Debate da 4ª Mostra Nacional de Videoclipes leva a música para o 27FCV

Um dos debates mais animados do 27º Festival de Cinema de Vitória foi o da 4ª Mostra Nacional de Videoclipes. Mediado pelo crítico e jornalista Filippo Pitanga. Diretores, artistas e produtores dos filmes movimentaram o bate-papo que teve quase duas horas e meia de duração. 

Participaram do debate Junior Batista, diretor de BlaBlaBla; Walber Souza, produtor do videoclipe KILLA; Gustavo Rosseb e Raphael Correa, representantes do videoclipe Primeiro Remix; Douglas Lopes, artista de Livre pra Viver; Letícia Pires, diretora de Gigantesca; Giuliana Danza, diretora de Pila Pilão; Dan Abranches, artista do clipe Dark Cloud; André Prando, artista do clipe Fantasmas Talvez; Luci Portela, representante do clipe Ave de Nós; Francisco Xavier, diretor do clipe Roma; Amom e Jeffão, diretores do clipe Diferenciado; Consuelo Cruz, diretora do clipe Náufrago; Raymundo Calumby, diretor do clipe, e Isis Broken, de O Clã; Felipe Soares, diretor do clipe Texas; Cainã Morelatto diretor do clipe Cidadão de Bem; e Lucas Sá, diretor do clipe Sinal Fechado

Junior Batista, diretor do clipe BlaBlaBla, abriu a roda de conversa falando sobre a ideia do clipe. “Era um momento de transição da artista [Morenna]. Era o primeiro lançamento dela como artista solo e era um pouco um grito dela de algo que ela estava vivendo pessoalmente. Então já parte daí [a concepção do clipe]. A letra veio muito forte na hora de criar o roteiro e o conceito do clipe. Ela queria muito mostrar essa força, que ela não está sozinha, que a caminhada não é feita sozinha, sempre tem outras pessoas, muitas mulheres pra representar isso”. 

Walber Souza, produtor de Killa falou das referências presentes no clipe ao povo negro e da cidade de São Luis, no Maranhão.  “Killa é uma música dançante da Enme e a gente quis mostrar e homenagear o reggae do Maranhão. A música tem alguns samples de reggaes antigos e a gente gravou em um bar-museu referência de reggae aqui em São Luis. O que a gente quis mostrar foi a representatividade do povo negro e do reggae do Maranhão. Tanto que é o que mais chama atenção. No set de gravação todo mundo se divertiu. Foi como se fosse uma festa. A gente queria mostra isso na montagem. Que as pessoas se sentissem dentro do clipe”. 

Dan Abranches estava representando o seu videoclipe Dark Cloud, dirigido pela MAGU dupla formada por Marina Abranches e Gustavo Martins. O artista falou da brincadeira com o real e o digital presente na obra. “A gente pensou em representar a música com as imagens e no clipe vocês vão ver elementos orgânicos e elementos não orgânicos. Sobre o conceito o clipe quer passar um pouco de claustrofobia, porque a música fala de relacionamento abusivo. É meio escuro. O fato de eu sempre estar na cadeira e nunca levantar retrata dela aquele aprisionamento da relação abusiva. A gente quis misturar a ilusão e a realidade porque isso representa bem a música”.

O 27º Festival de Cinema de Vitória conta com o Patrocínio do Ministério do Turismo, através da Lei de Incentivo à Cultura, e do Banestes. Conta com o apoio da Unimed Vitória, da Rede Gazeta, do Canal Brasil, da Stella Artois e da Suzano. Conta também com o apoio institucional do Centro Técnico do Audiovisual (CTAv), da Tower Web, da Dot, da Link Digital, da Mistika, da ABD Capixaba, da Carla Buaiz Jóias, do Findes, do Sesi Cultural e da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

Para conferir todo o debate da 4ª Mostra Nacional de Videoclipes na íntegra é só acessar o vídeo abaixo!