O terror e a violência gráfica, não despidos de uma boa dose de ironia, marcam a segunda noite da 8ª Mostra Competitiva Nacional de Longas, com a exibição do primeiro representante capixaba na disputa: A Mata Negra, de Rodrigo Aragão. O filme chega ao Teatro Carlos Gomes no dia 4 de setembro (terça-feira), às 20h30, e tem entrada gratuita.

Será apenas a segunda sessão oficial do filme de Rodrigo, lançado no Fantaspoa – festival dedicado a produções do gênero fantástico, realizado em Porto Alegre, em maio deste ano.

Na trama, uma menina encontra um misterioso livro na floresta, repleto de escritos sobre magia. Trata-se do Livro Perdido de Cipriano, cuja magia sombria, além de outorgar poder e riqueza a quem o possui, é capaz de libertar um terrível mal sobre a Terra. A obra tem no elenco Jackson Antunes, Carol Aragão, Clarissa Pinheiro, Francisco Gaspar e Elbert Merlin.

A Mata Negra é o quarto longa-metragem de Rodrigo, à frente de “Mangue Negro” (2008), “A Noite do Chupacabras” (2011), “Mar Negro” (2013) e “As Fábulas Negras” (2015) – esse último ao lado de outros diretores do cinemas de horror, entre eles José Mojica Martins, o Zé do Caixão. Rodrigo também dirigiu o curta-metragem “Revelações de um Cineasta Canibal” (2014).

Segundo o diretor, todos os seus filmes fazem parte de um mesmo universo. “Brinco com essa fantasia usando um pouco de elementos locais, brincando com a história do Espírito Santo. Acho que o mais importante é criar esse universo, essa fantasia em solo capixaba. São filmes que se completam”, disse ele ao jornal “A Gazeta”.

Mostra de Longas

Além de A Mata Negra, outros quatro filmes competem na mostra: “Pastor Cláudio” (RJ), de Beth Formaggini, “A Chave do Vale Encantado” (RJ), de Oswaldo Montenegro, “Diante dos Meus Olhos” (ES), de André Félix, e “A Cidade dos Piratas” (RS), de Otto Guerra. (Veja a programação da mostra no fim da matéria).

Os filmes concorrem ao Troféu Vitória nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Contribuição Artística e Melhor Interpretação. O resultado da premiação será anunciado na noite de encerramento do festival, no dia 8 de setembro, às 21h30.

Uma realização da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA), o 25º Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio do Ministério da Cultura, através da Lei de Incentivo à Cultura, da Petrobras, do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), do Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE), do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), da Ancine, e do Governo Federal, com Apoio da Rede Gazeta, da Prefeitura Municipal de Vitória, e da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo. O Festival conta também com Apoio Institucional do Centro Técnico do Audiovisual (CTAv), do Canal Brasil, da Arcelor Mittal, da Link Digital, da Mistika, da Cia Rio, da UVV e da Marlim Azul Turismo. O lounge do Festival é co-realizado pela Galpão Produções e pela molaa.

 

25º Festival de Cinema de Vitória

De segunda a sábado (3 a 8 de setembro)

Teatro Carlos Gomes – Centro de Vitória (ES)

Entrada gratuita

 

8ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS-METRAGENS

Segunda-Feira – 3 de setembro | 21h

Pastor Cláudio (DOC, 76’, RJ), de Beth Formaggini. Conversa entre o bispo evangélico Cláudio Guerra, ex-chefe da polícia civil que assassinou e incinerou militantes que se opunham à ditadura, e Eduardo Passos, psicólogo militante dos direitos humanos.

 

Terça-Feira – 4 de setembro | 20h30

A Mata Negra (FIC, 99’, ES), de Rodrigo Aragão. Numa floresta do interior do Brasil, uma garota vê sua vida – e de todos ao seu redor – mudar terrivelmente quando encontra o Livro Perdido de Cipriano, cuja Magia Sombria, além de outorgar poder e riqueza a quem o possui, é capaz de libertar um terrível mal sobre a Terra.

 

Quinta-feira – 6 de setembro | 21h

A Chave do Vale Encantado (FIC, 90’, RJ), de Oswaldo Montenegro. N’O Vale Encantado, os personagens das histórias infantis levam uma vida normal. Cada vez que uma criança do mundo real vai sonhar, eles são convocados para entrar no sonho daquela criança, interpretando as aventuras como a gente conhece. Quando a criança acorda, eles voltam para O Vale Encantado. O único que conhece o nosso mundo é o Papai Noel, quando vem trazer os presentes no Natal. Mas ele proíbe os personagens de virem até aqui, o que gera um grande conflito.

 

Sexta-Feira – 7 de setembro | 20h

A Cidade dos Piratas (ANI, 89’, RS), de Otto Guerra. Um diretor de cinema se vê diante de uma situação complexa na produção de seu longa: o autor da história passa a negar os personagens principais da trama. Em uma tentativa desesperada de terminar o filme, ele decide contar seu drama, criando um labirinto caótico entre a ficção e a vida real.

 

Sábado – 8 de setembro | 19h

Diante dos Meus Olhos (DOC, 81’, ES), de André Felix. 45 anos após a dissolução da banda Os Mamíferos, Marco Antonio, Afonso e Mario Ruy vivem um cotidiano simples. Em meio às luzes da cidade, recordam suas glórias e fracassos e ajudam a recuperar um fragmento fundamental da música popular brasileira.