Janela exclusiva para realizadores do Espírito Santo, a Mostra Foco Capixaba chega a sua nona edição no 27º Festival de Cinema de Vitória, que acontece entre os dias 24 e 29 de novembro, em formato online, em função da pandemia do Covid-19, e segue gratuito como nas edições anteriores.
A Comissão de Seleção da mostra é formada por profissionais com estreita relação com o audiovisual: Flavia Candida, curadora, cineasta e produtora oriunda do curso de Cinema da UFF; Erly Vieira Jr, cineasta, escritor e pesquisador na área audiovisual, doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ, e professor do POSCOM, da Ufes; e o produtor audiovisual e curador, Waldir Segundo.
A Mostra incentiva e valoriza a produção audiovisual do Estado, além de visibilizar produções que abordam os discursos e a criatividade dos realizadores capixabas.“O que há de mais representativo e pulsante na produção capixaba está presente não só na competição nacional, mas também em todas as outras – principalmente com a 9ª Mostra Foco Capixaba, que lança novos olhares sobre o cinema local”, afirma a curadoria.
Filmes
A seleção apresenta em cinco filmes uma pluralidade de temas e de linguagens que comprovam a potência do cinema capixaba. O curta experimental Redundância, utiliza imagens de arquivo e animação para propor uma reflexão sobre as constantes mudanças do mundo. O documentário O Trauma é Brasileiro, apresenta os processos de cura profana desenvolvidos pela artista Castiel Vitorino Brasileiro.
O curta experimental Na Terra dos Papagaios, traz um poema de quarentena. O documentário Amargo Rio Doce, apresenta reconstituição histórica da mineração no Rio Doce pela ótica indígena. Finalizando, Zacimba Gaba – Um Raio na Escuridão, mistura animação e cenas reais para contar a história da princesa africana escravizada no Brasil.
Premiação e Júri
Os filmes exibidos na 9ª Mostra Foco Capixaba concorrem ao Troféu Vitória em duas categorias: Melhor Filme, pelo Júri Técnico, e Melhor Filme, pelo Júri Popular.
O Júri Técnico da 9ª Mostra Foco Capixaba é composto pela montadora e editora Natara Ney, e pelos diretores Rodrigo de Oliveira e Tiago Minamisawa. O anúncio das produções premiadas será feito durante a Cerimônia de Encerramento do 27º Festival de Cinema de Vitória.
Online
O Festival de Cinema de Vitória é o maior e mais importante evento de cinema do Espírito Santo. Sua 27ª edição se materializa de forma diferente em 2020. Entre os dias 24 e 29 de novembro, o evento será realizado em formato online, com as mostras exibidas na plataforma InnSaei.TV, no Canal de Youtube e nas redes sociais do evento. Os filmes estarão disponíveis para o público por 24 horas, de acordo com a programação, que será divulgada em breve.
O 27º Festival de Cinema de Vitória conta com o Patrocínio do Ministério do Turismo, através da Lei de Incentivo à Cultura, e do Banestes. Conta com o apoio da Unimed Vitória, da Rede Gazeta, do Canal Brasil, da Stella Artois e da Suzano. Conta também com o apoio institucional do Centro Técnico do Audiovisual (CTAv), da Tower Web, da Dot, da Link Digital, da Mistika, da ABD Capixaba, da Carla Buaiz Jóias, do Findes, do Sesi Cultural e da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo. A realização é da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA).
27º Festival de Cinema de Vitória
9ª MOSTRA FOCO CAPIXABA
REDUNDÂNCIA (EXP, 6’, ES), de Wayner Tristão
As voltas que a vida dá. Classificação indicativa: Livre.
O TRAUMA É BRASILEIRO (DOC, 14’, ES), de Castiel Vitorino Brasileiro e Roger Ghil
Este documentário é um registro das experiências estéticas de Cura profana, desenvolvidas e propostas na primeira exposição individual da artista Castiel Vitorino Brasileiro. O Trauma É Brasileiro aconteceu na Galeria Homero Massena e foi realizada com recursos (2018) do Funcultura/Secult-ES. Classificação indicativa: Livre.
NA TERRA DOS PAPAGAIOS (EXP, 1’, ES), de Adriana Jacobsen
Um poema de quarentena: Na Terra dos Papagaios, se eu sobreviver, se eles sobreviverem, se nós sobrevivermos, ou se você sobreviver, para os papagaios, tanto faz. Classificação indicativa: Livre.
AMARGO RIO DOCE (DOC, 20’, ES), de Ricardo Sá
Narrado sob a ótica dos indígenas Krenak (rotulados de botocudos pelos colonizadores portugueses), o filme faz uma reconstituição histórica da mineração no Rio Doce, desde a chegada dos invasores, em 1500, até o desastre de Mariana em 2015. Classificação indicativa: Livre.
ZACIMBA GABA – UM RAIO NA ESCURIDÃO (DOC, 15’, ES), de Tati Rabelo e Rod Linhales
O documentário é uma mistura de animação e cenas reais, em que três gerações de mulheres quilombolas contam a história de Zacimba Gaba. A menina, princesa angolana da nação de Cabinda, foi escravizada e trazida para o Brasil. Aqui, se torna uma líder e guerreira temida, seus atos heroicos são lembrados pelas descendentes do quilombo de Linharinho, Espírito Santo. Classificação indicativa: Livre.