Artista múltiplo, Cláudio Tovar será o homenageado capixaba do 25º Festival de Cinema de Vitória. Aos 74 anos de idade e 28 anos de atuação na área artística, Tovar desenvolveu trabalhos no campo as artes plásticas, do teatro, do cinema, da dança e da televisão. Em seu currículo constam prêmios nacionais importantes, especialmente como cenógrafo e figurinista, e dezenas de outras obras como ator, diretor, produtor, autor e coreógrafo. Ele sobe ao palco na noite de abertura, 3 de sembro (segunda-feira) para receber o Troféu Vitória e o carinho do público.

Trajetória artística

Formado em Arquitetura pela Universidade de Brasília, ele deu início à carreira de ator em 1972 no grupo “Dzi Croquettes”, projeto liderado por Lennie Dale e que circulou pelo Brasil e Europa. Em 1982, iniciou sua carreira solo nos palcos com “Sempre, Sempre Mais”, espetáculo de sua autoria junto com Lucinha Lins, com quem é casado há mais de 30 anos. Na época, esse trabalho foi apontado pela crítica especializada como um dos melhores espetáculos daquele ano no Rio de Janeiro e sua trilha sonora foi registrada em disco homônimo lançado pela Philips.

Ao lado de Lucinha Lins, no espetáculo “Sempre, Sempre Mais” com direção de Jorge Fernando (Rio de Janeiro, 1982) / Imagem Acervo Pessoal de Cláudio Tovar.

Cenógrafo e figurinista

Seu primeiro trabalho para o cinema foi a concepção do cenário e do figurino da comédia “Pra Quem Fica Tchau”, longa-metragem dirigido por Reginaldo Faria em 1971. Daí até o final da década de 1980, ele assina a cenografia e o figurino dos filmes “Roberto Carlos a 300km por Hora”, “Os Trapalhões e O Auto da Compadecida”, de Roberto Faria; “Em Família” e “As Moças Daquela Hora”, de Paulo Porto. Como ator, suas primeiras aparições na telona foram em 1983 no filme “Atrapalhando a Suate”, de Visto Lustosa e Dedé Santana, e, três anos depois, no musical “O Quebra-Nozes”, de Alcino Diniz. Mais recentemente, integrou o elenco de “As Aventuras de Agamenon, O Repórter”, de Victor Lopes; “Getúlio”, de João Jardim; “Vestido Pra Casar”, de Gerson Sanginitto e Paulo Aragão Neto; “Baile de Máscaras”, de Flávio Tambellini e “O Doutrinador” de Gustavo Bonafé.

Tovar desenvolveu propostas de figurino e de cenografia para espetáculos de Ney Matogrosso, Jorge Fernando,Chico Anysio, Aderbal Freire Filho, Domingos de Oliveira, Marília Pera, Regina Duarte, Antônio Fagundes, Lucinha Lins, Miguel Falabella, Tânia Alves e Bibi Ferreira, entre outros. E graças a seu trabalho como cenógrafo e figurinista recebeu alguns prêmios:  “As Mil Encarnações de Pompeu Loureiro” – Prêmio Mambembe de Melhor cenário; “Elas por Ela” – Prêmio Apetesp de Melhor Figurino; “O Fantópera da Asma” – Prêmio Apetesp de Melhor Figurino; “Somos Irmãs” – Prêmio Shell de Melhor Figurino; “South American Way” – Prêmio Shell de Melhor Figurino “Um Dia de Sol em Shangri-la – Prêmio Governador do Estado.

Artista versátil, em muitos dos trabalhos para os palcos ele exerceu diversas funções em um mesmo espetáculo. Como ator, participou das montagens de “Candide”, “Teatro Musical Brasileiro II”, “O Fantópera da Asma” (este de sua autoria) “Ricardo III”, “Lima Barreto, ao Terceiro Dia”, “A Caravana da Ilusão”, “Francisco de Assis”, “Cabaret Yukali” – indicado Prêmio Shell de Melhor Ator e “Aldir Blanc, Um Cara Bacana”, também de sua autoria.

Teatro e Tv

Tovar foi responsável, como autor, diretor e produtor, pela realização de diversas peças teatrais, muitas delas dirigidas ao público infantil como “Sapatinho de Cristal”, “Simbad de Bagdad”, “Caixa de Brinquedos”, entre outras, o que lhe rendeu convite para liderar, novamente ao lado de Lucinha Lins, o programa “Lupulimpimclaplatopô”, que ia ao ar diariamente na extinta TV Manchete entre 1986 e 1987. Seu último trabalho na telona foi na TV Globo como ator na novela “Êta Mundo Bom”, obra de Walcyr Carrasco com direção de Jorge Fernando. Mais recentemente e sob a direção de José Padilha, integrou o elenco de “Mecanismo”, série produzida e veiculada pela Netflix.

Uma realização da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA), o 25º Festival de Cinema de Vitória conta com o patrocínio do Ministério da Cultura, através da Lei de Incentivo à Cultura, da Petrobras, do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), do Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE), do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), da Ancine, e do Governo Federal, com Apoio da Rede Gazeta, da Prefeitura Municipal de Vitória, e da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo. O Festival conta também com Apoio Institucional do Centro Técnico do Audiovisual (CTAv), do Canal Brasil, da Arcelor Mittal, da Link Digital, da Mistika, da Cia Rio, da UVV e da Marlim Azul Turismo. O lounge do Festival é co-realizado pela Galpão Produções e pela molaa.

Homenagem Capixaba a Cláudio Tovar

Quando: 03 de setembro, segunda-feira

Hora: 19h

Onde: Teatro Carlos Gomes

Entrada gratuita, sem retirada de ingressos.

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