5ª Mostra Nacional de Videoclipes traz experimentação e música para o 28º Festival de Cinema de Vitória
Sinônimo de experimentação, o videoclipe é responsável por imprimir uma linguagem potente e criativa no universo do audiovisual. Tendo a música como protagonista, a 5ª Mostra Nacional de Videoclipes apresenta um recorte desse universo na programação do 28º Festival de Cinema de Vitória, que acontece entre os dias 23 e 28 de novembro, em formato online e gratuito, na plataforma Innsaei.tv.
A mostra será exibida no dia 26 de novembro, sexta-feira, a partir das 19 horas e os filmes ficarão disponíveis para o público por 24 horas após a estreia. A Comissão de Seleção da mostra é formada pelo jornalista, publicitário e produtor cultural, Luiz Eduardo Neves e a mestra em educação pela UERJ e professora dos cursos técnicos em Rádio e TV, Suellen Vasconcelos.
Videoclipes
A mostra reúne videoclipes de vários estados brasileiros comprovando a pluralidade de narrativas em 15 obras. “A quinta edição da Mostra apresenta uma jornada de heroínas e heróis do nosso povo; outros olhares, outros corpos e cores protagonizam as histórias de vozes há muito tempo silenciadas pela violência e que lutam para existir e sobreviver a esses tempos sombrios que nos cercam”, explica a dupla de curadores.
Completando cinco anos de existência, a janela de exibição já colocou no ar mais de 70 setenta videoclipes, entre produções de novos talentos e artistas consagrados. A edição deste ano também traz um novo elemento. “Pela primeira vez nesta mostra, a maioria dos videoclipes são dirigidos por mulheres. Ainda temos muito a caminhar, mas esse já é um marco importante para nosso audiovisual, um setor predominantemente branco, masculino e heterocisnormativo”.
Premiação e Júri
Os filmes exibidos na 5ª Mostra Nacional de Videoclipes concorrem ao Troféu Vitória em duas categorias: Melhor Filme, pelo Júri Técnico, e Melhor Filme, pelo Júri Popular.
O Júri Técnico da 5ª Mostra Nacional de Videoclipes é composto pela produtor cultural Daniel Morelo, pelo cantor e compositor André Prando, e pela diretora e produtora Marina Abranches. O anúncio das produções premiadas será feito durante a Cerimônia de Encerramento do 28º Festival de Cinema de Vitória.
On-line
O Festival de Cinema de Vitória é o maior e mais importante evento de cinema do Espírito Santo. Entre os dias 23 e 28 de novembro, o evento será realizado em formato on-line, com as mostras exibidas na plataforma Innsaei.tv e nas redes sociais do evento. Os filmes estarão disponíveis para o público por 24 horas.
O 28º Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio do Ministério do Turismo, através da Lei de Incentivo à Cultura. Conta com o apoio da Rede Gazeta, da Tower Web e do Banestes. Conta também com o apoio institucional do Canal Brasil, da ABD Capixaba, da Carla Buaiz Jóias, da Inssaei.tv, do Centro Cultural Sesc Glória e da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).
28º Festival de Cinema de Vitória 5ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES 26 de novembro sexta-feira, às 19 horas
OS CARA TÃO DE BRINCADEIRA Matheus Fighera Artista: Igor Fuchs VID, Cor, H264, 3’, RS, 2021 Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: No fim do mundo os dias são todos iguais.
Sinopse: Após um feitiço de purificação, Sandyalê renasce como uma mariposa. Ela aproveita as maravilhas de sua nova vida, mas um pássaro está à sua espreita.
Sinopse: Uma cozinha. Nela, uma mulher dos anos 50 prepara o jantar – aparentemente. Em um universo colorido por tons pastéis, ela cozinha com alegria enquanto ouve sua cantora favorita. Parece uma típica propaganda (machista) de eletrodomésticos do período. Mas a letra da música anuncia o tempo todo que há uma “cabeça numa bandeja”. Será?
Sinopse: Através de recortes de fatos reais, Lockdown discute diversos temas ligados ao preconceito e à violência policial.
GOAT TALK Diego Capeletti Artista: AXANT VID, Cor, H264, 2’, ES, 2021 Classificação Indicativa: 18 anos
Sinopse: O clipe se baseia numa história fictícia de “Robin Hood”, na qual dois jovens assaltam uma mansão em uma área nobre da cidade. A partir do roubo bem-sucedido, eles esbanjam e distribuem o fruto do delito pela região de Vitória. O roubo acontece sem armas, sem reféns e sem ferir ninguém. O enredo levanta uma dualidade e questionamentos sobre ser errado roubar o que não é seu e, em contrapartida, o bem – que é tirar de quem tem de sobra e não vai sentir falta alguma – feito a partir de uma coisa fora da lei e vista com maus olhos; pode ser chamada de uma boa ação? A partir daí se desenvolvem cenas de ação baseadas em preconceitos sociais, onde o fim comum para esse tipo de delito é conhecido e muitas vezes aplaudido. Morte ou cadeia.
É SÓ ME CHAMAR Lucas Sá Artista: Paolo Ravley VID, Cor, 4K, 4’, MA, 2021 Classificação Indicativa: 14 anos
Sinopse: Um grupo seleto recebe em seu ritual um novo convidado. O que eles não sabem é que ele é um infiltrado buscando uma violenta vingança. Videoclipe da música “É Só Me Chamar”, de Paolo Ravley.
THE WOLVES ARE NEVER TIRED Thais Siqueira Artista: Luana di Angelo VID, Cor, 4K, 2’, SP, 2021 Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: “The Wolves Are Never Tired” é um videoclipe de música homônima de autoria de Luana di Angelo. A equipe é completamente composta por mulheres, o que se reflete no processo criativo e de produção do videoclipe e o caracteriza como uma obra feminista. Estabelecemos uma ambiência de pesadelo constante e cíclico, na qual a artista-personagem se vê em situações que são manifestações de sua ansiedade e refletem subconscientemente seus grandes medos, sensações de impotência e agonia. Em meio a esses inconvenientes, a personagem busca sua libertação, fugindo do mal que a persegue, porém sempre parece falhar.
TÁ VENDO SEU MOÇO? Juliana Segóvia e Pedro Brites Artista: Karola Nunes VID, Cor, HD, 5’, MT, 2020 Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: “Tá Vendo Seu Moço?”, videoclipe de Karola Nunes, é uma produção independente de um diverso coletivo de artistas e arteiros mato-grossenses. Artistas Lgbtqia+ protagonizam o vídeo-dança performando seus corpos protestos à cisnorma. As cores de suas bandeiras colorem o interior de um antigo casarão que somam aos corpos uma resposta decolonial à questão-título “Tá vendo seu moço?”.
ARARINHA DA VIOLA Letícia Pires Artista: Isis Broken VID, Cor, H264, 3’, SE, 2021 Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: Em sua mais nova viagem pelas veredas nordestinas, uma Trava Cangaceira escreve a sua própria sina, ela é a dona da encruza e faz seu próprio caminho, ela emerge do mangue como um caranguejo em seu ninho, ela é boneca, e não seu trapo, ela trava, ela é Exu, ela é tudo isso, ela é a Isis Broken, ela é redemoinho.
NÃO CONSERVE A DOR Eduardo Christofoli Artista: Black Bell Tone VID, P&B, HD, 6’, RS, 2021 Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: Videoclipe da música “Não Conserve a Dor”, da banda Black Bell Tone.
COME Flora Fiorio Artista: Dan Abranches e Pe Lopes VID, Cor, FullHD, 4’, ES, 2021 Classificação Indicativa: 16 anos
Sinopse: Videoclipe oficial da música “Come” dos artistas Dan Abranches e Pe Lopes, a qual compõe o álbum “Titan”, lançado em agosto de 2021.
Sinopse: “Flores e Rifles” é um grito. Um desabafo. Nesse berro, a música chama a atenção para a era das opiniões vazias. O som evidencia o mal que tais opiniões, sem um pingo de empatia, causam. Vidas e sonhos são perdidos todos os dias, enquanto a vida passa e quase ninguém vê. Diversas causas sociais ganham mais uma voz nesse clipe e nessa canção do artista Gustavo Rosseb. “Flores e Rifles” vem pra avisar que a essência e a superficialidade travam uma guerra por um futuro melhor nesse instante. Você e eu estamos no meio disso, mas precisamos escolher um lado. Você é flor ou é rifle?
Sinopse: É um caminho de enaltecimento ao nosso território, por onde perpassa uma história de riqueza e memórias. Uma terra indígena na qual fortalecemos a importância dos primeiros habitantes da “Cidade Perfume”, quando Nova Iguaçu era a maior produtora de laranja do país, exportando para São Paulo, Argentina e Europa. Esse fato trouxe o aumento da população rural em 1920, quando esta fez a migração nordestina para o estado do Rio de Janeiro e se concentrou na região metropolitana fluminense. Mas o clipe vai muito além disso, mostra o sincretismo do território em suas vestes, a pintura corporal, e transcreve o poder da existência e a importância desse povo para a Capital.
CORPO A CORPO Jessika Goulart Artista: Canto Cego VID, Cor, H264, 5’, RJ, 2021 Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: O meu corpo só se faz de outro corpo. Minha pele só se faz de outra pele. Minhas cores só se fazem de outras cores. Dentro de mim, tantos homens e mulheres.
DIS-RITMIA Thais Lima Artista: Criolina, Estrela Leminski e Téo Ruiz VID, Cor, H264, 5’, MA, 2021 Classificação Indicativa: Livre
Sinopse: Videoclipe do Criolina, Estrela Leminski e Téo Ruiz. Com boa parte da gravação realizada no maior quilombo urbano da América Latina, bairro da Liberdade – SLZ/MA, traz um olhar sobre o tempo disrítmico que tem se apresentado na pandemia.