5ª Mostra Cinema e Negritude propõe diversidade narrativa da população negra no audiovisual

Refletir e ampliar a diversidade de narrativas que cercam população negra no audiovisual. Essa é a proposta da 5ª Mostra Cinema e Negritude, janela com filmes dirigidos exclusivamente por realizadores negros, que faz parte da programação do 27º Festival de Cinema de Vitória, que acontece entre os dias 24 e 29 de novembro, em formato online e gratuito. 

A Comissão de Seleção da mostra é formada pela a gestora cultural e coordenadora do Museu Capixaba do Negro – Mucane, Thaís Souto Amorim, e pelo jornalista, Leonardo Vais

Filmes 

A seleção de filmes buscou a pluralidade de temas com a proposta de ampliar as narrativas que atravessam a população negra.  A ficção Cão Maior trata do encontro de dois adolescentes durante as férias escolares. Já Terceiro Andar  parte de uma quase entrevista de emprego para apresentar uma personagem que fica presa em um looping temporal.

O documentário Lembrar Daquilo Que Esqueci aborda os processos de adoecimentos enfrentados cotidianamente pelo povo preto e a possibilidade de cura através da ancestralidade.  Encerrando a programação Alfazema usa dos signos do carnaval para realizar uma crítica irônica sobre o Brasil contemporâneo. 

“A 5ª Mostra Cinema e Negritude propõe apresentar um recorte, por meio do audiovisual, através da produção de cineastas negros, as subjetividades de seus indivíduos. E reafirma a importância e a urgência do debate sobre equidade racial para que possamos crescer como sociedade e nação” pontua a dupla de curadores.

Premiação e Júri

Os filmes exibidos na 5ª Mostra Cinema e Negritude concorrem ao Troféu Vitória em duas categorias: Melhor Filme, pelo Júri Técnico, e Melhor Filme, pelo Júri Popular.

O Júri Técnico da 5ª Mostra Cinema e Negritude é composto pela escritora e pesquisadora Tamyres Batista, pela educadora e cineclubista Adriane Nunes,  e pelo cineasta, educador audiovisual e doutorando em educação Clementino Junior. O anúncio das produções premiadas será feito durante a Cerimônia de Encerramento do 27º Festival de Cinema de Vitória.

Online

O Festival de Cinema de Vitória é o maior e mais importante evento de cinema do Espírito Santo. Sua 27ª edição se materializa de forma diferente em 2020. Entre os dias 24 e 29 de novembro, o evento será realizado em formato online, com as mostras exibidas na plataforma InnSaei.TV, no Canal de YouTube e nas redes sociais do evento. Os filmes estarão disponíveis para o público por 24 horas, de acordo com a programação, que será divulgada em breve.

O 27º Festival de Cinema de Vitória conta com o Patrocínio do Ministério do Turismo, através da Lei de Incentivo à Cultura, e do Banestes. Conta com o apoio da Unimed Vitória, da Rede Gazeta, do Canal Brasil, da Stella Artois e da Suzano. Conta também com o apoio institucional do Centro Técnico do Audiovisual (CTAv), da Tower Web, da Dot, da Link Digital, da Mistika, da ABD Capixaba, da Carla Buaiz Jóias, do Findes, do Sesi Cultural e da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).

27º Festival de Cinema de Vitória
5ª MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE  

CÃO MAIOR (FIC, 20’, DF), Filipe Alves

Ícaro é um adolescente que procura matar o tédio nas férias. Voltando de uma partida de futebol, ele conhece João e juntos presenciam o aparecimento de uma nova estrela no céu, que torna as noites na Terra vermelhas e quentes. Tentando lidar com o fato de que estão crescendo, com o tédio e o calor extra nesse verão, eles começam a passar noites juntos pelas ruas da cidade. Classificação indicativa: 12 anos. 

TERCEIRO ANDAR (FIC, 9’, PE), Deuilton B. Júnior

Atrasada para uma entrevista de emprego, Fernanda (Clau Barros) esquece seu currículo no apartamento e volta para buscá-lo. Ao subir as escadas, coisas estranhas acontecem no terceiro andar do prédio. Classificação indicativa: 10 anos.

LEMBRAR DAQUILO QUE ESQUECI (DOC, 20’, ES), Castiel Vitorino Brasileiro

O que é Cura? Estou fazendo essa pergunta para vidas invisíveis e aquelas que aqui estão encarnadas. Como curar o colonialismo que nos adoece cotidianamente? Acredito na cura como um movimento cotidiano de nos fazer lembrar daquilo que a racialização nos faz esquecer. Classificação indicativa: 14 anos.

ALFAZEMA (FIC, 24’, RJ), Sabrina Fidalgo

É carnaval e Flaviana vive um difícil dilema; como se livrar do amante que se recusa a sair de seu chuveiro? Classificação indicativa: 14 anos. 

27º Festival de Cinema de Vitória
Quando: 24 a 29 de novembro
Local: InnSaei.TV, YouTube e Redes Sociais do FCV
Online e Gratuito