O Festival de Cinema de Vitória completa 25 anos com uma nova safra de longas-metragens, que serão exibidos no Teatro Carlos Gomes, no Centro de Vitória, entre os dias 3 e 8 de setembro. Cinco filmes integram a 8ª Mostra Competitiva Nacional de Longas e concorrem ao Troféu Vitória em diversas categorias.

Janela que acompanha o crescimento dos projetos dos realizadores e o que há de mais recente na produção nacional, a Mostra Competitiva Nacional de Longas oferece um panorama do cinema autoral para o público entrar em contato com filmes que, muitas vezes, não integram o circuito comercial das salas de cinema.

A produção recente do cinema nacional está representada na 8ª Mostra Competitiva Nacional de Longas pelos filmes A Mata Negra (ES), de Rodrigo Aragão, Pastor Cláudio (RJ), de Beth Formaggini, A Chave do Vale Encantado (RJ), de Oswaldo Montenegro, Diante dos Meus Olhos (ES), de André Felix , e A Cidade dos Piratas (RS), de Otto Guerra.

A Mata Negra, de Rodrigo Aragão

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os cinco filmes concorrem ao Troféu Vitória nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Contribuição Artística e Melhor Interpretação. O resultado da premiação será anunciado na noite de encerramento do festival, no dia 8 de setembro, às 21h30.

Filme a filme

Nesta edição, o Festival de Vitória traz figuras representativas da invenção e da provocação, cercado por produções das mais variadas latitudes, que preservam também uma centelha criativa de autoralidade. É um painel do que o cinema brasileiro faz de mais vívido, leve, rebelde e prazeroso.

O primeiro longa a ser exibido na tela do Teatro Carlos Gomes, na segunda às 21h (3 de setembro), é o documentário Pastor Cláudio, de Beth Formaggini. O filme mostra o encontro do psicólogo e ativista Eduardo Passos com o pastor Cláudio Guerra, responsável por assassinatos, desaparecimento e ocultação de cadáveres de opositores da ditadura civil-militar no Brasil. Lançado em 2017, o documentário foi exibido em festivais nacionais e internacionais, como o Festival do Rio e o Festival de Havana.

Pastor Cláudio, de Beth Formaggini

 

 

 

 

 

 

 

Já na terça (4 de setembro), a partir das 20h30, o público assiste ao terror A Mata Negra, quinto filme do capixaba Rodrigo Aragão. Na trama, uma garota encontra o Livro Perdido de Cipriano no meio de uma floresta, capaz de libertar um grande mal sobre a Terra. A exibição na 8ª Mostra Competitiva de Longas será apenas a segunda vez do filme na telona – o longa passou no XIV Fantaspoa, festival dedicado ao gênero fantástico, realizado em maio desde ano em Porto Alegre.

Na quinta-feira (6 de setembro), às 21h, o público da mostra vai conferir o lançamento de A Chave do Vale Encantado, filme inédito do cantor e compositor Oswaldo Montenegro. O longa é inspirado em um livro do autor voltado para o público infantil, lançado em 1994, e que também deu origem a uma peça teatral. No filme, personagens que habitam os sonhos das crianças tentam ultrapassar a barreira da imaginação e cair no mundo real.

A Chave do Vale Encantado, de Oswaldo Montenegro

 

 

 

 

 

 

 

 

Na sexta-feira (7 de setembro), às 20h, uma animação ocupa o Teatro Carlos Gomes. A Cidade dos Piratas, de Otto Guerra, aporta no festival para contar a história de um diretor de cinema em crise criativa, que passa a misturar realidade e ficção quando decide narrar seu próprio drama.

A Cidade dos Piratas, de Otto Guerra

 

 

 

 

 

 

 

 

A última noite da 8ª Mostra Competitiva de Longas recebe a estreia nacional de Diante dos Meus Olhos, de André Felix, no sábado (8 de setembro), às 19h. O documentário resgata uma página importante da música popular brasileira: a banda capixaba Os Mamíferos, surgida nos anos 1960, no seio da contracultura. O filme foi exibido recentemente no 36º Festival Cinematográfico Internacional del Uruguay.

Diante dos Meus Olhos, de André Felix

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma realização da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA), o 25º Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio do Ministério da Cultura, através da Lei de Incentivo à Cultura, da Petrobras, do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), do Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE), do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), da Ancine, e do Governo Federal, com Apoio da Rede Gazeta, da Prefeitura Municipal de Vitória, e da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo. O Festival conta também com Apoio Institucional do Centro Técnico do Audiovisual (CTAv), do Canal Brasil, da Arcelor Mittal, da Link Digital, da Mistika, da Cia Rio, da UVV e da Marlim Azul Turismo. O lounge do Festival é co-realizado pela Galpão Produções e pela molaa.