas 
Sala Cariê Lindenberg, Sesc Glória 

Memórias de um Carnaval Perdido
Gui Campos
Artista: Saci Wèrè
[VID, 3’, DF, 2023]
Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: Nada parecia ser capaz de deter mais um carnaval… Maldita Ômicron!

Do Outro Lado da Rua
Thiago Barba
Artista: Thiago Barba
[VID, 4’, SC, 2022]
Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: Um rato leva uma vida de grande azar, mas descobre uma vida melhor quando se muda para a casa do outro lado da rua.

Horizonte
Mooluscos
Artista: Uiu Lopes
[VID, 5’, SP, 2022]
Classificação Indicativa: Livre

Sinopse: “Horizonte” é um filme em preto e branco que apresenta uma epopeia distópica de um personagem perdido entre o passado e o futuro, uma parábola viva da obsolescência programada. O videoclipe apresenta o personagem de Uiu Lopes, um andarilho encantado com objetos tecnológicos ultrapassados, num presente ainda desconhecido pelo personagem, que se depara com a presença de Smile (interpretado por YMA), um misterioso ser que faz Uiu questionar seu mundo.

A Dança do Caos
Vito Quintans
Artista: Sargaço Nightclub
[VID, 3’, PE, 2022]
Classificação Indicativa: Livre

Sinopse: Primeiro clipe de animação da carreira da banda pernambucana Sargaço Nightclub, inspirado na obra “Animal Farm” (“A Revolução dos Bichos”), de George Orwell. “A Dança do Caos” é ancorada por uma batida eletrônica com timbres que remetem ao rock industrial, os quais se equilibram com o baixo suingado, as guitarras pós-punk de Carlos H e os sintetizadores precisos de Ingno Silva. Em “A Dança do Caos”, Marrê se propôs a criar dois personagens para a canção: O “jornalista”, que é a voz ácida e irônica que denuncia as atrocidades da realidade caótica da política brasileira, e o “governante”, que se distancia dos fatos e se limita a relegar o seu dever enquanto autoridade.

Cornélios 
Hecthor Murilo e Patrick Gomes
Artista: Gastação Infinita
[VID, 7’, ES, 2023]
Classificação Indicativa: Livre

Sinopse: Videoclipe oficial da música “Cornélios”, da banda capixaba Gastação Infinita. Conta a história do Coach Quântico Chaderson e de seu empregado Cornélios.

Copo de Silêncio 
Farofa Sintética
Artista: Sandyalê
[VID, 4’, SE, 2022]
Classificação Indicativa: Livre

Sinopse: Uma anciã visita pela última vez a praia de sua infância em Sergipe e se depara com versões mais jovens de si mesma que ainda permanecem lá. Numa viagem de nostalgia e suporte mútuo, as três gerações de uma mesma mulher se encontram para entender o significado da vida e compartilhar suas experiências.

La Biquera 
Garibaldi e Antonio Miano
Artista: Garibaldi
[VID, 4’, SP, 2022]
Classificação Indicativa: Livre

Sinopse: O videoclipe encena a jornada de uma mulher que em um dia fúria se encanta para vingar os habitantes de La Biqueira. Um povoado na fronteira entre dois países, conhecido por produzir uma bebida proibida por dar poderes para as pessoas. O videoclipe busca compor, entre a letra da canção e a narrativa das imagens, o conflito e as contradições da realidade de cidades latino-americanas que sofrem com o mercado de guerra às drogas.

Santa Fera 
Rodrigo Urbano e Isadora Maia
Artista: Duda Hissa e Duda Brack
[VID, 3’, SP, 2022]
Classificação Indicativa: 12 anos

Sinopse: Um fluxo do clima brasileiro, carnavalesco e de suspensão das interdições se instaura em uma festa de corpos libertos.

Ofélia
Leila Monségur e Cris Rangel
Artista: Bel Aurora
[VID, 3’, SP, 2022]
Classificação Indicativa: Livre

Sinopse: Ofélia inicia uma caminhada iniciática, um rito de passagem, em procura do âmago do seu ser.

Mandaram me Buscar 
Perseu Azul Safi
Artista: Pacha Ana
[VID, 3’, MT, 2022]
Classificação Indicativa: Livre

Sinopse: “Mandaram me Buscar” é o chamado que todo filho de Orixá ouve quando precisa retornar a si. Através da religiosidade no Candomblé, o videoclipe nos mostra sobre os deveres e as riquezas de ser iniciado na religião oriunda de África-Mãe.

Miqueísmo
Miquéias Gonçalves (MiQ)
Artista: MiQ part. Naomhi
[VID, 3’, ES, 2022]
Classificação Indicativa: Livre

Sinopse: Em um território não muito distante do centro da metrópole, vive um sábio bruxo, conhecido pela sua magia de cura, “Miqueísmo”, que trata de problemas físicos e espirituais por meio do autoconhecimento, terapia corporal, reiki, fogo (elemento de cura) e água (como elemento de calma). Muitas pessoas procuram sua casa na floresta em busca do seu conhecimento de magia e dos mantras de uma bruxa que está na consciência do bruxo.

Destino
Marvin Pereira e Sued Nunes
Artista: Sued Nunes
[VID, 4’, BA, 2023]
Classificação Indicativa: Livre

Sinopse: Uma mulher em busca de respostas sobre seu próprio destino e sobre tudo que lhe atravessa.

Manifesto 
W.I. e V.G.
Artista: W.I. e V.G.
[VID, 5’, ES, 2022]
Classificação Indicativa: 16 anos

Sinopse: Abordando pautas raciais, o videoclipe faz uma comparação da senzala passada com a senzala moderna. Expressando a indignação causada pela abordagem truculenta e a violência policial, W.I. & V.G contam como é ser negro no Brasil.

Timon, Papel e Letra 
Renata Fortes
Artista: Jaísa Caldas
[VID, 3’, MA, 2023]
Classificação Indicativa: Livre

Sinopse: Jaísa Caldas canta “Timon, Papel e Letra”. O primeiro clipe do Ep. Madame do Réu retrata a vivência de uma mulher que enfrenta lutos, apagamentos e transforma tudo em resistência no seu cotidiano, e rimas ecoam nos corredores da Ceasa de Timon (MA). Jaísa invoca a memória do seu território reverenciando as cores e flores do gueto que brotam por todo lugar, o sangue nordestino e o RAP vivo no Maranhão.

Quem é teu Baby? 
Lucas Paz
Artista: Leopold Nunan part. Sônia Santos e Ana Gazzola
[VID, 3’, CE, 2022]
Classificação Indicativa: Livre

Sinopse: A canção de Leopold Nunan com as lendárias Sônia Santos e Ana Gazzola tem origem no ritmo brasileiro coco, e o diretor Lucas Paz se vale de suas raízes nordestinas para esta faixa. O afeto pelos que amamos é tema central. A direção cria um gradual, carinhoso e visceral revelar deste afeto, com elementos da cultura brasileira, das sandálias de Espedito Seleiro às vestimentas de Bate-Bola, do carnaval das periferias do Rio de Janeiro, com mistério, dança, cor, carícias entre familiares e uma gostosa tarde no parque de diversões. Uma ode ao amor de todas as formas, à diversidade, às minorias, às comunidades negra e LGBTQIAPN+, aos PCDs, aos amantes de bichos e plantas; aqui brincar e amar não é proibido.

Milico
Gabriel Albuquerque
Artista: Mukeka di Rato
[VID, 1’, ES, 2023]
Classificação Indicativa: Livre

Sinopse: Videoclipe animado da música “Milico”, da banda Mukeka di Rato.