O Festival de Cinema de Vitória completa 25 edições neste ano e continua mostrando sua atualidade. Além da constante renovação de mostras já consolidadas, o ano de 2018 também será lugar de estreia: no dia 5 de setembro, às 14 horas, acontece a Mostra Nacional de Cinema Ambiental – Sessão Especial Petrobras. A sessão ocorre no Teatro Carlos Gomes, com entrada gratuita.

A janela exibe quatro curtas-metragens – três documentários e um filme de animação -, vindos de Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco.

Nesta edição, a mostra recebe a visita da escola Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Eliane Rodrigues dos Santos, da Ilha das Caieiras, em Vitória. Os alunos também acompanham o 19º Festivalzinho de Cinema de Vitória, na terça-feira (4 de setembro), às 9h.

Sessão Especial Petrobras

A curadoria da Mostra Ambiental ficou a cargo da cineclubista e realizadora Margarete Taqueti (As Urnas dos Neves, 2017) e do ambientalista, cineasta e produtor Jefferson de Albuquerque Junior (Eles Não Usam Black-Tie, 1981). Os especialistas analisaram os filmes inscritos.

“No desafio de compreender para onde e o quê apontava cada filme, norteamos uma curadoria afetiva (urgente) e técnica. Neste olhar, o ambiente é tempo e espaço geográfico – é o drama e a sua natureza”, afirmam os curadores, no texto de apresentação da mostra.

As obras concorrem ao Troféu Vitória de Melhor Filme. O público conhecerá os vencedores do festival na noite de encerramento, dia 8 de setembro, no Teatro Carlos Gomes.

Uma realização da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA), o 25º Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio do Ministério da Cultura, através da Lei de Incentivo à Cultura, da Petrobras, do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), do Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE), do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), da Ancine, e do Governo Federal, com Apoio da Rede Gazeta, da Prefeitura Municipal de Vitória, e da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo. O Festival conta também com Apoio Institucional do Centro Técnico do Audiovisual (CTAv), do Canal Brasil, da Arcelor Mittal, da Link Digital, da Mistika, da Cia Rio, da UVV e da Marlim Azul Turismo. O lounge do Festival é co-realizado pela Galpão Produções e pela molaa.

 

25º FESTIVAL DE CINEMA DE VITÓRIA

Quando: 3 a 8 de setembro.

Onde: Teatro Carlos Gomes, Centro de Vitória.

Entrada gratuita.

 

1ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL – SESSÃO ESPECIAL PETROBRAS

Quando: quarta-feira, 5 de setembro, às 14h.

 

Confira a lista dos filmes selecionados:

Plantae (Guilherme Gehr,  ANI, 10’25’’, RJ). Ao cortar uma grande árvore no interior da floresta, um madeireiro contempla uma inesperada reação da natureza.  Uma reflexão sobre as consequências irreversíveis do desmatamento e da subjugação lamentável dos humanos aos demais seres da Terra.

 

Rio das Lágrimas Secas (Saskia Sá, DOC, 25’, ES). Um recorte sobre as perdas sofridas por mulheres de três pequenas comunidades, localizadas no caminho da lama de destruição do desastre/crime ambiental provocado pelo rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Samarco, que ocorreu no dia 5 de novembro de 2015 e afetou o Rio Doce e todos os ecossistemas ao seu redor, matou 19 pessoas e desalojou inúmeras outras.   Todas as mulheres tiveram seus modos de vida e as suas relações com seus territórios e com a paisagem em que habitavam transformados pela tragédia. Todas tiveram que aprender a ser atingidas por este crime.

 

O Sonho de Eder (Sofia Amaral, DOC, 13’, SP). Filmado no estado do Mato Grosso, conta a história de Eder Aponodepá, jovem estudante de Administração da UFMT e indígena umutina. O povo Umutina, dizimado pelos ataques e doenças decorrentes do contato no início do século XX, busca resgatar suas raízes e reconstruir sua cultura – ponto importantíssimo na vida do personagem. No entanto, a falta de alternativas de subsistência nos faz encontrar uma aldeia um tanto esvaziada, e a forte presença da religião evangélica influencia na manutenção e no resgate da cultura, trazendo uma certa melancolia ao sonho de Eder.

 

Entremarés (Anna Andrade, DOC, 20’, PE). No chão de lama, mulheres compartilham seus vínculos e vivências com a pesca, a maré e a Ilha de Deus.